Guilty Gear -Strive- (Multi) está chegando e após uma série de novos trailers, a Arc System Works liberou mais uma versão beta para dar aos jogadores um gostinho do que está por vir.
Quase completo
Mais robusto que o anterior, em termos de personagens e menus, é bastante provável que este teste esteja bem próximo do que veremos como produto final.
Logo de cara, mesmo não podendo acessar todas as opções, nos deparamos com o básico de jogos de luta. Estavam disponíveis para serem experimentados os modos de treino, lutas simples (contra a CPU ou outro jogador) e online.
Apesar de não poderem ser acessados, deu para ver que Strive também contará com um modo história, missões e uma galeria.
Quanto aos lutadores, a beta trouxe treze nomes: Sol Badguy, Ky Kiske, May, Millia Rage, Zato-1, Potemkin, Chipp Zanuff, Ramlethal Valentine, Axl Low, Faust, Leo Whitefang e os estreantes Giovanna e Nagoriyuki. Do elenco base final só ficaram de fora Anji Mito e I-No. Foi mantida a nomenclatura para classificar os personagens em balanceados (Balance), poderosos (Power), rápidos (Speed) e aqueles que têm movimentos mais complexos (Tricky).
Os novatos conseguem aparecer bem em meio aos veteranos. Giovanna é rápida e possui combos sólidos e versáteis. Já Nagoriyuki é um monstro de poder, apesar de bastante lento, podendo acabar um round com poucos golpes precisos. Na mão de jogadores habilidosos, ambos se tornam oponentes bem duros.
Outros dois personagens que também marcaram uma presença relevante, principalmente nas disputas online, foram Zato-1 e Ramlethal. Com seus ataques à longa distância, ambos se mostraram formidáveis para se manter na hora de exercer uma pressão sobre os oponentes, a ponto de se tornarem verdadeiras pragas de tão sufocantes.
No mais, o estilo de luta do jogo está bastante dinâmico e intuitivo, desde os ataques básicos até combinações mais complexas. Realizar os Stage Shifts, que é o ato de encurralar e atacar consecutivamente o adversário no canto até que ele se "quebre" e ocorra uma transição no cenário, está mais fácil.
Algo que os fãs mais antigos da franquia podem estranhar é que agora os golpes especiais só podem ser executados com um dos botões de ataque (soco, golpe normal, golpe forte e chute). Antes era costumaz variar o botão do golpe especial em alguns casos para que isso influenciasse em sua intensidade. Porém isto nem de longe é um demérito, uma vez que adiciona novas camadas de estratégia para os movimentos combinados.
Porém, ainda nem sinal dos ataques finalizadores, chamados na série de Destroyers. Muitos lutadores ganharam movimentos novos, mas nem sinal destes clássicos com visuais cinematográficos e efeitos avassaladores. Será esse o fim de uma marca registrada?
Uma evolução convincente
Um dos principais problemas apresentados pela primeira demo do jogo foi a dificuldade com as batalhas online, que apresentavam diversos travamentos. Agora este problema inexiste, com combates e conexões estáveis. Tudo flui tão bem que até parece uma partida local. Após cerca de 20 lutas, em nenhum momento houve desconexões ou travamentos. Parece que a equipe da Arc System realmente acertou a mão com seu netcode para Strive.
O esquema de dividir os jogadores por habilidades em 10 andares foi mantido, assim como o lobby 8-bit. Infelizmente esse visual ainda continua incômodo e um pouco confuso, uma vez que nem sempre fica claro se alguém já terminou uma batalha ou está disponível para uma partida. Por várias vezes os avatares não mostravam com exatidão se algum jogador já havia terminado sua batalha ou estava aberto a desafios.
Tirando esse pequeno detalhe, achar partidas é algo rápido e simples, que é o que esperamos de um bom modo online. Quem não quiser "frequentar" a sala, pode esperar as lutas enquanto melhora suas habilidades no modo treino.
Agora é esperar pelo dia 9 de abril, data em que Guilty Gear -Strive- chegará ao PS4, ao PS5 e ao PC e ver o quanto mais a versão final ainda pode nos surpreender.
Revisão: Ives Boitano
Teste feito com chave cedida pela Arc System Works