Todo esse intervalo de tempo serviu de aprendizado para a empresa e, sob a liderança de Phil Spencer, a marca Xbox vive um momento completamente diferente. Com um grande foco em oferecer serviços como o Xbox Game Pass e o xCloud, a Microsoft optou por oferecer duas alternativas de consoles para seus consumidores. O Xbox Series S vem como um modelo de entrada, com a capacidade de rodar os novos jogos mas abrindo mão de um hardware mais avançado para manter um custo menor. Por outro lado, o Xbox Series X foi concebido com a motivação de ser o console mais poderoso de todos os tempos.
Power Your Dreams
Um dos momentos mais empolgantes na aquisição de um novo console, sem dúvidas, é quando chega a hora de abrir a caixa e finalmente ter o produto em mãos. A Microsoft pensou bastante nesse aspecto, criando uma embalagem muito bonita e estilosa para o Series X. Em um tom predominantemente preto e com detalhes verdes, ela segue um padrão semelhante à caixa do Xbox One X. Ela é mais compacta em relação ao comprimento, mas por outro lado, tem quase o dobro da largura da caixa do One X.A Microsoft deixa claro quais são os principais atrativos de seu Xbox mais poderoso na caixa. O suporte à resolução 4K com taxa de 120 FPS, SSD com 1 TB de capacidade e arquitetura Xbox Velocity estão estampados logo à frente. No verso, uma das principais estrelas da marca – Master Chief, de Halo – aparece ao lado da frase “Power Your Dreams”, um slogan da nova geração do Xbox que representa experiência de alto potencial que a marca deseja entregar aos usuários.
Após abrir os lacres, é só levantar a tampa da caixa para ficar diante do Series X e perceber como ele é grande, de fato. O console é bem diferente dos Xbox anteriores, e na vertical parece até um pequeno PC. Ele vem muito bem embalado em um plástico preto texturizado que simula um material de tecido e um cartão de papel. A caixa conta com três peças de isopor preto em seu interior que, além de garantirem uma proteção adicional ao interior da caixa, conferem uma apresentação bem charmosa ao produto e dão ele um ar mais “premium”. É uma caixa bem estilosa e diferente de qualquer outro console que eu já tenha aberto, o que torna o unboxing do Series X uma experiência muito interessante.
Finalmente, temos o console em seu formato retangular, que mais parece um pequeno PC. Além de ser grande, ele é um equipamento bem pesado – até mais do que seu predecessor Xbox One X. Na parte superior (assumindo que o console está posicionado na vertical), temos os buracos de ventilação, com detalhes pintados em verde no interior e um cooler logo abaixo.
Na frente, temos o botão liga/desliga representado pelo símbolo do Xbox, o leitor de Blu-Ray 4K, o botão Ejetar logo ao lado, uma porta USB 3.1 e o botão Emparelhar (usado para conectar controles sem fio). Já na parte traseira, além de entradas de ar para dissipação de calor, temos mais duas entradas USB 3.1, uma entrada HDMI, uma para cabo Ethernet e o conector do cabo de força. O grande destaque é um slot para expansão de memória SSD do Series X, que, por enquanto, só possui modelos de 1 TB fabricados pela Seagate.
O novo controle
Além do console, a caixa também inclui o novo controle sem fio para o Series X na cor Carbon Black, que traz algumas melhorias em relação à versão que acompanha o Xbox One. As principais novidades se referem aos botões direcionais, que são mais ergonômicos e híbridos, com uma área circular em volta da cruz, e ao novo botão share – dedicado ao compartilhamento de capturas de tela. Como o uso de pilhas AA foi mantido pela Microsoft, um par já vem na caixa.
Existem outras pequenas mudanças no design, nos gatilhos e no grip do controle, que trazem uma textura um pouco diferente, mas de uma forma geral muda pouca coisa em relação aos controles do Xbox One – inclusive, ele pode ser usado nos consoles da geração passada, e o mesmo se aplica aos controles antigos (incluindo o modelo Elite) no Series X|S. Outra novidade é que o conector na parte superior do controle agora segue o padrão USB-C, para quem desejar jogar através de cabos ou possui baterias recarregáveis.
E por último, mas não menos importante, a caixa também inclui um cabo de força para o console e um cabo HDMI de alta velocidade. Esses itens, além do manual de instruções, chegam armazenados em uma pequena caixa de papelão preta que ocupa o restante da caixa de maneira bem discreta. Com tudo isso em mãos, é hora de ligar o Xbox e prepará-lo para a primeira atualização. E o primeiro passo é encontrar um lugar para o console.
Não é tão bonito, mas é discreto
O visual não ortodoxo do Xbox Series X gerou muita discussão e piadas na internet desde sua revelação, e, de fato, trata-se de um videogame um pouco grande e um tanto quanto pesado. Apesar disso, não foi difícil achar um lugar para ele no rack, já que suas cores são discretas e fáceis de combinar com os arredores. Desligado, poderia facilmente ser confundido com um subwoofer, por exemplo. Para ser posicionado na vertical, o console faz uso de um suporte circular fixo, enquanto para a posição horizontal existem quatro pezinhos em um de seus lados.
Após conectar todos os cabos, é hora de ligar o console, conectá-lo à internet e instalar as primeiras atualizações. A configuração inicial pode ser feita através do Xbox App para smartphones, o que agiliza boa parte do processo. Se você já é um jogador de Xbox One, poderá associar a mesma conta usada no aplicativo ao Series X e trazer todas as suas configurações automaticamente. Também é possível transferir os jogos já baixados no Xbox One através de um HD externo, bastando ligá-lo no novo console. Dessa forma, todo o processo de transição é rápido e bem simples.
Em poucos minutos, está tudo pronto para uso, e estamos diante de uma tela inicial idêntica à dashboard do Xbox One – e realmente neste ponto existe um feeling de que nada mudou. De fato, é uma experiência muito familiar para quem veio do console da Microsoft da geração anterior. Porém, internamente o cenário é completamente diferente e bastam poucas horas de uso do console para perceber sua evolução — em breve, traremos uma análise detalhada sobre todos os recursos do Series X e a experiência que ele é capaz de entregar ao usuário.
Revisão: José Carlos Alves