da aventura dos balexploradores no Balabirinto, mas desta vez deixando de lado a jogabilidade
do primeiro título e apostando no bom e velho 2D em plataforma. O lançamento da atualização gratuita Hello to Arms em novembro também marcou a chegada do título em mais plataformas, agora beneficiando o PlayStation 4 e o Xbox One.
Nesta análise, vamos voltar mais uma vez ao Balabirinto para ver o que a atualização trouxe de novo para o título e se tivemos alguma melhoria na questão da jogabilidade. Preparados? Então vamos! E não se esqueça de fazer carinho no cachorro antes de prosseguir.
A fuga do Balabirinto
Exit the Gungeon tem início, de certa forma, onde o primeiro jogo terminou. Os quatro balexploradores adentraram o Balabirinto em busca da lendária arma capaz de matar o passado. Eles tiveram êxito em sua aventura, mudaram seus passados, mas as consequências foram catastróficas. Um paradoxo ocorreu e todo o local está desmoronando. Agora nossos intrépidos heróis devem se arriscar mais uma vez para salvar suas vidas e encarar os mais insanos, perigosos e imprevisíveis desafios que jamais pensaram ter que enfrentar novamente em sua subida para a liberdade.
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É... deu ruim, galera!
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A princípio temos quatro balexploradores para escolher, cada um com suas respectivas particularidades. O piloto, com todo seu charme e carisma, consegue descontos nas lojas; o soldado é mais habilidoso com armas, fazendo com que sua precisão seja a melhor dentre todos; a caçadora conta com uma mascote que ajuda na coleta de itens; e a condenada consegue causar mais dano por tempo limitado após levar um tiro. Mais personagens se tornam disponíveis conforme você consegue completar a campanha com um ou mais aventureiros.
O objetivo, em teoria, é bem simples: fugir do Balabirinto. Na prática, o caminho até a tão sonhada liberdade é que não é tão fácil assim. Cada aventureiro possui uma rota pré-determinada para sua fuga, com exceção da primeira etapa, que é igual para todos. São cinco níveis de elevadores que devem ser vencidos para conseguirmos escapar e vencer o jogo.
Por se tratar de um roguelike, cada tentativa de fugir é única, diferindo em inimigos, chefes e armas disponíveis para usar durante o percurso. Tudo é aleatório em sua fuga desesperada do Balabirinto e o jogador sempre se vê incentivado a tentar mais uma vez.
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Não é a melhor das ajudas, mas obrigado mesmo assim!
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É nas armas que está o “tchan” de Exit the Gungeon. A deusa Kalibre, que está nos ajudando na fuga, abençoou a arma dos balexploradores, o que a faz mudar de forma constantemente. Conforme derrotamos inimigos e desviamos de balas usando as estupendas cambalhotas e rolamentos que nos tornam momentaneamente invulneráveis ao inferno de balas nos elevadores, um contador de combo vai crescendo e aumentando a chance de obtermos armas melhores e mais potentes. Novas opções de armas podem ser destravadas usando os pontos obtidos de cada partida em uma lojinha no lobby inicial.
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Os itens e armas adquiridos nas lojas ficam habilitados para aparecer durante o jogo
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Claro que, por se tratar de uma mecânica que usa muito de aleatoriedade, nem sempre é garantido que você receberá aquela tão desejada arma que você adora e sabe que vai resolver seu problema. Porém, manter o contador alto ajuda a aumentar essas chances, então atente-se sempre a esse detalhe e esteja disposto a usar qualquer tranqueira que aparecer na sua mão.
Opa! Agora tem mais!
Já tivemos a oportunidade de conhecer
Exit the Gungeon na época do lançamento e agora temos uma atualização chamada Hello to Arms, que traz algumas novidades para o game, sendo a principal delas a adição do Modo Arsenal. Trata-se de um modo que permite ao balexplorador, como o nome do modo diz, montar um arsenal para auxiliá-lo na fuga do Balabirinto. Antes de iniciar sua subida, o jogador deve ativar o modo interagindo com um artefato na entrada.
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Lembre-se de ativar o Modo Arsenal se quiser jogá-lo
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É uma premissa bastante promissora, mas as armas adicionais só são obtidas à medida que o jogador consegue coletá-las nas fases ou comprando-as na loja do Bello, nos intervalos da subida. O limite? Apenas a munição, que não é infinita como a da arma padrão.
Mais balas para os armamentos do arsenal podem ser obtidas da mesma forma que as armas, e a variedade vai depender mesmo da sorte em encontrá-las durante a jornada ou da capacidade de comprá-las a cada parada. Se você tiver sorte, pode coletar variadas armas para usar durante sua fuga. Se você morrer, todas as armas coletadas durante a partida são perdidas.
As paradas entre fases agora acontecem com mais frequência durante a fuga. Isso nos dá mais chances de comprar itens com o carismático Bello, e também acesso a algumas salas que oferecem saques extras. Fica a critério do jogador se quiser atrasar um pouco sua subida para ter a chance de obter um item extra e mais dinheiro. Essa modificação agora é um padrão, não ficando resumida ao novo Modo Arsenal.
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Os elevadores são cada vez mais insanos
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Por fim, algumas armas novas e um novo chefe opcional, o Glocktopus, compõem as novidades da atualização, disponível gratuitamente para os que já possuíam o game nas plataformas em que ele foi inicialmente lançado.
Essas adições, a meu ver, são bem-vindas e dão um ligeiro ar de novidade a quem é veterano no game. Para quem está experimentando pela primeira vez, principalmente no PS4 e no Xbox One, o Modo Arsenal será uma pequena ajuda aos que ainda estão conhecendo o Balabirinto e não pegaram a malícia deste estranho universo de infernos de balas e cambalhotas.
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Acredite, esse chefe é fácil se comparado com outros que encontramos na subida
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Um ponto em particular, agora falando como alguém que está jogando num console, é sobre os controles. O jogo proporciona uma liberdade considerável na customização dos controles, nos permitindo designar todos os comandos ao nosso bem querer. Entretanto, mesmo fazendo todos os ajustes que pude, não consegui encontrar um layout que me agradasse e acabei me vendo forçado a jogar usando uma configuração pouco diferente da padrão.
No PC, por exemplo, a combinação mouse e teclado ainda se mostra bastante superior nesse estilo de jogo. No controle, isso é traduzido nos analógicos. A alavanca direita fica responsável por mirar e atacar ao mesmo tempo, dispensando que o jogador precise acionar o comando para atirar. Você pode jogar sem o auxílio da mira, usando apenas o analógico esquerdo, ou os direcionais caso tenha configurado dessa forma, para mirar. Eu detesto usar o analógico para jogos em ambientação em duas dimensões, como este. Então eu naturalmente modifiquei os controles para que essa função fosse controlada pelos direcionais.
Dessa forma, tanto a movimentação quanto a mira ficaram por conta do mesmo setor de controle, o que também não é o ideal para um título frenético como esse. De qualquer modo, minha recomendação nesse caso é experimentar até achar uma configuração de controles que te satisfaça. Eu ainda estou experimentando até achar a “configuração perfeita”.
Ainda é o mesmo desafio, apesar dos ajustes
As pequenas adições com a atualização Hello to Arms são bem-vindas, adicionando uma pequena nova dinâmica na fuga do Balabirinto e permitindo que os jogadores possam ao menos ter uma nuance de liberdade para escolher como combater seus inimigos. Fora isso, apesar das demais novidades como as novas armas e o novo chefe,
Exit the Gungeon mantém o mesmo grau de desafio desde que foi lançado, em que habilidade e boas doses de sorte ainda são os ingredientes principais para que o jogador triunfe.