Simplicidade e competência
A ideia por trás de Breakpoint é simples: derrotar todos os inimigos que aparecem na tela e, assim, atingir a maior pontuação possível. Pouco importa se o jogador controla um herói ou um vilão e se os adversários são zumbis ou robôs. A história é irrelevante aqui; o foco está na jogabilidade e na dificuldade crescente conforme obtemos mais pontos.Muitos combates intensos te esperam em Breakpoint |
Desenvolvido pelo Studio Aesthesia, o game foi lançado pela The Quantum Astrophysicists Guild para PC e Switch em 24 de setembro. Talvez a maior inovação do título seja a sua jogabilidade em que, ao contrário de jogos semelhantes, os combates ocorrem sem ataques à distância como padrão.
Imagens estáticas de Breakpoint realmente podem levar a conclusão que controlamos uma nave em pleno combate espacial. Entretanto, basta conhecer um pouquinho do game para descobrir que aqui é preciso golpear e cortar os inimigos para conseguir pontos e continuar jogando. Realmente um desafio original em relação à concorrência.
O machado é uma das armas mais equilibradas |
Visuais, jogabilidade e mecânicas de qualidade
Breakpoint tem uma apresentação simples, mas muito bonita. O visual no estilo neon é agradável, rendendo belos efeitos durante as partidas. A trilha e os efeitos sonoros casam bem com o estilo futurista, puxando para uma batida eletrônica. Todos os elementos são claros e bem definidos.
Existem 12 tipos de inimigos, cada um com habilidades distintas. Alguns te perseguem mais assiduamente, enquanto outros atacam à distância ou disparam ao serem derrotados. Para vencê-los, o jogador está no controle de um triângulo que pode utilizar cinco armas diferentes: martelo, machado, espada, uma espécie de katana e lança.
A lança é uma das armas mais divertidas e úteis |
Todas elas oferecem atributos bem distintos, tornando cada uma delas divertida e útil a sua própria maneira. Particularmente, gostei mais do machado, que tem um bom equilíbrio entre alcance e dano. Quando um vilão é derrotado, ele deixa para trás pontos brilhantes, que podem ser coletados para fazer a arma equipada subir de nível.
Em um máximo de três estágios, subir de nível fortalece o poder do equipamento. A questão é que, conforme a arma é utilizada, ela se desgasta até o ponto de quebrar; mas não se preocupe, pois essa quebra é importante. Quando isso acontece, uma explosão destrói os inimigos mais próximos e empurra os distantes para ainda mais longe.
Quebrar a arma na hora certa é sempre muito legal |
Competitividade é a palavra chave
Como dito anteriormente, Breakpoint é voltado para a pontuação, não tendo fases ou sistema de missões. O negócio é sobreviver o máximo possível e fazer o maior número de pontos. Além de derrotar inimigos, é preciso ficar de olho em um multiplicador, que aumenta conforme pegamos um item específico. Assim, fica mais fácil atingir resultados ainda melhores
Além dos inimigos, é preciso ficar atento aos pontos brilhantes e multiplicadores |
A única forma que temos para verificar o nosso desempenho são os rankings online, compostos por um global e um dos amigos. É possível, inclusive, assistir um replay das partidas dos outros jogadores. Aprendi algumas estratégias interessantes com isso, embora não haja nenhuma interação entre os participantes.
É importante ressaltar que Breakpoint funciona bem e oferece desafios que, mesmo crescendo em dificuldade, são sempre justos e sem surpresas desagradáveis. A única exceção é ficar em um ponto onde os inimigos surgem no cenário, resultando em perda instantânea de uma das três vidas. Como esses locais são sempre os mesmos, o negócio é aprender onde eles se localizam e evitá-los sempre que possível.
Perder depois de uma boa jogada é sempre um incentivo para tentar novamente |
Um game bem executado com potencial em aberto
Creio que o maior defeito de Breakpoint seja a sua proposta minimalista. A única opção de jogo é buscar a maior pontuação possível; ou seja, nada de sistema de fases, missões, partidas contra o relógio, multiplayer ou chefes. Realmente é uma pena, pois essa limitação não é para todo mundo e as boas mecânicas do game mereciam mais variedade.Dos exemplos que citei, creio que um modo multiplayer seria a mais incrível e bem casada com a proposta competitiva. Dois jogadores, que não poderiam causar dano entre si, compartilhariam a mesma arena para buscar a maior pontuação possível. Uma opção cooperativa local também seria uma boa pedida.
O jogo roda de forma suave e intuitiva |
Para amantes de desafios
Breakpoint (PC/Switch) é um título simples, que te coloca para derrotar ondas intermináveis de inimigos em busca da maior pontuação possível. Para isso, o jogador tem à disposição várias armas e habilidades diferentes, todas bem implementadas e divertidas de utilizar. Ainda que ele tenha somente um tipo de modo de jogo, ele é uma boa pedida para quem curte partidas dinâmicas e desafiadoras.
Muita diversão e desafio em Breakpoint |
Prós
- Proposta simples, divertida e viciante;
- Visuais limpos e simples no estilo neon funcionam muito bem;
- Trilha e efeitos sonoros combinam bem com o game;
- Jogabilidade é muito sólida e otimizada.
Contras
- Tutorial poderia trazer mais detalhes;
- Modos de jogo alternativos tornariam o game ainda mais atrativo.
Breakpoint – PC/Switch – Nota: 7.0
Versão utilizada para avaliação: PC
Análise produzida com cópia digital cedida pela The Quantum Astrophysicists Guild