Perdeu o início dessa saga? Então corra para acompanhar as partes 1, 2, 3, 4 e 5 antes de prosseguir porque muita coisa boa já foi mencionada!
GUN
- Console: PS2 / GameCube / XBOX / X360 / PSP / PC
- Geração de consoles: 6ª geração (aplicável a PS2 / Xbox / GameCube)
- Ano de lançamento: 2005
GUN é recomendado mesmo em tempos de RDR. |
O enredo é outro de seus pontos fortes, em que o protagonista, Colton White, então um caçador de peles e carne ao lado de seu pai, Ned, se vê numa disputa contra homens violentos, religiosos assassinos e políticos crueis, lutando em prol da paz e da justiça ao proteger os mais fracos. Com uma série de reviravoltas na história — que inclui a conexão de White com uma tribo de nativos norte-americana —, GUN se prova como um dos grandes títulos que não podem passar despercebidos para os fãs do western.
O jovem Colton White. |
Além do ótimo modo multiplayer, os nomes escalados para representar muitos dos personagens do título se basearam em personagens reais do Velho Oeste, além da utilização de atores reais para figurarem tais personagens, tais como Thomas Jane (no papel de Colton White), Ron Perlman e Kris Kristofferson (grande músico do country).
Darkwatch: Curse of the West
- Console: PS2 / XBOX
- Geração de consoles: 6ª geração
- Ano de lançamento: 2005
Darkwatch é uma da melhores representações do Weird West para consoles. |
No caso dos jogos eletrônicos, embora Wild Arms, Wild Guns (mencionados na parte 4 deste artigo), SteamWorld Dig e mesmo Fallout: New Vegas possam se inserir no Weird West, provavelmente Darkwatch seja o mais atrativo para quem procura especificamente algo nessa linha mais “macabra”, adulta e violenta.
O título conta a história de Jericho Cross, um pistoleiro fora-da-lei que foi transformado em um vampiro e tornou-se um caçador de criaturas sobrenaturais. Com visão em primeira pessoa, ótimos gráficos e possibilidade de disputas multiplayer (16 jogadores simultâneos na versão para XBOX), Darkwatch é ideal não apenas para os fãs do subgênero como também para quem deseja ampliar seu leque e experiência nos mais variados jogos de faroeste.
Westward
- Console: PC
- Geração de consoles: não se aplica
- Ano de lançamento: 2006
Westward se destaca pelos elementos tycoon. |
No controle de vários personagens diferentes, o jogador deve se assegurar de proteger os vilarejos que controla contra ataques de grupos de bandoleiros, desastres ambientais e desenvolvê-las economicamente, a fim de desbloquear novos edifícios para construção, aos moldes de jogos táticos como Starcraft ou Age of Empires.
Call of Juarez
- Console: PC / X360
- Geração de consoles: 7ª geração
- Ano de lançamento: 2006
Indiscutivelmente Call of Juarez é um dos títulos que seguiram a tendência dos jogos western inaugurada com Red Dead Revolver e, pelo bom senso no decorrer de seu desenvolvimento pelo estúdio Techland, abandonou a ideia original de lançar um título “arcade” para se focar em um estilo mais profundo, em especial em um período em que os jogos FPS com temática de guerra inundavam os consoles e computadores.
Se é ação o que procura, Call of Juarez é a resposta. |
O título coloca o jogador no controle de dois personagens, Billy Candle e Ray McCall, um pistoleiro que abandonou o “ofício” e se tornou um pregador. Após dois anos em busca do Tesouro de Juárez em Ciudad Juárez, Billy retorna para sua fazenda em Hope, Texas, quando se depara com a mãe e o padrasto assassinados, além de uma inscrição em sangue no celeiro: Call of Juarez. A partir dessa tragédia, Candle parte em busca do assassino de seus familiares. McCall, por sua vez, é tio de Billy e tem a plena convicção de que o sobrinho seja o responsável pelas mortes, razão pela qual, sua jornada nada mais é se não uma violenta caçada ao jovem Candle.
"Reverendo" McCall: talvez não seja uma boa ideia confessar seus pecados com ele. |
Cada um dos protagonistas possui jogabilidade e movimentação próprias, sendo Candle melhor para “acrobacias” no melhor estilo “Indiana Jones” (dado o constante uso de seu chicote) e ações furtivas, ao passo que McCall tem uma predileção por combates com armas de fogo — e o bom emprego das habilidades de ambos será necessária para a resolução do mistério. O jogo recebeu boas críticas à época, o que oportunizou a continuidade da franquia em três outros títulos.
Lead and Gold: Gangs of the Wild West
- Console: PC / PS3 / X360
- Geração de consoles: 7ª geração
- Ano de lançamento: 2010
"Bang bang" purista, mas divertido. |
Embora não seja pioneiro em se dedicar exclusivamente ao multiplayer, Lead and Gold se destaca por ser, de longe, o mais bonito jogo western para aqueles que querem apenas se aventurar em tiroteios ambientados no Velho Oeste.
Red Dead Redemption
- Console: PS3 / X360
- Geração de consoles: 7ª geração
- Ano de lançamento: 2010
Quando a área deserta é linda de se observar, se reconhece um trabalho bem feito. |
A trilha sonora, a grande variedade de armas, a atenção a cada detalhe — que tornam mesmo as mais longas viagens a cavalo uma obra de arte para se aproveitar — e a excelente jogabilidade tornam esse título obrigatório a qualquer fã do western.
"Nos veremos em breve, John!" |
A grande “sacada” da desenvolvedora, no entanto, talvez esteja no fato de que Red Dead Redemption não é, sequer ao longe, um “Grand Theft Auto a cavalo”: o sistema de honra e reputação incentivam com que o jogador se mantenha na “linha”, embora ainda oportunize a este a liberdade de criar o caos — com as respectivas consequências, como a recusa de alguns comerciantes em negociarem com o jogador ou o aumento súbito de preço nos produtos à venda por ser um indivíduo “problemático”.
Red Dead Redemption 2
- Console: PC / PS4 / XONE
- Geração de consoles: 8ª geração
- Ano de lançamento: 2018
O jogador está no controle de Arthur Morgan, um membro da quadrilha liderada por Dutch Van der Linde, cujos eventos retratam o início da derrocada da quadrilha, culminando nos eventos ocorridos no primeiro Red Dead Redemption.
Arthur Morgan. |
O protagonista se verá entre as constantes práticas de crimes e, no decorrer de sua aventura, inicia uma série de questionamentos não apenas sobre como seus atos acabam por impactar negativamente os mais fracos, como o confrontam diante das decisões de Dutch, seu mentor e amigo.
Muitas das características empregadas no título anterior retornaram, tais como o sistema de honra (com as respectivas consequências) e jogabilidade. Os aspectos dramáticos que surgem do enredo, como na missão Blood Feuds, Ancient and Modern, dão arrepios na espinha dada a profundidade da cena em que a gangue Van der Linde invade uma propriedade para resgatar o filho de John Marston, sequestrado sob ordens de Catherine Braithwaite — em outras palavras, é simplesmente épico.
O braço armado da família Van der Linde. |
Outro aspecto interessante em todo o jogo é o impacto que o marco “civilizatório” causou em sua expansão para o Oeste: há pouco espaço para caçadores de recompensas, pistoleiros e aventureiros, diante da presença das tropas do governo e a modernização dos meios de transporte, algo que gera um ar de frustração em muitos dos personagens com os quais o jogador contracena, em especial pelo fato de que o “mundo selvagem” e da “lei do mais forte” (ou mais preciso no gatilho) cedia pouco a pouco aos novos tempos.
Que os canos continuem fumegantes
De longe, este artigo foi o mais complexo e longo que já redigi no GameBlast. Um de meus gêneros favoritos, seja para o cinema ou para os jogos, é o western. Tanto quanto possível, desenvolvi a correlação do faroeste nestas duas mídias em especial porque foi principalmente nos cinemas que os jogos eletrônicos se inspiraram, especialmente com a ascensão do western spaghetti, que possui uma inclinação mais dramática em lugar do maniqueísmo tosco da maioria dos filmes norte-americanos, inaplicável à vida real.Este trabalho teve a principal missão em encontrar fãs do gênero e mostrar às novas gerações que os grandes títulos onde um considerável número de jogadores aclama talvez não atingissem tal qualidade se não existissem os trabalhos anteriores, mesmo os “medíocres”, que trilharam os caminhos do que não funcionaria.
Que os duelos nunca faltem para os fãs de faroeste... |
É claro que muitos outros jogos ficaram de fora, alguns deles conhecidos do público, tais como Dillon's Rolling Western, Gunman Clive e Fistful of Frags, enquanto outros como Shootout at Old Tucson e Mad Dog II: The Lost Gold não receberam destaque por não acrescentarem algo verdadeiramente relevante (ou curioso) para os jogos western — isso quando não eram meras reproduções de diversos outros títulos.
Longe de dar o assunto por encerrado, espero realmente que este texto inspire a todos que o lerem a compreender, jogar e assistir produtos de entretenimento western que, pelo “andar da carruagem” (com o perdão do trocadilho não intencional), nos acompanhará ainda por um bom tempo. Agora é com você, leitor: quais jogos, filmes e quadrinhos de faroeste gosta e recomenda? Compartilhe conosco suas experiências!
Revisão: Ives Boitano