No Brasil, o console foi oficialmente lançado pela Tec Toy em setembro de 1990, e a empresa continua lançando variações do aparelho até hoje graças a uma sólida parceria com a SEGA. Desde modelos com alguns jogos armazenados na memória até o relançamento do console original, devidamente revisado, com suporte a cartuchos e alguns acessórios originais.
O retorno do Genesis
Muitos anos se passaram, e em setembro de 2019 o SEGA Genesis Mini foi lançado como mais um dos já conhecidos mini consoles: relançamentos de suas máquinas originais, mas com jogos pré-instalados, hardware com tamanho físico consideravelmente reduzido e adaptados para serem utilizados em televisores e monitores mais modernos via conexão HDMI.O mini console da SEGA possui 42 jogos em seu armazenamento interno, não permite o uso de cartuchos e possui uma interface que permite ao jogador acessar as diferentes versões deles por meio de um seletor de região no menu inicial. Dentre estes jogos, vamos listar hoje 10 dos mais importantes títulos do console, que não poderiam ficar de fora desta seleção.
Hors Concours – Sonic The Hedgehog 2
Sejamos francos aqui: Sonic The Hedgehog 2 é uma escolha óbvia para compor a lista de jogos do Genesis Mini, então é justo que ele seja citado fora desta seleção. Sonic 2 definiu o que queremos em um jogo do mascote da SEGA. É rápido como nenhum outro jogo do seu tempo, possui jogabilidade praticamente perfeita, uma apresentação notável, desafio na medida certa e com um dos modos multiplayer mais inovadores tanto em jogabilidade quanto em técnica para a época. É um clássico, não poderia ficar de fora e lidera com maestria a seleção de jogos do mini console da SEGA.
Dadas as devidas honras para o ouriço, vamos conhecer os dez melhores títulos disponíveis no Genesis Mini.
10 – Phantasy Star IV: The End of the Millennium
Um bom RPG é obrigatório em toda biblioteca de jogos de um console. Se nos da Nintendo tínhamos Final Fantasy, no Genesis podíamos jogar um ótimo RPG com um mix de fantasia e tecnologia chamado Phantasy Star.A quarta entrada da série no Mega Drive trouxe uma evolução gráfica e técnica enorme se comparada aos títulos anteriores. Com uma jogabilidade padrão, em turnos, Phantasy Star IV possui uma história que conversa com seus predecessores e retrata um momento decisivo no sistema de Algol, que enfrenta uma iminente ameaça de destruição total. Gosto de destacar as cutscenes do jogo, que nos passam a ilusão de estarmos lendo um mangá, o que torna a narrativa ainda mais interessante.
9 – Kid Chameleon
Lembro que quando eu era garoto, na escola, e o assunto da rodinha na hora do recreio era videogame, se alguém falava em Kid Chameleon a galera já soltava um “uaaaaau”. O papo era sempre sobre os poderes do personagem, que trocava de roupas (muitas, por sinal) para usar diferentes habilidades especiais nas fases do jogo.
Quando finalmente consegui jogar esse título, à primeira vista achei estranho como um jogo com um personagem cabeçudinho de óculos podia ser tão legal. Meu queixo caiu quando vi as transformações, também soltei um “uaaaaau” na sala de casa e continuei jogando, só pra ver até onde conseguia ir e quais outras roupas especiais tinham para colecionar.
O jogo é um platformer onde você precisa usar diferentes habilidades especiais fornecidas por roupas encontradas pelo jogo para progredir nos muitos níveis do título. A curva de dificuldade é muito boa e a sensação de estar mais forte cada vez que você transpassa um obstáculo no jogo para avançar é muito gratificante.
Quando finalmente consegui jogar esse título, à primeira vista achei estranho como um jogo com um personagem cabeçudinho de óculos podia ser tão legal. Meu queixo caiu quando vi as transformações, também soltei um “uaaaaau” na sala de casa e continuei jogando, só pra ver até onde conseguia ir e quais outras roupas especiais tinham para colecionar.
O jogo é um platformer onde você precisa usar diferentes habilidades especiais fornecidas por roupas encontradas pelo jogo para progredir nos muitos níveis do título. A curva de dificuldade é muito boa e a sensação de estar mais forte cada vez que você transpassa um obstáculo no jogo para avançar é muito gratificante.
8 – ToeJam & Earl
Aqui a receita é simples: personagens carismáticos, hip-hop e um amigo pra jogar junto. ToeJam & Earl é aquele tipo de jogo que você pode jogar sozinho, mas com um amigo fica muito melhor. Aqui vocês controlam ToeJam e Earl, dois alienígenas que estavam numa boa viajando pelo espaço, curtindo um som, quando um acidente os faz cair na Terra e sua nave é despedaçada em várias partes. O objetivo é andar por vários mapas, divididos por andares, recuperando as peças da nave para poderem sair do planeta mais estranho do nosso sistema solar.
A premissa é simples, mas o que o jogo proporciona para cada sessão é único. Os mapas são gerados de forma procedural e os itens são dispostos em caixas que mudam seu conteúdo a cada vez que vocês jogam. Ou seja, é um jogo que vai sempre te trazer alguma surpresa toda vez que jogá-lo, além de ter uma trilha sonora muito cativante em ritmo de hip-hop para embalar sua aventura.
No controle de Asha, temos a ajuda de um gênio da lâmpada e de uma criatura fofinha chamada Pepelogoo, que evolui no decorrer da aventura, proporcionando novas habilidades em conjunto com a heroína para desbravar várias dungeons e acessar novas áreas no vasto mundo do jogo. Um título que pode passar despercebido para alguns, mas cuja experiência é realmente cativante e desafiadora, merecendo fazer parte dos títulos que não poderiam ficar de fora da seleção do Genesis Mini.
Shinobi III possui uma jogabilidade que, quando totalmente dominada, te passa a sensação de ser um verdadeiro mestre ninja. Corridas, voadoras, ataques rápidos, pulos e agarramentos na parede e teto, técnicas de ninjutsu e o uso de sua katana se tornam um show para os olhos de quem joga e até de quem assiste. O jogo só não é totalmente perfeito por não contar mais com a trilha sonora de Yuzo Koshiro, mas isso não tira o mérito de ser um dos maiores clássicos da biblioteca do Genesis, além de um dos 10 melhores desta lista.
Na Europa do início do século XX, período da Primeira Guerra Mundial, John Morris, herdeiro do legado dos Belmont, e Eric Lecarde são os heróis incumbidos da missão de impedir o renascimento de Drácula, cujo retorno será favorecido pelos horrores da guerra. Com jogabilidades bem distintas, John e Eric atravessam o Velho Continente para impedir que isso aconteça. O título segue o padrão plataforma dos jogos anteriores e conta com arte e trilha sonora marcantes, além do desafio de dominar a jogabilidade de dois personagens com habilidades bem diferentes.
O destaque do jogo fica para os quatro personagens principais, cada um com habilidades e equipamentos únicos, que proporcionam um ritmo de jogo totalmente diferente dependendo de qual deles você, e seu amigo caso estejam jogando juntos, escolherem. O jogo ainda conta com caminhos diferentes e vários finais, que vão fazer você jogar várias vezes e ainda querer mais.
Historicamente, o jogo fez tanto sucesso que gerou “filhos” com o passar do tempo. World of Illusion, também disponível no Genesis Mini, é uma espécie de continuação que traz como personagem jogável o pato Donald para ajudar Mickey em sua nova aventura. Em 2013, Castle of Illusion recebeu um remake para PS3, Xbox 360, PC, Android e iOS.
Gunstar Heroes traz uma experiência de run and gun incrível, com ação desenfreada desde a primeira cena até o último momento contra o chefe final. Com a possibilidade de escolher entre dois personagens com estilos de combate distintos e um arsenal de armas que podem ser combinadas para gerar novos armamentos, Gunstar Heroes proporciona uma aventura incrível do início ao fim nesta missão para recuperar quatro gemas de imenso poder do maléfico Golden Silver e salvar o universo.
A título de informação, o Genesis Mini ainda conta com mais dois jogos da Treasure: Dynamite Headdy e Light Crusader.
A continuação do título de 1990 trouxe uma enorme evolução se comparada ao seu antecessor. Graficamente a diferença era brutal, com sprites maiores, mais animados e bem mais detalhados. Sonoramente, com Yuzo Koshiro ainda à frente da composição, o título traz músicas marcantes como Go Straight, Dreamer e Slow Moon. E a jogabilidade é até hoje uma das mais fluidas e dinâmicas que um jogo do gênero já proporcionou.
Go Straight
Dreamer
Slow Moon
O conjunto da obra de Streets of Rage 2 garante, sem sombra de dúvidas, o ponto mais alto do pódio entre os 10 melhores jogos do Genesis Mini.
A premissa é simples, mas o que o jogo proporciona para cada sessão é único. Os mapas são gerados de forma procedural e os itens são dispostos em caixas que mudam seu conteúdo a cada vez que vocês jogam. Ou seja, é um jogo que vai sempre te trazer alguma surpresa toda vez que jogá-lo, além de ter uma trilha sonora muito cativante em ritmo de hip-hop para embalar sua aventura.
7 – Monster World IV
O gênero plataforma foi dominante na época do Genesis. Os principais títulos da biblioteca do console eram platformers, e alguns jogos buscavam diferencial dentro deste gênero. Um deles foi Monster World IV. Mesmo tendo uma arte e história bem distintas, o jogo se passa no mesmo universo dos demais da franquia, mas aqui temos uma temática que lembra histórias das Mil e Uma Noites.
No controle de Asha, temos a ajuda de um gênio da lâmpada e de uma criatura fofinha chamada Pepelogoo, que evolui no decorrer da aventura, proporcionando novas habilidades em conjunto com a heroína para desbravar várias dungeons e acessar novas áreas no vasto mundo do jogo. Um título que pode passar despercebido para alguns, mas cuja experiência é realmente cativante e desafiadora, merecendo fazer parte dos títulos que não poderiam ficar de fora da seleção do Genesis Mini.
6 – Shinobi III: Return of the Ninja Master
Na década de 1990, ninjas estavam em alta com filmes, desenhos, games e tartarugas. Jogos com estes indivíduos como protagonistas eram sempre uma certeza de algo, no mínimo, desafiador. Shinobi III é a evolução natural do clássico The Revenge of Shinobi, um dos títulos da época do lançamento do Genesis. Aqui Joe Musashi está mais rápido, mais forte, mais ágil, mais letal e mais ninja do que jamais foi, em um jogo com essa temática.
Shinobi III possui uma jogabilidade que, quando totalmente dominada, te passa a sensação de ser um verdadeiro mestre ninja. Corridas, voadoras, ataques rápidos, pulos e agarramentos na parede e teto, técnicas de ninjutsu e o uso de sua katana se tornam um show para os olhos de quem joga e até de quem assiste. O jogo só não é totalmente perfeito por não contar mais com a trilha sonora de Yuzo Koshiro, mas isso não tira o mérito de ser um dos maiores clássicos da biblioteca do Genesis, além de um dos 10 melhores desta lista.
5 – Castlevania: Bloodlines
Cada console já lançado deveria ter, pelo menos, um jogo da série Castlevania em seu acervo. O Genesis contou com apenas um jogo da franquia, e felizmente é uma excelente adição para a série. Bloodlines traz como diferencial algo que até então só aconteceu em Castlevania III: Dracula’s Curse, para NES, que é a possibilidade de jogar com personagens diferentes.
Na Europa do início do século XX, período da Primeira Guerra Mundial, John Morris, herdeiro do legado dos Belmont, e Eric Lecarde são os heróis incumbidos da missão de impedir o renascimento de Drácula, cujo retorno será favorecido pelos horrores da guerra. Com jogabilidades bem distintas, John e Eric atravessam o Velho Continente para impedir que isso aconteça. O título segue o padrão plataforma dos jogos anteriores e conta com arte e trilha sonora marcantes, além do desafio de dominar a jogabilidade de dois personagens com habilidades bem diferentes.
4 – Contra Hard Corps
Quem considera Contra III: The Alien Wars para Super Nintendo o melhor jogo da série deve desconhecer o título para o Genesis. Não querendo desmerecer uma das obras-primas do console da Nintendo, mas Contra Hard Corps consegue ser superior em tudo: jogabilidade, música, efeitos sonoros, arte e até no roteiro.
O destaque do jogo fica para os quatro personagens principais, cada um com habilidades e equipamentos únicos, que proporcionam um ritmo de jogo totalmente diferente dependendo de qual deles você, e seu amigo caso estejam jogando juntos, escolherem. O jogo ainda conta com caminhos diferentes e vários finais, que vão fazer você jogar várias vezes e ainda querer mais.
3 – Castle of Illusion starring Mickey Mouse
O título que tornou Mickey Mouse famoso nos videogames não poderia ficar de fora desta lista, ficando com a medalha de bronze. Nesta aventura, Mickey adentra o castelo da bruxa Mizrabel para resgatar Minnie, mas para isso o camundongo precisa atravessar os vários salões de ilusão do castelo e coletar as gemas do arco-íris para poder alcançar a torre onde a bruxa mantém Minnie prisioneira.Historicamente, o jogo fez tanto sucesso que gerou “filhos” com o passar do tempo. World of Illusion, também disponível no Genesis Mini, é uma espécie de continuação que traz como personagem jogável o pato Donald para ajudar Mickey em sua nova aventura. Em 2013, Castle of Illusion recebeu um remake para PS3, Xbox 360, PC, Android e iOS.
2 – Gunstar Heroes
Se pudéssemos comparar a Treasure com uma desenvolvedora atual, acho que a que mais se adequaria ao perfil dela seria a Platinum Games, pois ambas possuem o mesmo estilo de desenvolvimento para seus jogos, com foco na ação. Em 1993 ela lançou seu primeiro jogo para o Mega Drive, e ele fica com a medalha de prata dos jogos para o Genesis Mini.Gunstar Heroes traz uma experiência de run and gun incrível, com ação desenfreada desde a primeira cena até o último momento contra o chefe final. Com a possibilidade de escolher entre dois personagens com estilos de combate distintos e um arsenal de armas que podem ser combinadas para gerar novos armamentos, Gunstar Heroes proporciona uma aventura incrível do início ao fim nesta missão para recuperar quatro gemas de imenso poder do maléfico Golden Silver e salvar o universo.
A título de informação, o Genesis Mini ainda conta com mais dois jogos da Treasure: Dynamite Headdy e Light Crusader.
1 – Streets of Rage 2
O primeiro Streets of Rage é um clássico. Os personagens, a música, a história, tudo foi feito com esmero para mostrar que era possível criar um beat’em up envolvente, que não ficasse resumido apenas a socar inimigos e seguir em frente. Quando uma sequência começou a ser desenvolvida, a intenção era trazer a mesma qualidade dos jogos deste gênero dos arcades, e esse foi o diferencial. Streets of Rage 2 tem o mesmo nível de um jogo para arcade, mas com a comodidade de ser exclusivo para um console doméstico.A continuação do título de 1990 trouxe uma enorme evolução se comparada ao seu antecessor. Graficamente a diferença era brutal, com sprites maiores, mais animados e bem mais detalhados. Sonoramente, com Yuzo Koshiro ainda à frente da composição, o título traz músicas marcantes como Go Straight, Dreamer e Slow Moon. E a jogabilidade é até hoje uma das mais fluidas e dinâmicas que um jogo do gênero já proporcionou.
Go Straight
Dreamer
Slow Moon
O conjunto da obra de Streets of Rage 2 garante, sem sombra de dúvidas, o ponto mais alto do pódio entre os 10 melhores jogos do Genesis Mini.
Menção Desonrosa – Alex Kidd in the Enchanted Castle
Agora que já falamos dos melhores jogos disponíveis no console, quero destacar um que infelizmente carrega um nome importante, mas não contribui em nada para o legado do herói da SEGA. Alex Kidd in the Enchanted Castle é feio, possui uma jogabilidade truncada e depende demais de seu jogo mais conhecido, Alex Kidd in Miracle World, do Master System, de onde copia um monte de coisas, tentando ser uma espécie de remake.A adição deste jogo à biblioteca do Genesis Mini só tem função histórica, pois como jogo não vejo um merecimento de integrar a lista do console. Tirou a oportunidade de algum outro grande clássico do console de estar presente. Pessoalmente, no lugar dele eu colocaria Ristar, que é outro excelente título para o Genesis, produzido pelo Sonic Team, pouco conhecido por quem não tem familiaridade com a história da SEGA e que fez falta à biblioteca do Mini.
Um legado preservado
O Genesis Mini é uma excelente adição a quem tem interesse em reviver os clássicos do console, e nesta lista pudemos ver alguns dos motivos disso: clássicos eternos que continuam disponíveis para nós, com a possibilidade de experimentar da maneira mais próxima à de jogar no verdadeiro console. O Mini faz bem seu papel de manter vivo o legado de uma das mais importantes empresas do mercado de games do mundo.E você, leitor? Já jogou algum jogo do Mega Drive? Teve um Mega Drive? Qual é seu jogo favorito do console? Compartilhe nos comentários sua opinião e vamos reviver um pedaço da era de ouro dos videogames.
Revisão: Davi Sousa