Com a estreia iminente da série The Witcher na Netflix,
muitas dúvidas ainda pairam no ar. Talvez a mais intrigante seja: qual é a
relação da série com a franquia dos games? Há sim muitas diferenças entre as histórias e aqui você
encontrará as cinco principais. O sucesso dos jogos, a consistência das obras,
e o espaço aberto pelo fim de Game Of Thrones fez com que a Netflix se
aventurasse na adaptação. Um nome de peso, Henry Cavil, o Superman (ou
ex-Superman, está difícil de entender isso) herda o manto do bruxo Geralt.
A série escrita pelo polonês Andrzej Sapkowski teve seu livro de estreia lançado em 1993. O Último Desejo foi escrito em forma de contos por Sapkowski e apresenta a história do bruxo Geralt de Rívia, um caçador de monstros em um mundo assolado por terríveis criaturas e política complicada. Porém é apenas a partir do terceiro livro que a série toma forma de um romance, dando continuidade à história do protagonista.
Nos livros, Geralt é um dos últimos bruxos da Terra, cuja missão é caçar monstros. Os cinco romances da série compõem a Saga do Bruxo, não levando em conta os dois primeiros livros de contos. Os bruxos são humanos modificados que têm habilidades especiais, mas que trabalham como mercenários.
Em 2007, a CD Projekt lançou o jogo The Witcher, um RPG de ação para PCs que foi um sucesso comercial. Depois dele, foram lançados The Witcher: Crimson Trail e The Witcher: Versus, ambos para dispositivos móveis. Contudo, foi com o lançamento de The Witcher 2: Assassins of Kings e The Witcher 3: Wild Hunt que a série foi catapultada para as grandes franquias dos games.
A série de jogos é uma continuação direta dos livros. Portanto, como o próprio Sapkowski afirmou, os jogos não podem ser uma versão alternativa ou sequência da história, pois não foi ele mesmo quem as escreveu. Dessa maneira, pode-se dizer que os jogos são apenas baseados na história da Saga do Bruxo.
Tudo bem, mas e a série da Netflix? Esse breve histórico da franquia na literatura e nos games já nos aponta para o caminho que a série irá seguir. Mas vamos lá às diferenças:
1 - A série é baseada nos livros e não nos jogos
Lauren ainda afirmou que nos planos originais para a série a personagem Cirilla Fiona Elen Riannon, rainha de Cintra, seria a narradora da história. Isso não aconteceu e a roteirista disse que a história de Ciri será contada pela sua própria perspectiva e não pela de Geralt, como acontece nos livros e nos jogos. Outra personagem que também será mais independente é Yennefer de Vengerberg, uma feiticeira que foi o verdadeiro amor de Geralt. O seu passado será mais explorado na série, diferentemente dos jogos: ela apenas é citada no primeiro jogo, aparece em flashbacks no segundo e somente no terceiro a mulher tem participação mais ativa.
2- Visual da Triss
A caracterização da Triss é baseada nos livros e não nos jogos. Portanto, os cabelos vermelhos não estarão presentes na série, o que pode desagradar alguns fãs dos jogos, uma vez que a cabeleira da feiticeira tem grande destaque durante o gameplay. Contudo, os leitores poderão conferir um visual mais próximo do que o autor havia imaginado para a personagem.
3 – Relacionamento entre Ciri e Yennefer
Yennefer alimenta um sentimento especial por Ciri ao ponto de ensinar magia à garota. Esse relacionamento não é explorado dessa maneira nos jogos, onde há um distanciamento entre elas. A roteirista da série afirmou que o relacionamento entre as personagens será mais intenso na série.
4 – Caracterização de Geralt
O próprio Henry Cavill já é a grande diferença nesse quesito, tanto nos livros quanto nos jogos. O porte físico do ator traz um Geralt mais forte, enquanto nos jogos o personagem é esguio e com menos músculos. Geralt também não apresentará uma barba branca tão chamativa como nos jogos.
5- Tom da série
Existem outras diferenças, mas essas talvez sejam as que mais saltem aos olhos de quem passou horas no mundo aberto de The Witcher. A segunda temporada já foi confirmada pela Netflix, que espera um bom retorno do público. A estreia na Netflix será no dia 20 de dezembro e já vem sendo aclamada como uma boa substituta para Game Of Thrones.
Revisão: Farley Santos
Referências: The Versed