Direto de Final Fantasy XII (Multi), conheça Vaan: órfão, herói e pirata do céu

Final Fantasy XII possui muitos pontos narrativos interessantes, e a jornada de Vaan com certeza é um deles.

em 02/12/2019


Final Fantasy XII (PS2) foi recebido de forma calorosa pelos críticos e público em 2006, e não é para menos, esse é o título da série que mais tinha se reinventado até então (tirando Final Fantasy XI (PS2/PC), que era um MMORPG). Ele foi elogiado pelo seu sistema de batalha complexo e ágil, pelos seus gráficos, bem feito e bonitos, e também pela sua narrativa madura sobre guerra e política no mundo de Ivalice. Seus personagens também sofreram críticas positivas, e hoje quero apresentar para vocês o órfão Vaan, de Rabanastre.

O irmão

Ivalice vive em estado de guerra por causa de Archadia, cujo os líderes são tirânicos e gananciosos. Por meio de tecnologia, seus habitantes almejam conquistar novos territórios. Sendo assim, esse império cria um plano para marchar para o oeste, dominando e tomando para si tudo o que aparecer pelo caminho, com o objetivo de alcançar o país de Rozarria. No meio do caminho estão apenas Dalmasca e Nabradia, pequenos reinos de terras livres que precisam se unir para ter uma chance de sobreviver a todo esse conflito.



Vaan cresceu em Rabanastre, capital de Dalmasca, junto ao seu irmão, Reks. Após perderem seus pais para uma praga, os dois são acolhidos pela família de Penelo, uma antiga amiga. Quando uma guerra atingiu o reino, os três se viram órfãos após um ataque. Sendo a criança mais velha, Reks cuidou dos dois até a sua terra ser ocupada pelo império de Archadia, o que o motivo a se alistar no exército de Dalmasca como soldado de infantaria leve.

A última missão de Reks foi acompanhar e ajudar o batalhão de soldados de Bash, um dos mais leais combatentes do reino, na tentativa de evitar que um massacre fosse feito na reunião de assinatura do tratado de rendição de Dalmasca, que foi uma tentativa desesperada de parar com toda a violência após perder Nabradia e boa parte de seu exército para Archadia. Infelizmente essa noite terminou em sangue, tendo o rei assassinado pelo então traidor Basch, que feriu gravemente Reks antes de ser capturado e preso.


A vida antes de um objetivo

Após cuidar de seu irmão até sua morte, Vaan alimentou um sentimento de ódio muito grande contra Basch e todo o império de Archadia, que possuía o controle de toda Dalmasca. Para aliviar essa dor, ele lida com seus problemas com certa inconsequência e sonha em se tornar um pirata do céu, para ter um dirigível e finalmente conquistar sua liberdade. Enquanto nada disso acontecia, ele roubava dos soldados imperiais na tentativa de se sentir menos impotente com tudo isso.

Tudo mudou quando ele decidiu fazer algo grande: roubar as relíquias do palácio real no meio de uma festa. Infelizmente isso não saiu como planejado e ele só conseguiu obter uma pedra mágica, que estava sendo procurada por Balthier e Fran, dois Piratas dos céus. A situação se complicou ainda mais quando uma rebelião começou naquele exato momento, forçando o trio a fugir para os esgotos. Lá, o grupo encontrou Ashe, a antiga princesa de Dalmasca, que estava lutando contra soldados do império. O trio salva a garota, mas mesmo assim eles foram capturados e presos.



Na prisão, após algumas batalhas, eles conseguem fugir de seus perseguidores e vão atrás de uma saída. Até que, em um enorme buraco, eles encontram Basch acorrentado dentro de uma gaiola, pedindo para o soltarem. Mas, mesmo ele contando a verdade, dizendo que ele não é o traidor e não assassinou o rei, Vaan não acredita nele, depositando toda sua raiva e culpa em cima dele, até o culpando pela morte de seu irmão. Essa confusão chamou os guardas, o que forçou Fran a tomar uma atitude de o soltar, usando o mecanismo que o prendia para descer rapidamente a masmorra.

Vaan não acreditou em Basch e demorou para ele aceitar a sua ajuda, mesmo tento uma grande obstinação que descontar sua fúria usando seus punhos. Mas os quatro seguiram para o fim as masmorras, até encontrarem uma mina abandonada, dominada por criaturas aracnídeas. Ao fim do perigo, eles finalmente chegam ao espaço aberto, e estão mais próximos de voltar a Rabanastre, e ajudar a salvar o reino do império.


Um ótimo combatente

A partir desse ponto a narrativa do jogo cresce exponencialmente, e é aqui que temos mais liberdade para navegar em seus mapas, evoluir os personagens e enfrentar monstros mais fortes. Para as batalhas não precisamos limitar os personagens a um tipo de equipamento, já que, para se usar uma arma, é necessário simplesmente comprar sua licença usando LP (License Points), adquiridos quando derrotamos algum inimigo. Então é possível fazer Vaan usar uma espada grande, e ainda usar magias de fogo, raio, cura, além de summons. Mesmo assim, Vaan sempre foi visto como usuário de espadas medias, principalmente se olharmos suas participações em outros jogos.

Tudo isso é válido se considerarmos apenas o jogo padrão, mas foi lançado uma versão mais atualizada nomeada de Zodiac Job System apenas na Àsia, na qual poderíamos selecionar um job, como guerreiro, mago negro, entre outros, para os personagens. Isso limitava as licenças que poderíamos comprar, além de suas habilidades e equipamentos. Esse sistema ainda foi mais uma vez aprimorado na remasterização The Zodiac Age para a geração atual, permitindo selecionar duas profissões ao invés de só uma.


Um herói, digno do céu

Mesmo com tudo isso, a jornada de Vaan ainda está longe de acabar. Com seus aliados, ele viu a oportunidade de fazer a verdadeira diferença, como ajudar Ashe a recuperar seu trono e impedir a tirania de Archadia. Ainda será preciso amadurecer: aprender a aceitar seu luto, além de se livrar de todo esse ódio. Mas, no fim, ele finalmente consegue subir aos céus como um verdadeiro pirata.

Vaan ainda participou de vários outros jogos além desse, como: Dissidia 012 Final Fantasy (PSP); Dissidia Final Fantasy NT (Multi); Theatrhythm Final Fantasy (3DS/iOS); entre muitos outros. Ele ainda protagonizou uma sequência intitulada, Final Fantasy XII: Revenant Wings, um jogo acima da média para o DS que vale a pena conferir.



Revisão: Farley Santos

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