Análise: Death Stranding (PS4): entregando encomendas e estreitando laços em um mundo fraturado

O novo jogo de Hideo Kojima mescla conceitos conhecidos com algumas ideias inéditas, o que resulta em uma experiência única e impecável.

em 01/11/2019

Death Stranding, o novo projeto de Hideo Kojima, o criador da série Metal Gear, intrigou a todos constantemente com seus trailers e informações crípticas. Segundo seu criador, o jogo inaugura um novo gênero intitulado strand game, em uma referência ao foco em conexões e laços entre pessoas. No fim, Death Stranding usa vários conceitos que já conhecemos e introduz alguns novos, aplicados em um universo instigante com ótima narrativa e personagens. O resultado é uma experiência única e empolgante de exploração que me prendeu fortemente até o fim, mas que definitivamente trará opiniões divisivas.

Um mundo fraturado assolado pela vida e pela morte

No futuro, o planeta foi completamente alterado após uma série de explosões misteriosas, que deu início a um evento chamado Death Stranding. Após esse fato, a nossa realidade se chocou com o reino da morte, usualmente chamado de “outro lado”, que assume a aparência de Praias. Além disso, inúmeras outras coisas estranhas surgiram.


A primeira delas é uma partícula chamada quiralium, que afetou a atmosfera e acabou com as linhas de comunicação tradicionais. Sem isso, nações inteiras ruíram e se isolaram. Além disso, também apareceram as EPs, criaturas espectrais invisíveis originadas “do outro lado” que perseguem os humanos. Esses seres representam grande perigo: uma grande explosão acontece quando pessoas são devoradas pelas EPs ou quando um cadáver necrosa completamente. Por fim, surgiu um fenômeno chamado de “chuva temporal”, uma precipitação que acelera a passagem de tempo para tudo que ela toca. Diante essa realidade complicada, o pouco que restou da humanidade passou a viver isolado em abrigos subterrâneos.

Mas na região que no passado era os Estados Unidos da América, a humanidade não desistiu. Lá está localizada a BRIDGES, uma organização que tem como principal objetivo unir as poucas cidades independentes do território na forma da UCA (United Cities of America, ou Cidades Unidas da América). Para isso, é necessário ligar todos esses locais por meio de uma rede especial desenvolvida com as partículas quirais. No passado Amelie Bridges, a filha da última presidente dos EUA, saiu em uma expedição pelo território para estabelecer tal rede. Ela quase conseguiu cumprir seu objetivo, no entanto ela acabou sendo capturada pelo grupo terrorista Homo Demens, que não tem interesse algum em unificar o país.


A última esperança da BRIDGES é Sam Porter Bridges, personagem interpretado por Norman Reedus (ator do seriado The Walking Dead). O homem trabalha como portador, ou seja, uma pessoa que enfrenta os perigos desse mundo insólito para levar suprimentos e recursos de um lugar para o outro. Ele tem duas características que o ajudam em suas viagens e o tornam ideal para tarefa. Sam apresenta uma anomalia chamada DOOMs, o que o permite sentir a presença de EPs. Além disso, o portador é um “repatriado”: ao morrer, o homem consegue trazer sua alma de volta do outro lado, o que o torna praticamente imortal.

Acontece que Sam não está nada interessado em reconstruir a América. Por causa de eventos traumáticos em sua vida, ele cortou laços e trabalha sozinho — seu isolamento é tão forte que ele desenvolveu uma fobia por ser tocado. No entanto o rapaz muda de ideia quando descobre que Amelie, que é praticamente o que restou de sua família, está sendo mantida presa por terroristas. Sendo assim, Sam parte em uma missão grandiosa para reconectar as cidades da América e para resgatar Amelie. Além do apoio dos membros da BRIDGES, o rapaz conta com um BB (Bebê Bridge), um bebê dentro de uma cápsula que é capaz de detectar a presença de EPs.


A vida de courier em um país complicado

Death Stranding tem ambientação complexa, mas na prática seu conceito principal é bem simples. Na pele de Sam, precisamos realizar inúmeras entregas pelos restos da América. Para isso, devemos ir a um centro de distribuição, escolher uma tarefa, receber o objeto e levá-lo até o destino. Naturalmente, a encomenda deve chegar em boas condições, e avariar demais a mercadoria pode significar fim de jogo. Algumas missões têm algumas restrições, como fazer a entrega em um intervalo de tempo específico ou evitar que o dano do objeto alcance certo patamar. Já outras têm progressão um pouco diferente, como vasculhar áreas perigosas em busca de objetos ou recuperar carga roubada.

Há muito o que se considerar na hora de colocar o pé na estrada e seguir para o destino, afinal este mundo está repleto de perigos. O primeiro detalhe é a topografia dos cenários: os terrenos estão repletos de obstáculos naturais, como pedras, rios, penhascos e muito mais. Por causa disso, basta um pequeno deslize para escorregar, cair e avariar a carga, sendo assim precisamos seguir com cuidado. Um scanner mostra eventuais pontos perigosos dos terrenos, e balancear corretamente a carga nas costas e nos bolsos do traje ajudam na tarefa de manter o equilíbrio de Sam.


Raramente a rota de entrega passa por locais tranquilos e de fácil locomoção. Sendo assim, é importante estar preparado para eventuais entraves que aparecem pelo caminho. Para isso, Sam conta com inúmeros equipamentos. Uma escada portátil é perfeita para facilitar a subida por regiões difíceis de escalar e também podem ser utilizadas como pontes em rios. Já a corda de alpinismo é uma maneira segura de descer barrancos íngremes. Veículos, como uma moto ou uma caminhonete, são boas opções para atravessar grandes distâncias. É necessário cuidado na hora de escolher o que levar: o espaço disponível na mochila é limitado, e carregar muitos objetos prejudica o equilíbrio e a velocidade de locomoção.


Durante as entregas, podemos acabar em algum dos territórios dos MULAs, uma seita de portadores viciados em encomendas. Quando entramos em uma dessas áreas na posse de algum pacote, os saqueadores vão nos detectar e atacar para roubar os objetos. Esses momentos oferecem algumas possibilidades de abordagem: é possível se esgueirar no mato alto para atravessar o local sem ser visto; os MULAs podem ser imobilizados por meio de golpes físicos, armas não letais ou amarrados com cordas; podemos enganá-los largando uma carga falsa; ou simplesmente podemos fugir, às vezes roubando um dos veículos deles. O importante é não perder a carga principal e seguir em frente.

De tempos em tempos, começa a cair a chuva temporal. A precipitação danifica as cargas continuamente, logo é essencial se mover rápido quando está chovendo. Para piorar, em alguns momentos, as EPs aparecem durante a chuva. Para não ser capturado e provavelmente danificar fortemente as encomendas, precisamos caminhar lentamente e sem fazer barulho em trechos de furtividade. Por sorte, Sam conta com a ajuda de seu BB para detectar as criaturas: o scanner de ombro odradek indica vagamente onde estão os espectros, e uma silhueta aparece quando eles estão bem próximos. Mesmo sendo detectado ainda é possível sair ileso, por mais que seja muito difícil — uma lama negra chamada alcatrão cobre o chão, o que dificulta a movimentação, e EPs ficam tentando puxar Sam.


Uma vastidão repleta de possibilidades

A progressão da história de Death Stranding se dá por meio das entregas principais obrigatórias. Fora isso, existem várias missões opcionais, e podemos aceitar várias simultaneamente. Ao final de uma entrega, somos avaliados de acordo com o nosso desempenho em alguns aspectos, e a principal recompensa são “curtidas”, que funcionam como experiência — alguns atributos de Sam melhoram ao atingir certos níveis. Algumas missões também têm itens e equipamentos como prêmio. Mesmo com entregas principais, o mundo do jogo pode ser explorado livremente. Alguns colecionáveis estão espalhados pelos vários locais, além de encomendas perdidas — levá-las para o destino dá curtidas adicionais.


A criação de laços e conexões é o tema central de Death Stranding, e é também um dos aspectos principais do jogo no modo online. Após adicionar uma região à rede quiral, as opções de interação online são desbloqueadas na área em questão. Por meio desse recurso, os jogadores podem colaborar entre si ao colocar placas informativas, itens e estruturas que aparecem no mundo de outras pessoas. Caminhos rudimentares aparecem em locais de muito movimento, o que ajuda a determinar as melhores rotas. Também é possível pedir ajuda para conseguir itens específicos ou materiais para construir ou melhorar dispositivos. Como recompensa, podemos enviar “curtidas” para os outros jogadores, e é possível fazer laços com outras pessoas para receber vantagens adicionais.


Entregar encomendas é mais complexo do que parece

Death Stranding é sobre encontrar maneiras de superar as adversidades do caminho, e essa característica me conquistou no meu tempo com o jogo. O terreno é o maior inimigo no título: são pouquíssimos os locais completamente abertos e sem obstáculos naturais. Além disso, normalmente a rota mais curta é a mais complicada e difícil. Por fim, a imprevisibilidade é uma constante e nem sempre o que planejamos inicialmente dá certo por causa da presença inesperada de EPs ou um obstáculo. Inclusive muitas partes quebram as convenções básicas do jogo e costumam ser impressionantes ao explorar outros estilos e mecânicas — não vou citar nenhuma delas para você se surpreender.

Apreciei a liberdade oferecida na hora de abordar os problemas, que lembram complexos puzzles repletos de variáveis. Em uma entrega específica, eu precisava atravessar um simples vale, porém foi muito difícil por causa de um rio fundo que apareceu no meio da rota — fui arrastado várias vezes pela correnteza, pois não tinha levado uma escada para servir de ponte. Em outro momento, o caminho mais curto passava pelo território dos MULAs, que me sobrepujaram várias vezes com suas armas de choque. Nesse caso, eu resolvi a questão fazendo uma rota mais longa, distante do acampamento dos fanáticos. Já nos terrenos mais traiçoeiros o desafio é conseguir gerenciar a energia de Sam ao mesmo tempo em que tentamos encontrar o caminho mais estável.


Um dos momentos mais tensos para mim sempre é atravessar uma região com EPs. Nesses trechos, o foco é a furtividade e precisamos ter muito cuidado para avançar. A tensão é palpável, pois a atmosfera fica sombria, as criaturas são difíceis de detectar e qualquer barulho pode chamar a atenção delas. A questão é que não sou muito bom em me mover silenciosamente, logo os bichos me alcançaram várias vezes. Quando isso acontece, vem o desespero: o BB fica nervoso e seu choro sai do alto-falante do controle, Sam se desequilibra mais facilmente, as EPs ficam mais agressivas e puxam as encomendas a todo custo. Sair ileso dessas sessões é complicado, mas traz uma grande sensação de triunfo quando conseguimos.

Sam é um “cordão”, ele liga as pessoas e tenta agir pacificamente. No entanto, ele também pode ser um “bastão” e partir para o ataque. Death Stranding tem algumas ferramentas que permitem ser agressivo, como algumas armas (não letais, afinal matar pessoas gera explosões nesse universo) ou até mesmo com os próprios punhos. O combate, no geral, é desajeitado e você sente que Sam não é um lutador, pois ele se desequilibra muito fácil. Os armamentos têm utilidade limitada, pois seus efeitos costumam ser temporários, já que eles servem mais para atordoar. Eu fiquei com a sensação constante que o ideal é evitar conflitos, tanto é que em muitas vezes simplesmente saí correndo dos inimigos. Mesmo assim, as opções existem para os que preferem esse tipo de abordagem.


A complexidade das situações evolui no decorrer da aventura. O terreno fica ainda mais traiçoeiro, exigindo maior planejamento e improvisação. Os MULAs se tornam mais agressivos e passam a usar recursos mais elaborados para roubar nossa carga. Outros tipos de EPs aparecem, o que nos força a aprender novas abordagens para evitá-las e enfrentá-las. Naturalmente, Sam tem acesso a outros equipamentos com o avançar da jornada, o que abre várias possibilidades no momento de explorar e enfrentar os perigos desse mundo.

O modo online faz com que o mundo de Death Stranding se torne vivo. É muito legal encontrar dicas de outros jogadores na forma de placas com desenhos, usar estruturas de outras pessoas, pilotar veículos abandonados e até mesmo encontrar encomendas perdidas. Muitas vezes os objetos de outras pessoas me ajudaram em situações difíceis ou me deram ideias de rotas. No fim, senti que todos estavam trabalhando juntos, um auxiliando o outro, é indispensável jogar no modo online para aproveitar completamente a experiência.


Em sua essência, Death Stranding é um título de mundo aberto com estrutura própria. Mesmo assim, ele apresenta um problema recorrente do gênero: a repetitividade. A diversidade de situações pelo caminho é boa, no entanto a maioria das missões se resume em pegar algo e levar para algum lugar. Da primeira vez que você faz isso é divertido, afinal tudo é novo. Mas a situação muda quando uma entrega exige que você volte em uma região visitada anteriormente, pois você já conhece o caminho e não aparecem situações ou topografias inéditas. Por causa disso, o retorno fica um pouco enfadonho. Por sorte esse problema aparece mais nas missões opcionais, por mais que esse recurso seja usado também em alguns trechos da história — fiquei com a sensação de que essa é uma maneira artificial de estender o tempo de jogo. Além disso, o uso de estruturas e veículos ameniza um pouco a repetição.

Outro ponto importante é o público-alvo do jogo. O novo trabalho de Kojima tem um ritmo mais lento e contemplativo com eventuais momentos de ação, sendo que na maior parte do tempo estamos andando ou atravessando cenários complicados. Sendo assim, ao meu ver, Death Stranding é uma experiência divisiva. Aqueles que gostam de explorar e superar desafios de navegação com certeza vão aproveitar bastante o jogo, já os jogadores que apreciam títulos de ação acelerada possivelmente vão se decepcionar. Particularmente achei a aventura muito interessante e imersiva, mesmo com os eventuais momentos de repetição.


A melancolia e deslumbre do país fraturado

O que mais me marcou e impressionou em Death Stranding foi a sua ambientação, principalmente nos cenários, que retratam uma natureza belíssima. Há muito o que ver na América desolada: uma região árida com areia avermelhada e pedras, cadeias montanhosas de configuração curiosa, uma região nevada de difícil exploração, pântanos repletos de rios e mais. Muitos desses locais apresentam vistas estonteantes e memoráveis. A parte técnica é impecável e apresenta gráficos detalhados e performance consistente — joguei no PlayStation 4 padrão e o título não apresentou problemas.

Explorar esse mundo desolado somente na companhia de Sam evoca inúmeros sentimentos. A ausência quase completa de vida e som trazem uma sensação constante de melancolia e solidão. Em momentos chave da jornada, o tom muda com a introdução estratégica de uma música, acompanhada de mudanças na câmera para enfatizar ainda mais a grandiosidade dos locais que estamos visitando. Boa parte das composições tocadas nesses momentos são da banda irlandesa Low Roar, cujo o som folk, em conjunto com o visual, cria momentos poderosos e memoráveis que reforçam ainda mais as várias sensações de Death Stranding.


Já a história explora temas como conexão e laços entre diferentes pessoas. O universo é intrigante e denso, misturando ficção científica e realismo fantástico, em uma trama que começa confusa e vai fazendo mais sentido conforme se desenrola. Algumas reviravoltas são previsíveis, outras são surpreendentes, mas no fim fiquei satisfeito com praticamente tudo. Um ponto notável é o cuidado de Kojima na construção do universo: muitos termos científicos e filosóficos foram utilizados para explicar e justificar aspectos e termos do jogo, o que os tornam críveis. Claro, há muita coisa estranha ou absurda, mas isso faz parte do charme hipnotizante do jogo. Pontos importantes da história são retratados em inúmeras cenas não interativas muito bem dirigidas.


Personagens exóticos dão suporte à trama e ao universo de Death Stranding. Cada um deles tem uma característica ímpar: a engenheira Mama está ligada à sua filha bebê, que é uma EP; Hartman é um cientista que morre a cada 20 minutos a fim de tentar achar sua família no outro lado; a jovem Fragile tem um ar enigmático e gostos excêntricos. Seus passados e motivações vão sendo explorados durante a jornada e todos eles são bem desenvolvidos. Para mim, o maior destaque é Sam: o portador cresce muito como pessoa, sendo fácil se apegar a ele. A aparência dos personagens é inspirada em artistas de renome, que também participaram das várias cenas de corte com ótimas atuações.


Como os últimos grandes lançamentos para o console da Sony, o jogo está completamente localizado para o Português do Brasil. A tradução é acertada e conta com alguns termos adaptados, como EPs (BTs em inglês) e MULAs (MULEs, na língua original). A dublagem é competente, porém a escolha de alguns intérpretes deixa a desejar, como Die-Hardman e Deadman, que têm vozes muito parecidas. A entonação e interpretação é muito melhor no idioma original, afinal foi feita pelos próprios atores — recomendo que jogue com a dublagem em inglês.

Uma aventura estonteante

Death Stranding faz uma interpretação diferente de conceitos que conhecemos em um jogo único. Pode parecer meio trivial o foco em fazer entregas, no entanto há muito para ver e fazer por causa dos cenários elaborados, mundo vasto e das atividades variadas. Além disso, inúmeras ferramentas permitem diferentes abordagens na hora de superar as complicações que aparecem pelo caminho — a diversão é justamente encontrar maneiras de sair ileso de situações difíceis. Mesmo assim, certos tipos de missões reaparecem várias vezes pela aventura, o que traz sensação de repetição.

Além disso, o jogo apresenta um universo intrincado e muito bem pensado, com ótimas cenas reforçadas pela parte técnica impecável. Apreciei, em especial, a sensação de melancolia e intimismo proporcionada pelos vastos cenários e pelo uso pontual de música. Já a trama é instigante e até mesmo um pouco confusa, mas nunca deixa de ser interessante. Destaque para os ótimos personagens, que passam realismo com a competente interpretação dos atores que inspiraram suas aparências.


No fim, Death Stranding é uma experiência exótica e incrível. Claro, seu estilo ímpar pode ser estranho ou enfadonho para alguns, mas aqueles dispostos a experimentar algo diferente possivelmente vão apreciar bastante o jogo.

Prós

  • Estilo de jogo único focado em fazer entregas com mundo colaborativo;
  • Muitas opções de navegação e equipamentos oferecem diferentes abordagens para resolver os desafios que aparecem pelo caminho;
  • Boa variedade de situações, com a presença de mecânicas de exploração, furtividade, ação, gerenciamento de carga e mais;
  • Visual impressionante que conta com grande variedade de cenários elaborados;
  • Ótima engenharia de som reforça as sensações das cenas com músicas incluídas nos momentos certos;
  • Universo bem construído e com mitologia crível;
  • Trama complexa e personagens instigantes.

Contras

  • Algumas missões são repetitivas.
Death Stranding — PS4 — Nota: 9.5
Revisão: Alberto Canen
Análise produzida com cópia digital cedida pela Sony

é brasiliense e gosta de explorar games indie e títulos obscuros. Fã de Yoko Shimomura, Yuzo Koshiro e Masashi Hamauzu, é apreciador de roguelikes, game music, fotografia e livros. Pode ser encontrado no seu blog pessoal e nas redes sociais por meio do nick FaruSantos.
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