Anunciado na E3 de 2016 na conferência da Sony pela Kojima Production, Death Stranding (PS4) era um grande mistério, mas mesmo assim, foi recebido com grande empolgação e antecipação. Mais tarde foi revelado que esse é um jogo de ação em mundo aberto, usando de muita ficção científica para compor suas mecânicas e narrativas. Nos anos seguintes pouco foi divulgado, além de alguns trailers que só acumulavam a estranheza do projeto, e só agora temos a sua data de lançamento e algum vislumbre de seu gameplay. Mesmo com todas as novas informações, muito ainda é incerto, inclusive sua exclusividade.
A incerteza
No meio de tanto mistério, é estranho pensar que esse título possui algum referente a sua plataforma de lançamento, principalmente se levarmos em consideração todo o relacionamento que a Kojima Production possui com a Sony. Assim que a desenvolvedora foi fundada, a dona do PlayStation deu todo suporte para ela, e declarou que estava ajudando na criação de Death Stranding, pelo menos financeiramente. Mas logo isso se tornou algo mais sério, com o título sendo criado na Decima Engine, da Guerrilla Games, cedida pelos mesmos.Isso deixou claro que a Sony estava apostando muito no projeto, e até registrou a patente mostrando que Death Stranding era mais um título exclusivo, pelo menos era o que parecia. Mesmo se levarmos em consideração as falas do Kojima, não negando um futuro lançamento dele para o PC, nada deixa uma incerteza tão grande quanto a revelação da boxart do game sem os dizeres “Only on Playstation”, a frase que marca os exclusivos da plataforma.
A ideia do jogo chegar para outra plataforma sempre existiu, principalmente quando ele foi anunciado, onde vários veículos de notícias soltaram que esse seria um lançamento para PC e PS4. Uma meia verdade, já que a Sony e a desenvolvedora nunca declaram um lançamento para os computadores, ou mesmo falaram que esse seria um exclusivo temporário, mas claro, isso não é nenhuma garantia.
Existe mesmo essa possibilidade?
A plataforma PlayStation já recebeu vários títulos que começaram exclusivos, como: NieR: Automata (Multi), NIOH (Multi), entre outros, e hoje estão disponíveis para várias plataformas, e em suas boxarts não mencionaram alguma exclusividade. Diferente dos jogos da Quantic Dream, que foram anunciados e vendidos como propriedades da Sony, e é possível jogar agora no PC depois que a desenvolvedora foi comprada pela chinesa NerEase. Mostrando que nem tudo é garantido dentro dessa indústria.Se olharmos a produção do jogo com cuidado, notamos que o nome da Sony está participando em várias áreas do desenvolvimento: a engine usada no desenvolvimento; Mark Cerny está sendo creditado como produtor técnico, esse sendo um dos profissionais que projetaram o PS4; As capturas de movimento e faciais foram feitas pela Sony Interactive Entertainment Visual Arts Service Group, além dela publicar o título. Muitos são os pontos que fazem a exclusividade fazer muito sentido, até mesmo parecer uma certeza, mas infelizmente esses pontos não trazem uma garantia, e teremos que esperar para ver.
Revisão: Henrique Moreno