Crash Bash: o party game do PS1 que queremos na atual geração

O sonho de uma nova versão do spin-off de minigames pode tornar-se realidade com o lançamento de Team Racing Nitro-Fueled.

em 22/06/2019

Crash Bandicoot foi uma das principais franquias de jogos do nosso querido PS1, com seu lançamento em 1996. O marsupial que, indiretamente, se tornou um mascote do console da Sony, ganhou três jogos principais e dois spin-offs na primeira geração, quando a marca ainda estava sob desenvolvimento da Naughty Dog.


Desde que os games da saga passaram por outras desenvolvedoras e publicadoras, a franquia nunca mais recebeu jogos que tiveram tanto impacto quanto os títulos de PS1, tendo seu último lançamento para consoles em 2008, com Mind Over Mutants.

Mas em 2017 tivemos a incrível surpresa do remake total da trilogia original da saga Crash para PS4 (e posteriormente para outras plataformas da geração), intitulada N. Sane Trilogy. No último dia 20 de junho foi lançado Crash Team Racing Nitro-Fueled, remake do primeiro jogo de corrida da franquia, que na época teve recepção e críticas muito positivas.

Agora, dos cinco títulos, falta apenas um a receber uma versão para a atual geração de consoles. Hoje vamos falar de Crash Bash, o próximo jogo do marsupial que queremos, e torcemos, ver ainda nesta geração.

Uma competição entre o bem e o mal

O jogo começa em um templo no espaço com uma discussão entre os irmãos e máscaras místicas Aku Aku e Uka Uka,na qual os dois decidem resolver quem é mais forte, o bem ou o mal, em uma série de jogos. Ambos feiticeiros reúnem equipes e as teleportam para o templo, mas como a equipe de Aku Aku possui apenas dois membros (Crash e Coco), seu irmão do mal concorda em ceder dois de seus membros para igualar os times.

Começa então uma disputa entre as duas equipes para descobrir, de vez por todas, quem é o mais forte. E a história é basicamente isso, bem simples e o ideal para um party game, no qual o foco do jogo é a disputa divertida entre os amigos na sala de casa.

Que os jogos comecem!

Claramente inspirado no jogo multiplayer de seu “rival” da Nintendo, Mario Party, Crash Bash traz oito personagens jogáveis em uma série de sete minigames com quatro variações cada. Todos os minigames podem ter até quatro jogadores e o jogo completa quaisquer espaços vazios.

No modo história as fases são divididas entre quatro andares conhecidos como Warp Rooms, a primeira com quatro minigames e as seguintes adicionando uma fase em relação ao andar anterior. Cada room possui um chefe que remete a um dos estilos de minigames. Para enfrentá-los, deve-se coletar uma quantidade de itens entre troféus, diamantes, cristais e relíquias vencendo os minigames mais de uma vez.

Apesar de contar apenas com 28 fases, o game aproveita bem o fator de replay ao tornar obrigatório revisitar os minigames para coletar os prêmios e avançar no jogo, mas sem que vire algo repetitivo ou enjoativo, já que os jogos de cada andar variam bastante de estilo e dificuldade.

Festa garantida na sala de casa

Em época de PS1, uma das melhores coisas era reunir os amigos em casa no sábado a tarde para fazer aquela “competição saudável” no modo torneio de Crash Bash. Entre partidas de “pinballs”, guerras de tanques e ser o último a cair de um iceberg montado em um filhote de urso polar, até quatro jogadores competiam entre si, em um estilo todos contra todos, para ser o último competidor na arena.

Como o PS1 apenas tinha espaço para dois controles, uma “gambiarra” era necessária para jogar este e tantos outros jogos multiplayer, como Crash Team Racing e 007 GoldenEye. Para tanto usávamos um acessório chamado Multitap, também disponível para PS2, que era basicamente uma régua onde conectava-se mais quatro controles, então era só os amigos trazerem seus controles que ninguém ficaria de fora da jogatina.

Alguns dos minigames presentes no jogo contavam com power ups que atrapalhavam seus adversários ou itens que poderiam te deixar em desvantagem, o que tornava cada partida desesperadamente e divertidamente única. Diferentemente de seu concorrente, Mario Party, em que dependendo do minigame os participantes eram divididos em duplas ou todos contra um, já em Crash Bash todos os jogadores disputavam igualmente entre si, tornando uma experiência mais justa e descontraída para o grupo.

Crash Bash possui comandos bastante simples em todos seus minigames, fazendo com que seja um jogo fácil para que qualquer pessoa possa se divertir. Seus gráficos eram muito bons para a época mas nada muito diferente de seus antecessores. A trilha sonora era quase inexistente, porém os efeitos sonoros eram marcantes e deixavam as jogatinas ainda mais engraçadas.

Porque precisamos de um remake de Crash Bash

Em épocas de multiplayer online, é cada vez mais raro ver grupos de amigos se reunirem em um final de semana para curtir algumas partidas de seus jogos favoritos. Os party games se tornaram mais comuns nesta geração, com o lançamento do Playlink (no qual os jogadores utilizam os celulares como controles) da Sony por exemplo, mas não caíram muito no gosto do público.

Ainda são poucos os jogos neste estilo que encontramos nos consoles da atualidade, e um remake de Crash Bash seria uma ótima opção para os antigos jogadores reviverem parte de sua infância com os amigos e os novos fãs poderem conhecer mais da franquia. Há muito o que explorar em uma possível nova versão do jogo, como adição e customização de personagens, novos minigames e modo online, mas de alguma forma deixar a ênfase no multiplayer local.

O retorno de Crash Bash pode ser o estopim para que games de multiplayer local de quatro jogadores voltem a fazer sucesso nesta e nas próximas gerações de consoles, tirando um pouco as pessoas do online e trazendo de volta ao convívio e diversão reais.


Já jogou Crash Bash? Conte-nos sua opinião sobre o game e o que gostaria de ver em um remake do título!

Revisão: Raphael Barbosa

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