Java Edition, Bedrock Edition, (insira seu console aqui) Edition, que diferença faz?
A primeira edição (não oficial) surgiu ainda para o Nintendo DS em formato homebrew, sob o nome “DScraft”, desenvolvido e lançado por fãs em 2011. Baseado na versão Classic, o jogo permite tão somente a construção e exploração do mundo então criado (inexistindo seeds diferentes para o mesmo). Na página da Internet da equipe responsável pelo produto há informações de que estudam um meio em incluir o modo Sobrevivência, contudo, já estão presentes atualizações com pacotes de texturas e construções pré existentes.Versão não oficial para o DS. Mapas e blocos estão disponíveis na tela de toque. |
Quanto às oficialmente lançadas, a adaptação para a maior parte dos consoles ficou sob os cuidados da 4J Studios, exceto nas edições para os produtos Microsoft após a aquisição da Mojang. Ao contrário da tradicional linguagem Java presente nos computadores, a 4J Studios utilizou a linguagem C++ para as versões em console, diante da incompatibilidade do Java com estes.
O Xbox 360 foi o primeiro console caseiro a receber Minecraft (maio de 2012), seguido do PlayStation 3 (dezembro de 2013) e PlayStation Vita (outubro de 2014), sendo sua versão idêntica à do PS3, incluindo a opção de compartilharem os saves entre si. Versões para PlayStation 4 e Xbox One foram lançadas em setembro de 2014, cujo mundo é 36 vezes maior do que suas versões anteriores (mas ainda consideravelmente menores às versões lançadas para computadores).
As edições para Wii U, Nintendo Switch e New 3DS (esta baseada na Pocket Edition Alpha para dispositivos mobile) foram lançadas respectivamente em dezembro de 2015, maio de 2017 e setembro de 2017. As versões para Wii U e Switch, no entanto, não foram favorecidas com o mundo estendido lançado para as plataformas de mesa concorrentes (PS4 e XBO), mantendo o mesmo tamanho das edições para PS3 e X360.
Os consoles receberam todas as grandes atualizações de Minecraft originalmente lançadas para computadores, no entanto, Vita, Wii U, PS3, X360 e New 3DS mantiveram suas edições no Aquatic Update, sendo oficialmente declarado pela Mojang que nenhuma outra atualização virá para estes dispositivos.
Bundle do New Nintendo 2DS XL. |
Pocket Edition é a edição (também desenvolvida em C++) que definiu o motor Bedrock e gerou toda a confusão quanto aos nomes das edições lançadas para qualquer dispositivo que não fosse um computador pessoal. Até então, cada console e dispositivo possuía sua “edição”. A partir da inclusão de dispositivos VR e televisores, todas as versões adaptadas ou lançadas sob a nova engine (Apple TV e Fire TV), New 3DS, XBO, Switch, Android, iOS, Windows Phone/10 PC/Mobile, Gear VR e Samsung VR pertencem à família Bedrock, enquanto as edições dos demais consoles e dispositivos pertencem à Legacy Console Edition.
Além das já apresentadas, a família de edições Minecraft (que é nada pequena) possui ainda:
- Minecraft China: exclusivo para o país e disponível para dispositivos Windows/Apple/Android, em linguagem Java para computadores pessoais e C++ para os demais dispositivos.
Launcher do Minecraft China. |
- Education Edition: desenvolvido em Java e voltado para o ensino em salas de aula. Possui recursos limitados para criação e exploração, a serem definidos pelo próprio professor.
- Pi Edition: desenvolvido em C++ para o Raspberry Pi, possui a função primordial de ensinar programadores iniciantes.
Atualizações (aparentemente) eternas e liberdade para modders
Um dos aspectos mais interessantes em Minecraft é a enxurrada de atualizações que o jogo recebe ano após ano sem qualquer custo adicional para o jogador além do valor pago na compra. Comumente essa política se torna desinteressante para as desenvolvedoras e produtoras de jogos, que dependem da demanda e expectativa sobre seus produtos para que alcancem vendas e, consequentemente, lucro.Minecraft, em sentido contrário, recebe constante suporte que mantém interesse contínuo do público sobre o título, justamente por sua proposta de ser um jogo sem objetivos pré definidos. É por tal razão que, embora possua atualmente dois “chefes”, o mesmo não apresenta um final propriamente dito. Ao invés disso, permite ao jogador manter sua aventura de forma contínua sem qualquer limitação.
Outra razão que certamente mantém o interesse dos jogadores é a abertura à comunidade modder, que gratuita e voluntariamente renova os ares do jogo. Há centenas de novas inclusões extraoficiais que acrescentam a Minecraft desde texturas em alta definição até itens, inimigos, animais e novos modos de jogo.
Mod que coloca Minecraft em resolução 4k. |
A política da Microsoft em não vetar tais aplicativos após a aquisição da Mojang é uma aposta inteligente que agrada aos jogadores e todos aqueles que se dedicam a tornar o jogo cada vez mais interessante e adaptável aos mais diversos gostos — sem ignorar o fato de que muito desse trabalho poupa os desenvolvedores da Mojang da pressão em lançar novas atualizações oficiais em um menor espaço de tempo.
Embora não saibamos até quando a proposta de “atualizações eternas sem custo” permanecerá, não há até o momento qualquer indício de que a Microsoft ou a Mojang adaptarão Minecraft num formato tradicional de mercado.
Por fim, destacamos quais foram as atualizações mais interessantes e com as mecânicas mais marcantes já lançadas para Minecraft (lembrando que todas as anteriores estão inclusas mesmo em um jogo recém adquirido):
- 1.14 (Village and Pillage): inserção de novos Illagers que, contrariando os convencionais mobs, vagam pelo mundo em busca de pilhagens em vilarejos. Ao atacá-los, o jogador recebe o efeito “Mau Presságio”, que desencadeia uma ride de ataques ao se aproximar de alguma vila, que deve ser protegida.
- 1.13 (Aquatic Update): após anos de quietude, os oceanos se tornam um local que merece exploração, já que possui novos tesouros escondidos em areias ou navios afundados, oportunizando aventuras além-terra.
- 1.11 (Exploration Update): inserção dos primeiros Illagers e suas respectivas Mansões da Floresta e mapas de exploração.
- 1.9 (Combat Update): utilização de ambas as mãos pelo jogador (sendo agora possível segurar uma espada e um escudo ao mesmo tempo); é possível “voar” utilizando o novo item, a Elytra, bem como ressuscitar um dos “chefes” do jogo, o Dragão do Fim, para enfrentá-lo novamente.
- 1.8 (Bountiful Update): inclusão dos Templos da Água, oferecendo as primeiras aventuras além terra, além da inclusão dos Villagers.
- 1.5 (Redstone Update): com novas mecânicas e blocos, foi o sonho dos jogadores que gostam de criar mecanismos com a parte “elétrica” do jogo.
- 1.4 (Pretty Scary Update): inserção do segundo “chefe” do jogo, “Whiter”.
Achou o Ender Dragon fácil? Boa sorte com esse cidadão. |
- 1.0 (primeira parte do Adventure Update): a definição inicial do que seria Minecraft além do tradicional sistema de construção.
- Better Together: lançada em setembro de 2017, essa atualização integrou todos os jogos Minecraft da edição Bedrock, independentemente da plataforma, com o intuito de reunir seus jogadores em um único espaço. Está disponível para XBO, Switch, W10, Android, iOS, Gear VR, Apple TV e Fire TV.
Mais um pique!
Como vimos, basicamente qualquer dispositivo para entretenimento (inclusive televisores inteligentes) possui uma edição de Minecraft, sendo disponível do Brasil à China. Com mais de 110 idiomas e dialetos disponíveis na configuração (inclusive com opção de legendas para deficientes auditivos), o jogo se mostra acessível a um número expressivo de jogadores.Na terceira e última parte desta série, falaremos a respeito dos projetos humanitários desenvolvidos em parcerias com organizações sociais, Mojang e Microsoft. Queremos saber de vocês: estão gostando da festa? Não deixem de acompanhar o final dessa saga na Parte 3!
Revisão: Giba Hoffmann