Assassin’s Creed (Multi) foi o primeiro grande passo da Ubisoft

Em 2007, a Ubisoft lançou o que seria uma das franquias mais bem-sucedidas do mercado de games.

em 07/04/2019


Na época do lançamento do primeiro Assassin’s Creed, eu lembro de ter ficado maravilhado com a premissa: uma ficção científica com credos e itens mágicos. Não tinha como não se empolgar com a ideia. Mas não foi nesse período que eu conheci a série , foi só com o lançamento de Assassin's Creed: Revelations (Multi), que trouxe junto o título do Altaïr, que eu pode saber realmente com era seu maior problema: a repetição. Então venha conhecer comigo o início de uma longa jornada dos assassinos contra os templários.

Passado sobre presente

Desmond Miles é um barman que negou sua família e seu legado, mas então ele é sequestrado por uma empresa Templária, a Abstergo, que o obriga a usar uma máquina que permite navegar pelas memórias genéticas dos seus antepassados. No primeiro momento acessamos as memórias de Altaïr, um grandioso Assassino, forte e focado, que viveu na época da Terceira Cruzada. Mas, em uma missão, sua arrogância custou a vida de um membro do credo, o fazendo descer de cargo, e perder algumas de suas armas, armaduras e sua reputação. Suas próximas tarefas seriam de redenção e aprendizado, matando os alvos que o seu mestre, Al Mualim, mandava, todos eles Templários.

Como seus ancestrais, Desmond está no meio de uma guerra milenar entre dois grupos, os Assassinos e os Templários: o credo acreditava na paz pela liberdade, enquanto seus rivais queriam a paz pelo controle e medo. Para travar este longo conflito ambos os lados buscam o poder das Peças do Éden, armas ou artefatos de um longínquo passado capazes de grandes ou terríveis feitos. Neste primeiro jogo, a Abstergo está procurando a Maçã, uma dessas peças, que foi escondida pelos Assassinos em algum ponto da história.


Mate mais uma vez

O primeiro Assassin’s era um game de ação e aventura em mundo aberto, utilizando para navegação do mapa o cavalo e escaladas parkour e, para as batalhas, espadas e itens de arremesso como algumas adagas, além da sempre ótima hidden blade. De modo geral esses elementos funcionam, e andar por Jerusalém é ótimo. As animações de escalada e pulos, mesmo que travadas, trazem um sentimento bem legal que podemos subir onde quisermos. Mesmo que andar no cavalo fosse uma tarefa complicada.

Mas não é só de exploração que vive um game, não é? Chegamos em alguns dos principais problema desse jogo: suas missões principais. Para encontrar nossos alvos e achar a melhor forma de matá-los, temos que ouvir conversas, seguir algumas pessoas, e até fazer um interrogatório, tudo isso repetidas vezes. Trazendo um cansaço imenso conforme se avança na história, deixando boa parte da diversão na navegação livre do mapa, pegando alguns coletáveis e dando Saltos de Fé. Mas esse não é o maior vilão do game. Temos que falar de como eles apresentam as cenas: elas não tem corte, e eles deixaram a câmera ser controlável nesses momentos, tornando as coisas cansativas de assistir, além de não possui nenhuma legenda.



Já seu sistema de combate é baseado em contra-ataque, em que você teria que defender e atacar nas aberturas dos inimigos. Ele até funciona, mas no começo do jogo é perturbador entrar numa luta com mais de três guardas, já que eles atacam ao mesmo tempo, e desviar não é tão fácil. Então a melhor opção mesmo era assassinar os guardas furtivamente, ou mesmo tentar fugir e esperar que eles te esqueçam, o que não demorava muito.

Um bom começo, mas não perfeito

Esse era um jogo que chamava atenção em 2007, por seu enredo complexo e cheio de pontas para prender, e seus sistemas, mesmo que repetitivos e cansativos, eram divertidos, e jogos mundo aberto não eram um padrão tão recorrente como é hoje. Se vale a pena o jogar hoje? Eu acho que a nostalgia, ou mesmo a história, não sejam uma boa justificativa. Se você quiser começar por algum jogo da saga, Assassin’s Creed II (Multi) melhora tudo o que não funcionou direito no original, e logo mais na trilogia do Ezio você conhecerá o que aconteceu com Altaïr, e onde está a bendita da Maçã do Éden.



Revisão: Francisco Camilo


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