World of Warcraft: Wrath of the Lich King (PC): a ameaça do flagelo não poupou ninguém

Uma das expansões mais emblemáticas de World of Warcraft comemora 10 anos.

em 13/11/2018
A exatos dez anos atrás, no dia 13 de novembro de 2008, World of Warcraft recebeu sua segunda grande expansão, Wrath of the Lich King, para muitos ainda considerada a melhor já lançada até hoje. Trazendo de volta um dos personagens mais icônicos da franquia como o grande vilão, essa expansão retomou uma das pontas soltas de uma das histórias mais famosas mostradas em Warcraft III.

Rise of the Lich King

Após os eventos de Warcraft III, Arthas volta para Nortúndria e se funde ao o Lich Rei se tornando uma entidade só. Depois de alguns anos de repouso, o vilão desperta de seu sono e resolve retomar seu plano de erguer novamente um exército de mortos vivos, o Flagelo. Com tamanha ameaça vindo, Aliança e Horda mandam suas forças para Nortúndria, continente localizado ao norte de Azeroth para conter o avanço do inimigo.

Um início de história bastante empolgante, que prometia manter a atenção do público após a derrota de Kael'thas e Illidan em The Burning Crusade, além de uma trama promissora, Wrath of the Lich King trouxe muitas novidades de gameplay, com calabouços e raids memoráveis.


Vamos falar primeiro de Nortúndria, o novo continente, que trazia nove áreas as quais os jogadores poderiam explorar enquanto ganhavam experiência até o nível 80, novo limite máximo. Um das coisas mais legais neste novo local era visitar alguns pontos já famosos na lore, como o Templo de Repouso das Serpes e locações construídas pelos titãs nos Picos Tempestuosos.

Boa parte do mapa tinha um clima nórdico, com a neve e as extensas florestas fazendo parte dos principais biomas. As únicas regiões que destoam um pouco são Bacia Sholazar e Zul’Drak, esse último um reduto de um clã Troll.

Como cidade central do novo território está a conhecida Dalaran, que foi transportada magicamente pelos membros do Kirin Thor do sul de Lordearon até Nortúndria, com o objetivo de ser o principal fronte contra as forças do Lich Rei.


Death Knight

Uma outra grande adição ao jogo foi a primeira classe heróica, o Cavaleiro da Morte (Death Knight). De forma a se adequar a narrativa, os cavaleiros — que são guerreiros mortos revividos pelo poder do Flagelo — já começam no nível 55 e têm um arco inteiro de missões próprias até poderem ter acesso ao mundo. Na época, era necessário ter ao menos um personagem nesse nível ou maior para criar um Cavaleiro da Morte. Em 2014 essa restrição foi removida.

O sistema de jogo deles também é diferenciado. Ao invés de mana ou energia, os Cavaleiros da Morte usam um sistema de runas para evocar suas habilidades. Focado nos papéis de tanque e dano corpo a corpo, a classe tem três especializações: Sangue, Gélido e Profano. Por sua alta resistência e poder de combate, não é raro achar vídeos de um ou mais DKs realizando feitos improváveis em calabouços e raides.


Desvendando Nortúndria

No pacote inicial da expansão, foram oito novos calabouços lançados, dos quais o mais lembrado certamente é Expurgo de Stratholme, que recriou os eventos de Warcraft III dos quais Arthas, ainda humano, tem que exterminar a população do povoado para evitar uma que a infestação da praga se alastre.

Foram também incluídas quatro novas raids, sendo a principal delas Naxxaramas, que fazia parte do pacote original de WoW, mas foi retrabalhada e relançada para jogadores de nível 80. Como da outra vez, o inimigo a ser derrotado era o mago Kel’Thuzad.

Como de costume, outras atualizações ampliaram a história principal além de adicionarem novos conteúdos. A primeira delas foi o patch 3.1 Os Segredos de Ulduar, que tirou um pouco o foco do Lich Rei e levou os jogadores até os Picos Tempestuosos, no qual fica Ulduar uma antiga prisão feita pelos Titãs e que guarda Yogg-Saron, um dos Deuses Antigos.



Em seguida, chegou O Chamado da Cruzada no patch 3.2 que trouxe de volta a luta contra o Lich Rei, intensificando os preparativos para a batalha. Essa atualização traz os membros da Cruzada Argêntea buscando heróis qualificados para o desafio final através de torneios e competições. O interessante nela são as disputas em cima de montarias lembrando as justas da Idade Média.



Fechando o ciclo, o tão esperado embate contra o Lich Rei chegou no patch 3.3 com A Queda do Lich Rei, no qual efetivamente invadimos a Cidadela da Coroa de Gelo. Três novos calabouços trazem uma linha de missões que culmina com a invasão da fortaleza e que prossegue com a raid em si. Ao todo são 12 confrontos, que culminam com um embate épico contra Arthas e cujo final é incrível.

Foi nesse período que World of Warcraft atingiu o maior número de jogadores ativos em sua história, 12 milhões de usuários.


O futuro do Lich Rei

Como vimos no final de Wrath of Lich King, Arthas está morto mas sempre deve haver um Lich Rei. No momento esse posto está com Bolvar Foldragon, campeão da Aliança que foi dado como morto ainda no começo da expansão, mas que acaba surgindo para salvar o dia e assume a coroa para manter os mortos-vivos sob controle.

Desde então, ele está em um sono indefinido mas que talvez não dure muito tempo. Alguns boatos e rumores sobre os próximos patchs de Battle for Azeroth, dão conta de que talvez a figura do Lich Rei apareça de alguma forma, mas ainda é cedo para afirmar como.

E você caro leitor, jogou Wrath of the Lich King na época de seu lançamento? Quais são suas memórias dessa expansão? Só não se esqueça de uma coisa: nenhum rei governa para sempre.

Revisão: Ana Krishna Peixoto


Formado em Game Design, desistente da Matemática Aplicada e atualmente cursando Jornalismo. Ainda aguardo o retorno triufal da Sega, fã de Metal Gear, Dark Souls e várias coisas vindas lá do Japão.
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