Semana passada,
começamos a explorar a história por trás dos jogos
Need for Speed. Começamos nos títulos clássicos lançados para o primeiro PlayStation, como
Hot Pursuit e
High Stakes. Também passamos por grandes lançamentos como
Need for Speed: Underground e
Need for Speed: Carbon. Nesta segunda parte, avançaremos até os dias atuais, terminando com uma breve reflexão sobre o futuro da franquia. Preparado? Então acione o
nitro e vamos lá!
Novas estradas para explorar
Terminamos a última lista com dois títulos que receberam más avaliações da crítica e do público em geral. Buscando mudar este cenário deixado por
ProStreet e
Undercover, a produtora
Electronic Arts (
EA) lançou em 2009
Need for Speed: Shift,com versões para PS3, X360, PSP, PC e diversos sistemas voltados para dispositivos móveis, como Android e iOS. Neste título, temos uma abordagem mista de simulação e
arcade, ao contrário da maioria dos títulos que focaram somente no último gênero.
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Shift reinventou a série de uma forma muito competente |
Esta combinação foi muito bem recebida, gerando boas vendas e avaliações. Como atrações em Shift, temos belas pistas, tanto baseadas em cenários reais, quanto em fictícios, uma boa variedade de carros, visuais muito bem acabados e uma jogabilidade refinada. O modo carreira, criticado nos últimos lançamentos, foi simplificado e não contou com um enredo ou história.
No mesmo ano,
Need for Speed: Nitro foi lançado de forma exclusiva para as plataformas da Nintendo. Com versões para Nintendo Wii e Nintendo DS, o game trouxe várias inovações, como carros bastante estilizados, localizações famosas (como Rio de Janeiro e Cairo, no Egito) e gráficos com efeitos tipo
graffiti em um modo chamado
Own It. Em 2010, uma atualização do jogo foi lançada de forma virtual para o Dsi. O game
Need for Speed: Nitro-X trouxe poucas melhorias em relação ao título anterior para o DS, tendo como destaque um preço bastante atrativo.
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Muita velocidade e estilo em Need for Speed: Nitro |
Ainda em 2010, recebemos o lançamento exclusivo para PC de N
eed for Speed: World. O game consistia em um
multiplayer online de mundo aberto, baseando-se principalmente nos jogos Most Wanted e Carbon. Tendo como foco as corridas ilegais e perseguições policiais, World também trazia elementos de RPG, como poderes especiais para derrotar os oponentes e um sistema de habilidades para o jogador, garantindo melhor desempenho para os carros. O game não teve grande recepção, tendo os seus servidores desligados em 2015.
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Em NfS: World, temos um jogo de corrida com uma pegada RPG |
Novamente trazendo destaque para os modos de perseguição,
Need for Speed: Hot Pursuit chegou em 2010 com o mesmo subtítulo do jogo de 1998. Com versões para PC, dispositivos móveis e os três maiores consoles da sétima geração, o game é até hoje um dos mais bem avaliados da franquia. O título conta com gráficos bem acabados, excelente jogabilidade e grande quantidade de conteúdo. A sensação de alta velocidade e a boa relação entre nível de dificuldade e diversão foram outros pontos muito elogiados neste jogo.
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Hot Pursuit é um dos ícones da série |
Outra inovação de Hot Pursuit foi a estreia do sistema
Autolog, que se tornaria recorrente na franquia. Ele consiste em uma rede online que permite aos jogadores se comunicarem, compararem recordes e conquistas e disputarem corridas durante a sessão de jogo. Outro registro interessante do título é sobre a sua versão para o Nintendo Wii, que era visivelmente inferior, neste caso recebendo material “reciclado” do jogo NfS: Nitro. Para quem não sabe (ou não lembra), esta era uma situação comum na época, pois o console tinha configurações mais modestas que os seus concorrentes.
Ligando o turbo ao máximo
Em 2011, conhecemos
Shift 2: Unleashed, que abriu mão do nome da franquia para deixar clara sua intenção: ser uma continuação direta de Shift, ou seja, um game voltado para o gênero de simulação. Lançado para PS3, X360, PC e iOS, o game contou com uma grande fidelidade aos carros e físicas reais, tendo uma excelente produção gráfica. Apesar do título ter recebido boas avaliações, ele não conseguiu alcançar o sucesso obtido pelo seu predecessor.
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Shift 2 é um excelente jogo de corrida do tipo simulação |
Need for Speed: The Run chegou em 2011 para a sétima geração de consoles, 3DS e PC.Com um modo carreira que consistia em uma grande corrida ilegal atravessando os EUA, o game tentou inovar ao incluir um sistema de
quick time events, onde o piloto, pela primeira vez na série, descia do carro. Mesmo com algumas boas qualidades, o game conseguiu apenas avaliações medianas devido a vários defeitos, como história sem graça,
glitches em alguns efeitos visuais e inteligência artificial deficiente. Esse baixo sucesso motivou um “relançamento”, que buscou retomar o prestígio da franquia.
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Apesar da proposta interessante, The Run foi mal produzido e acabado |
Lançado no ano seguinte,
Need for Speed: Most Wanted seguiu a onda de Hot Pursuit ao relançar um subtítulo já utilizado anteriormente. Com versões para Xbox 360, PS3, PC e PS Vita, o game trouxe novamente destaque para as disputas contra os carros de polícia em um mundo aberto. Qualidades como boa jogabilidade, ótimo modo
multiplayer via
Autolog, belos visuais, excelente trilha sonora e mecânicas de jogo cheias de velocidade levaram à boas avaliações da crítica e dos fãs. O jogo também recebeu uma versão especial lançada para o Nintendo Wii-U, chamada
Need for Speed: Most Wanted U, contendo várias melhorias técnicas e, inclusive, conteúdos especiais relativos a empresa do Mario.
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Most Wanted conseguiu repetir o sucesso do predecessor homônimo |
No final de 2013, foi lançado
Need for Speed Rivals para PC, PS3, PS4, X360 e Xbox One. Considerado o “último” grande sucesso da franquia, o jogo acertou em cheio ao reunir vários elementos bem sucedidos em um pacote completo: em um jogo de mundo aberto, temos paisagens belíssimas com corridas de rua desafiadoras, perseguições policiais emocionantes e muitas interações
multiplayer.
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Muita emoção e belos visuais em Rivals |
Existem vários carros para serem obtidos e customizados, tanto visualmente quanto em termos de desempenho. Em um modo carreira onde o jogador pode jogar como policial ou corredor, encontramos corridas em alta velocidade em meio a desertos espaçosos e montanhas com estradas sinuosas. Mesmo a ausência de servidores exclusivos e a presença de alguns
glitches foram relevadas frente a boa qualidade do game.
Um reboot para os novos tempos
Antes de falarmos deste
reboot, cabe aqui lembrar do título
Need for Speed: No Limits, lançado em 2015 para iOS e Android. Primeiro título exclusivo para
smartphones, No Limits apresenta gráficos competentes, boa jogabilidade e muitos conteúdos. Entretanto, o game sofre de um defeito comum nos jogos gratuitos para celulares: vários recursos são muito difíceis ou demorados de serem liberados, a não ser que o jogador esteja disposto a fazer compras no aplicativo.
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No Limits traz toda a emoção da franquia NfS para o seu smartphone |
Voltando a série principal, em 2015 a franquia recebeu um reboot para as novas gerações de videogames. Sua produção, inclusive, começou durante o desenvolvimento de Rivals. Mesmo com todo este planejamento, infelizmente o novo game, apesar do bastante interessante, não alcançou o sucesso de seu antecessor. Chamado apenas de
Need for Speed, justamente para destacar o novo começo, o game foi lançado para PC, PS4 e Xbox One.
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Need for Speed foi um recomeço lento, mas promissor para a franquia |
Apesar de ter seus gráficos, trilha sonora e customizações elogiadas, dois pontos foram bastante criticados. O primeiro foi a inteligência artificial deficiente dos carros e o segundo a necessidade de conexão
online constante. Este último, além de restritivo por si só, ainda impossibilitava que o jogador pausasse o game. Visto que a franquia estava recomeçando, esperava-se que a sequência de Need for Speed pudesse corrigir estes erros e assim melhorar ainda mais sua recepção. E as mudanças vieram na forma de
Need for Speed Payback, lançado no final de 2017 para PC, PS4 e Xbox One.
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Apesar de toda a expectativa, Payback não |
Mas se o primeiro jogo do
reboot da série não foi uma unanimidade mesmo com boas notas, Payback recebeu avaliações apenas medianas. As duas principais críticas do predecessor foram eliminadas, mas novos problemas surgiram. História travada, efeitos de dano pouco realistas, baixo número de customizações e, principalmente, utilização exagerada do sistema de microtransações deixaram os jogadores um pouco frustrados, esperando mais da franquia outrora sinônimo de qualidade em games de corrida.
O que o futuro reserva
Atualmente, está em desenvolvimento o título
Need for Speed: Edge, inicialmente liberado apenas para o mercado chinês e sul coreano. Assim como NfS: World, Edge é um jogo do tipo
multiplayer online. Todos estão, entretanto, esperando pra saber qual será o novo lançamento da série principal. Desde o reboot da franquia, os dois jogos lançados receberam avaliações um pouco decepcionantes para o padrão esperado da série.
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Qual será o próximo lançamento da série? |
Mas quanto tempo irá demorar? Considerando que Rivals saiu em 2013, Need for Speed em 2015 e Payback em 2017, podemos aguardar um novo título em 2019. Mas mais do que esperar pouco, os fãs da maior franquia de jogos de corrida querem uma coisa: qualidade. Jogos como Underground, Hot Pursuit, Shift e Rivals demonstraram o potencial máximo da série, que ainda espera por um grande sucesso para as novas gerações. O negócio é torcer para que a
Electronic Arts e as suas subsidiárias acertem a mão novamente e tragam toda a adrenalina e diversão que fizeram a marca tão famosa e adorada pelo mercado.
E assim acabamos a nossa viagem pela história da franquia Need for Speed. A estrada foi longa, mas muito divertida. E você, leitor? Qual seria o seu título favorito? Deixe seu comentário abaixo.
Revisão: Link Beoulve