A última expansão de Far Cry 5 (Multi) chegou no dia 28 de agosto deste ano, misturando zumbis com boas doses de um humor um tanto quanto sem graça. A expectativa era de que as expansões de Far Cry 5 tivessem o mesmo nível de qualidade e loucura que Far Cry3: Blood Dragon (Multi). Se os dois conteúdos adicionais anteriores foram medianos, Dead Living Zombies fica aquém das expectativas, não superando nem mesmo seus antecessores.
Brincando de roteirista
Dead Living Zombies possui uma estrutura de campanha diferente das outras DLCs. O protagonista da expansão é Guy Marvel, um roteirista de filmes mal-sucedido que está em busca de um diretor que entenda a qualidade de suas ideias envolvendo zumbis. As fases se desenrolam com Guy Marvel narrando suas ideias para diretores de renome. O jogador assume o papel dos protagonistas dos filmes do roteirista, em aventuras malucas e completamente descerebradas.O maior alento na narrativa de DLZ são as referências a filmes clássicos e alguns pequenos diálogos entre Guy Marvel e um dos diretores, que influenciam diretamente na jogabilidade e no visual das fases. O restante é completamente descartável e com um tom de comédia que não funciona, tornando as narrações de Marvel um emaranhado de coisas absurdas e palavrões.
Uma aventura pequenina e sem nenhuma novidade
Cada filme de Guy Marvel se passa em uma ambientação diferente, desde as plantações de uma fazenda a uma cidade pós-apocalíptica, relatando como os zumbis surgiram ali e a razão para o protagonista da película estar em determinada situação. A grande maioria dos cenários pode ser concluída em pouquíssimo tempo, com alguns dando a oportunidade do jogador apenas sair correndo rumo ao objetivo. Objetivo este que, aliás, se repete à exaustão. Chegue em um local, destrua cilindros de gosma amarela para impedir o surgimento de novos zumbis e siga para a próxima área.A ação é direta e sem firulas. Não há novidades nas mecânicas, com pouquíssimos tipos de zumbi aparecendo em hordas para enfrentar o jogador. São três no total, fora os animais zumbis, cuja única diferença das versões vivas é a agressividade elevada. Falta a presença de chefes aqui, algo que é muito presente em jogos com temática zumbi. Utilizam-se de animais de grande porte, como ursos e alces como “chefes”, mas estes são, como mencionado, idênticos à suas contrapartes vivas. As armas presentes aqui se restringem ao que vimos em Far Cry 5, deixando qualquer tipo de poder de fogo novo de fora.
A expansão é extremamente curta e, mesmo que ofereça um modo Score Attack para desbloqueio de itens especiais e placares, não é algo que prenda o jogador de maneira satisfatória. Os mapas são simplórios, parecendo terem saído diretamente do Editor de Mapas do modo Arcade de Far Cry 5. Embora tragam certa variedade, faltam momentos marcantes e memoráveis. No fim das contas, Dead Living Zombies serve apenas para atirar a esmo em grandes quantidades de inimigos.
Far Cry 5: Dead Living Zombies (Multi) é uma expansão curta e sem novidades. O humor de Guy Marvel não é nem um pouco engraçado, mas a influência de suas narrações em tempo real na jogabilidade é um pequeno charme. A ação direta pode ser divertida, especialmente se a aventura for encarada na companhia de mais um amigo, mas não há nada aqui que justifique sua aquisição.
Prós
- Efeitos em tempo real das narrações na jogabilidade;
- Ação direta e sem firulas;
- Modo cooperativo.
Contras
- Curta duração;
- Nenhuma novidade relevante, nem para Far Cry, nem para a temática zumbi.
Far Cry 5: Dead Living Zombies — PS4/XBO/PC — Nota: 5.5
Versão utilizada para análise: PS4
Revisão: Ana Krishna Peixoto
Análise produzida com cópia adquirida pelo redator