Dizem que cada um de nós deve encontrar seu próprio caminho no mundo e que a vida é uma jornada de descobertas. Aprendemos inúmeras coisas tentando, errando e tirando lições disso. Umiro representa justamente esse conceito.
Controlando Tom e Satura, dois jovens que se encontram em um mundo sem cor homônimo ao título do game, o jogador precisa trazer a vida de volta. Para isso, deve guiar os protagonistas até cristais espalhados pelos cenários.
Apesar de estar disponível para PC, Umiro se encaixa muito bem quando jogado em dispositivos móveis. Como jogamos a versão para Android, a jogabilidade é intuitiva e ágil, basta clicar no personagem desejado, desenhar o caminho ao arrastar o dedo na tela até o cristal e clicar no “Play” para vê-lo progredir. Nos primeiros estágios precisamos apenas guiar Tom e somos apresentados a algumas mecânicas que nos acompanham até o fim da aventura.
Cada fase possui um cristal amarelo. Coletá-lo é opcional, mas ele acrescenta um desafio maior para jogadores dispostos a completar 100% de Umiro. Além disso, há esferas pretas que se movem e devem ser evitadas, portanto, ao criar o caminho, o jogador tem que considerar esses obstáculos. Ter timing para clicar no Play no momento certo é essencial para ter sucesso.
Um é pouco, dois é desafiador
Umiro se torna mais desafiador quando temos a presença de Satura. O número de cristais aumenta e cada um dos protagonistas só pode ser guiado até os respectivos cristais, azuis para Tom e vermelhos para Satura. Felizmente, para não tornar o jogo frustrante, após fazer o caminho com um dos personagens, um espectro da movimentação dele é exibido conforme você desenha o caminho do outro. Assim, o jogador consegue ter noção e acompanhar os movimentos de ambos personagens. Outra vantagem é que os estágios de Umiro possuem uma espécie de checkpoint. Em fases em que há mais do que um cristal de cada cor, o jogo salva o progresso quando coleta o primeiro e, dessa forma, o jogador não é obrigado a recomeçar do início.No total, o jogo possui quatro mundos com dez estágios cada. Umiro introduz uma mecânica em cada mundo, como botões para ativar ou remover barreiras de fumaça e escudos para sobreviver a um contato com as esferas negras. Sempre que acessamos um mundo novo, somos apresentados a imagens que contam a história de Tom e Satura. Os protagonistas dialogam nas fases, mas a narrativa é fraca e cria apenas uma justificativa para o jogo.
A jogabilidade focada em tentativa e erro é algo que pode frustrar jogadores mais impacientes. Em fases mais avançadas, a presença vários obstáculos e a exigência de coletar determinados cristais no primeiro movimento obriga o jogador a reiniciar o estágio diversas vezes. Isso pode irritar bastante, mas é errando que se aprende, não é mesmo?
No geral, Umiro é um jogo de puzzle instigante, simpático e acessível. Mesmo curto, consegue manter a atenção com fases desafiadoras. Encontrar nosso caminho no mundo depende de nossas escolhas e exige tempo. Se você escolher Umiro, terá um divertido game para passar o tempo ajudando Tom e Satura a trilharem seus caminhos.
Prós
- Jogabilidade intuitiva e ágil nas versões para Android e iOS;
- Visual e trilha sonora agradáveis.
Contras
- Ausência de extras e fator replay;
- Jogabilidade de tentativa e erro pode frustrar alguns jogadores.
Umiro — PC/iOS/Android — Nota: 8.0
Versão utilizada para análise: Android
Análise produzida com cópia digital cedida pela Devolver Digital.