Tente segurar o enjoo
Na primeira vez que eu liguei o jogo (e em todas as outras tentativas), não consegui me manter na jogatina por mais de trinta minutos. A mistura entre cores fortes e câmera muito solta me causaram um enjoo que nem mesmo Rez Infinite (PS4) no PlayStation VR foi capaz. Depois desse tempo de investida eu estava me sentindo incapacitada de continuar na frente da TV por qualquer que fosse o motivo.Não sei exatamente qual foi o problema no meu caso, pois nunca antes tinha me sentido tão mal em uma experiência no universo dos videogames. A combinação de cores no jogo, mesmo que parada, me incomodou bastante. Cada sala de ambiente proceduralmente gerado tem uma cor-base e, em muita das vezes, bastante iluminação extra — algo que posso imaginar ter sido uma das principais causas do meu enjoo.
O outro fator talvez tenha sido a movimentação da câmera. Por se tratar de um ambiente com baixa gravidade, a movimentação da nave, e consequentemente sua câmera, fica mais solta. Diferente de um jogo tradicional de tiro em primeira pessoa, o jogador é livre para girar e atuar praticamente nos 360° ao seu redor. A movimentação é feita a partir dos analógicos e os direcionais podem ser usados para dar um giro de 90° na base da nave. Ao entrar em algumas salas, é possível reparar que estamos “de lado” e, para isso, os direcionais são utilizados para tentar corrigir a posição da nave no espaço.
A pior fase para segurar o enjoo foi o próprio tutorial. Como, ao morrer, o novo jogo se passa em um mapa totalmente novo, algumas vezes dei a sorte de pegar ambientes que não favoreciam a vertigem e consegui avançar um pouco mais, passando, inclusive, para o próximo nível ao derrotar o reator da última sala.
Muita coisa ao mesmo tempo
Juntando todos esses fatores citados, temos a quantidade de inimigos, que em algumas salas, mesmo que na dificuldade mais baixa, pareciam estar vindo de todas as direções. E muita das vezes era ruim de encontrar esses robôs voadores porque eles ficavam levemente camuflados pela cor do ambiente. Tratando-se de um roguelike, era morte na certa, sem retorno. E que às vezes acontecia mais rápido do que gostaria.Para auxiliar no prosseguimento da missão, é possível encontrar caixas de suprimentos espalhadas pelas salas do mapa. Dar a sorte de encontrar um repositor de HP foi algo muito bem-vindo em vários momentos. Outra maneira de melhorar a experiência é adquirindo peças para melhorar a nave e novos lança-mísseis a partir dos inimigos abatidos.
É importante ressaltar que Sublevel Zero Redux conta com a famigerada morte permanente. Isso significa que o jogador tem que superar todos os intempéries de uma só vez para poder chegar ao fim do jogo. Além disso, não há a possibilidade de salvar o progresso para continuar em outra ocasião.
Vale tentar se você é um entusiasta
Apesar da minha experiência com Sublevel Zero Redux não ter sido das melhores, reconheço que o game pode proporcionar bons momentos de diversão para aqueles jogadores mais determinados e que não dispensam um bom desafio. Há uma série de novas naves que são desbloqueadas ao se atingir determinados objetivos dentro das missões, por exemplo, o que pode expandir a vida útil do game em busca dos níveis adjacentes. De repente, o piloto solitário em busca de recuperar a tecnologia necessária para a sobrevivência de seu clã pode ser você.Prós
- Mapas gerados proceduralmente;
- Caixas encontradas nos ambientes podem te dar uma ajuda na sobrevivência;
- Novas naves desbloqueadas ao completar missões específicas.
Contras
- Pode causar enjoo em alguns jogadores;
- Dificuldade de identificar de onde vem o inimigo;
- Não tem opção de salvar o jogo;
- Morte permanente pode vir rápida demais.
Sublevel Zero Redux — PS4/XBO — Nota: 5.0
Versão utilizada para análise: PS4
Revisão: Arthur Maia