Era uma vez em Insomnia...
Lançado originalmente em 2016 como um bônus de pré-venda de Final Fantasy XV, o spin-off A King's Tale: Final Fantasy XV chegou gratuitamente para todos os usuários do PlayStation 4 e Xbox One este ano. O game segue uma história de ação e aventura contada pelo Rei Regis ao filho Noctis antes de dormir.Passando-se 30 anos antes dos acontecimentos de Final Fantasy XV, o conto da juventude do Rei Regis começa na capital do Reino de Lucis, Insomnia, quando monstros e demônios dominavam as ruas. No meio deste caos, o vilão Ultros rouba o cristal de poder e Regis se junta a seus amigos para derrotá-lo.
A aventura do quarteto de guerreiros é muito próxima à experiência de jogo de Final Fantasy XV: um grupo de amigos combatendo o mal. Todos os personagens do spin-off também participam do jogo principal. Weskham é proprietário do Maagho, restaurante flutuante de Altissia; Cid é dono do posto de gasolina e oficina mecânica Hammerhead e avô de Cindy Aurum; e Clarus é amigo de infância de Regis e membro da Guarda Real do rei e do conselho de Lucis, pai de Gladiolus e Iris, também aparecendo no filme Kingsglaive: Final Fantasy XV (Takeshi Nozue, 2016).
Luta, magia e muito humor
A jogabilidade de A King's Tale: Final Fantasy XV é extremamente fluída, e os combates são velozes e repletos de golpes de espadas ou magia. A cada fase, Regis enfrenta vários inimigos conhecidos da franquia Final Fantasy, como garulas, flans, cactuars, goblins, killer bees, entre outros. O herói ainda conta com ataques especiais ou com o auxílio de seus três amigos em combos conjuntos.A arte do jogo é muito bonita e combina com o clima nostálgico de um pai contando suas histórias de aventura ao filho pequeno. Para isso, a arte em pixel art foi a escolha perfeita para ambientar uma história de 30 anos atrás, e oferece uma homenagem aos jogos eletrônicos da época, mas com recursos contemporâneos da indústria dos games.
O teor da história de A King's Tale: Final Fantasy XV também possui um tom bem leve e divertido, em que Regis faz observações cômicas sobre suas aventuras e o filho Noctis pergunta uma série de fatos inocentes sobre os monstros e summons da história. Por exemplo, quando o jogador é morto durante a fase, o rei diz ao filho que estava brincando ou fez isso apenas para ver se ele estava prestando atenção à história.
Batalhas nos sonhos
Outro fator de destaque é a trilha sonora. Composta por Bill Kiley, as músicas ambientes são muito similares ao trabalho da compositora japonesa Yoko Shimomura em Final Fantasy XV, criando uma bela sinfonia que conecta o jogador a todo o universo de Final Fantasy.Além de tudo isso, ao finalizar o modo história de A King's Tale: Final Fantasy XV, o jogador tem acesso ao modo Dream Battles, que são batalhas que se passam nos sonhos de Noctis. Essa modalidade de jogo consiste em 25 fases cujo objetivo é derrotar ondas de inimigos dentro de um limite de tempo e atingir os requisitos especiais para ter pontuação máxima. O Dream Battles é um modo bem divertido, com combates frenéticos e recompensas gratificantes ao jogador.
A King's Tale: Final Fantasy XV surpreende por ser um jogo simples, bonito e familiar. A atmosfera do jogo encanta qualquer gamer com seu charme retrô, e os desafios propostos estimulam o jogador a batalhar e se divertir num mundo repleto de criaturas mágicas. Um excelente spin-off e certamente mais do que recomendado para os fãs de Final Fantasy XV.
Prós
- Pixel art clássica de jogos retrô;
- Beat’em up fluído;
- Bom nível de desafio;
- História bonita e divertida;
- Modo Dream Battles desafiante e recompensador;
- Remete à história dos videogames;
- Spin-off que acrescenta ao enredo de Final Fantasy XV;
- Trilha sonora bela.
Contras
- Nenhum.
A King's Tale: Final Fantasy XV — PS4/XBO — Nota: 10
Versão usada para análise: XBO
Revisão: Arthur Maia