Tendo acesso a essa fase de testes fechado, durante essa última semana tive a oportunidade de conferir os primeiros momentos do card game da CD Projekt. Já devo avisá-los que não cheguei a jogar The Witcher 3: Wild Hunt, por isso, esse é meu primeiro contato com Gwent. Dessa forma, não poderei dizer muito das diferenças da primeira versão para essa. Minhas impressões são as de alguém novo na área. E já adianto que, mesmo não conhecendo muita coisa do universo de The Witcher, tive uma boa experiência com o jogo de cartas.
Tabuleiro de Gwent, no começo de uma partida |
Com um baralho que pode ter entre 25 e 40 cartas (isso você irá definir ao montar o deck), seu objetivo é juntar mais pontos no seu lado do tabuleiro do que seu oponente em uma série melhor de três rodadas. Esses pontos são a somatória das forças individuais de todas as criaturas que você tiver em campo. Não existe ataque direto a pontos de HP.
Nessa hora você me pergunta: “Mas quando a rodada acaba?”. É aíque está a essência da estratégia de Gwent. Cada jogador inicia a partida com 10 cartas. No começo da segunda rodada, se recebe mais duas cartas e, no começo da terceira, só mais uma. Assim, não adianta gastar todas suas cartas para vencer a primeira rodada e não ter o que usar na sequência do jogo. A qualquer momento você pode passar sua vez, abdicando de jogar cartas até o final da rodada. Quando ambos os jogadores passam ou ficam sem cartas, acaba a rodada.
Ter a noção de quando parar é essencial em Gwent. É preciso equilibrar suas jogadas com as do seu oponente, e saber a hora de forçar a mesa ou não. Você pode ter um começo forte, para garantir um ponto ou forçar seu oponente a gastar mais cartas; por outro lado, se estiver perdendo é preciso pensar se vale a pena buscar a virada ou desistir de uma rodada para conservar mais cartas para a sequencia da partida. Tudo depende da sua leitura do confronto. Outro detalhe importante: ao final de cada rodada, as cartas do tabuleiro são descartadas.
Nesse ponto, joguei uma carta de Geada, que afeta a fileira corpo a corpo. As cartas do oponente tiveram sua força reduzida para 1. Já as minhas, como já possuíam 1 de força, não foram afetadas. |
Gwent traz quatro facções, que simbolizam quatro tipos diferentes de baralho: Skellige, Monstros, Reinos do Norte e Scoia’tael. Cada uma delas tem habilidades e cartas específicas. Cada baralho tem uma carta de "herói", que sempre tem habilidade única. Na imagem abaixo, por exemplo, Eredin comanda meu deck de monstros, mas eu poderia trocá-lo por outro personagem, desde que eu tenha a carta específica. Uma quinta facção, Nilfgaard, deverá vir no futuro, mas ainda não há previsão de data.
Interface de criação de decks. Como as compras de cartas são limitadas durante a partida, um baralho menor aumenta a chance de conseguir uma carta. |
Um detalhe que merece destaque é que o jogo está todo em português do Brasil, inclusive com vozes dubladas. O trabalho, pelo que notei nesses primeiros dias, está muito bom.
Os pacotes de cartas são chamados aqui de Barris. Além da localização, os preços já estão na nossa moeda. |
De qualquer forma, Gwent como um jogo por si só tem um início bastante promissor. Ele não traz mecânicas triviais, exigindo um pouco mais do jogador para entender o funcionamento da partida, mas isso não é ruim. Após se entender o básico, ele é um jogo bem divertido, com um leque bem grande de estratégias e diferente de outras opções que existem por aí.
Por estar em Beta fechado, é preciso receber uma chave para ter acesso ao Gwent. O registro para tentar receber uma key pode ser feito no site oficial do jogo.
Revisão: Pedro Vicente