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Mesmo depois de uma década de existência os consoles PlayStation 3 e Xbox 360, segundo pesquisa da GfK, de janeiro até julho de 2016 foram 52% dos videogames novos comprados no Brasil, responsáveis por 36% do faturamento. Ou seja, os donos desses 52% não vão poder aproveitar nem dez dos grandes jogos mostrados na BGS 2016. Isso é preocupante.
Segundo o criador da Brasil Game Show, Marcelo Tavares, “a sétima geração é um mercado de entrada para quem ainda não tem um videogame”. O preço inferior dos consoles reflete a realidade da crise econômica brasileira, o momento pede o que comentou Bertrand Chaverot, diretor geral da Ubisoft na América Latina ao notar que “precisamos de preços competitivos no varejo para ajudar o jogador a migrar”.
Os consoles da sétima geração, descontinuados, atualmente só recebem jogos como PES, FIFA, Just Dance e LEGO, é o que reforça Anderson Gracias, gerente-geral de PlayStation da América Latina: “Hoje, os estúdios estão focados em criar games para os novos aparelhos. Só quem tem um mercado muito amplo lança games para a geração antiga”.
Em contraste, ainda segundo a GfK, 51% dos jogos vendidos no mesmo período foram para PlayStation 4 e Xbox One, sendo 61,5% do faturamento.
Os dados da GfK são preocupantes, afirmam como o acesso à tecnologia no nosso país não é simples, é atrasada, cara e selecionada para uma parcela reservada da população. Segundo a NPD Group, nos Estados Unidos os consoles da sétima geração só fizeram parte de 2% das vendas de videogames em março deste ano. Apesar da fabricação nacional tanto do Xbox One (desde do lançamento mundial) e do PlayStation 4, os preços não ficaram acessíveis o bastante, ainda mais com o índice de inflação e estresse do mercado decorrente da crise, antes de tudo, política.
A Microsoft apresenta algumas soluções para o consumidor "atrasado": em breve será possível comprar um Xbox One com desconto ao oferecer um Xbox 360 usado, também já garantiu que o Brasil receberá bundles de jogos populares, como FIFA 17, além da já implantada retrocompatibilidade do Xbox One com jogos do 360. “O jogador não perde a biblioteca de games que construiu ao longo do tempo só porque mudou de console”, diz Willen Puccinelli, diretor de produtos Xbox no Brasil.
A Sony tem o PlayStation 4 como console mais caro da geração, mas diz que foca em negociar promoções com as lojas varejistas para facilitar a migração. Questionada se pode haver desconto no PS4 abrindo mão do PS3, comentou que não planeja algo semelhante por enquanto.
PlayStation 3 e Xbox 360 são mais da metade dos consoles vendidos em 2016 no Brasil
Os dois consoles formam 52% dos consoles comprados de janeiro até julho.
Por
Janderson
em 05/09/2016
Mesmo depois de uma década de existência os consoles PlayStation 3 e Xbox 360, segundo pesquisa da GfK, de janeiro até julho de 2016 foram 52% dos videogames novos comprados no Brasil, responsáveis por 36% do faturamento. Ou seja, os donos desses 52% não vão poder aproveitar nem dez dos grandes jogos mostrados na BGS 2016. Isso é preocupante.
Segundo o criador da Brasil Game Show, Marcelo Tavares, “a sétima geração é um mercado de entrada para quem ainda não tem um videogame”. O preço inferior dos consoles reflete a realidade da crise econômica brasileira, o momento pede o que comentou Bertrand Chaverot, diretor geral da Ubisoft na América Latina ao notar que “precisamos de preços competitivos no varejo para ajudar o jogador a migrar”.
Os consoles da sétima geração, descontinuados, atualmente só recebem jogos como PES, FIFA, Just Dance e LEGO, é o que reforça Anderson Gracias, gerente-geral de PlayStation da América Latina: “Hoje, os estúdios estão focados em criar games para os novos aparelhos. Só quem tem um mercado muito amplo lança games para a geração antiga”.
Em contraste, ainda segundo a GfK, 51% dos jogos vendidos no mesmo período foram para PlayStation 4 e Xbox One, sendo 61,5% do faturamento.
Os dados da GfK são preocupantes, afirmam como o acesso à tecnologia no nosso país não é simples, é atrasada, cara e selecionada para uma parcela reservada da população. Segundo a NPD Group, nos Estados Unidos os consoles da sétima geração só fizeram parte de 2% das vendas de videogames em março deste ano. Apesar da fabricação nacional tanto do Xbox One (desde do lançamento mundial) e do PlayStation 4, os preços não ficaram acessíveis o bastante, ainda mais com o índice de inflação e estresse do mercado decorrente da crise, antes de tudo, política.
A Microsoft apresenta algumas soluções para o consumidor "atrasado": em breve será possível comprar um Xbox One com desconto ao oferecer um Xbox 360 usado, também já garantiu que o Brasil receberá bundles de jogos populares, como FIFA 17, além da já implantada retrocompatibilidade do Xbox One com jogos do 360. “O jogador não perde a biblioteca de games que construiu ao longo do tempo só porque mudou de console”, diz Willen Puccinelli, diretor de produtos Xbox no Brasil.
A Sony tem o PlayStation 4 como console mais caro da geração, mas diz que foca em negociar promoções com as lojas varejistas para facilitar a migração. Questionada se pode haver desconto no PS4 abrindo mão do PS3, comentou que não planeja algo semelhante por enquanto.
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Janderson
Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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