Pelo segundo ano consecutivo, o principal atrativo de PES para o público brasileiro é a presença exclusiva de Corinthians e Flamengo, times que têm as duas maiores torcidas do país. Tendo essa carta na manga, a Konami poderia explorar a fundo as marcas de ambas as equipes e conquistar novos jogadores para sua franquia de futebol. Entretanto, não foi isso que percebi durante a demo de PES 2017 que estava disponível no estande da Sony, durante a Brasil Game Show 2016.
A única coisa que realmente merece elogios são os uniformes dos dois clubes, que estão perfeitamente retratados. Já a aparência dos jogadores é totalmente genérica e os elencos contêm atletas que não existem na realidade. Por exemplo, o camisa 9 do Corinthians é um tal de H. Almeida. Esse problema é causado por jogadores que não licenciaram sua imagem para o estúdio, entretanto caberia um maior esforço da Konami para conseguir a liberação. As animações pré-jogo são bonitas, fiquei particularmente surpreendido com a vista área do Camp Nou, que mostra parte da cidade de Barcelona.
Vista aérea do Camp Nou é de impressionar |
Além de Corinthians e Flamengo, a demo disponibilizava ainda os time do Arsenal, River Plate, Atlético de Madri, Boca Juniors e Barcelona. As seleções da França e Alemanha também estavam presentes. No momento de escolher o campo de jogo, somente duas arenas disponíveis: Camp Nou e New Sonne Arena. Para testarmos o jogo, realizei o clássico brasileiro no Camp Nou.
A jogabilidade evoluiu em relação ao PES 2016, os passes são precisos e a inteligência artificial consegue entender melhor cada jogada. As partidas estão mais cadenciadas, por isso, fica difícil dominar a bola e atravessar todo o campo na corrida. A marcação é dura e a zaga adversária dificulta ao máximo que seu ataque entre na área para finalizar. Atingimos o placar de 2x0 com dois chutes de longe. O que incomodou foram os movimentos dos jogadores, que não são suaves e parecem mecânicos.
Por essa única partida, a sensação foi a de que PES 2017 ficará atrás de FIFA 17 na preferência dos jogadores.