Diário de bordo E3 2016: Menos correria, mais reflexões

Um segundo dia de E3 marcado por incríveis jogos, um pouco mais de calmaria e grandes reflexões

em 16/06/2016
Zelda, ReCore, VR... O que fazer depois de jogar os principais jogos restantes da E3 2016? Que diferenças existem entre a feira deste ano e as versões dos anos anteriores? Após um segundo dia de E3 mais calmo do que os demais dessa semana, me peguei pensando muito sobre o que vem sendo o maior evento de videogames do mundo. Venha comigo nesse relato do segundo dia de E3 2016!

Começando com uma ótima tríade

O nosso segundo dia de E3 e o quarto de cobertura começou um pouco mais tranquilo do que o normal. Sem mais correria para chegar sete horas antes das conferências e livres de urgência para buscar autógrafos, pudemos acordar não apenas um pouco mais tarde, mas mais relaxados também. Já conhecíamos o espaço da E3, já sabíamos quais jogos estavam lá e já até tínhamos noção de para onde valia a pena correr primeiro. Sim, a melhor maneira de jogar aquele jogo que tem filas brutalmente gigantescas é correndo para ser um dos primeiros a chegar lá, algo que a antecedência pela conferência da Sony nos ensinou melhor do que qualquer outra coisa.
E foi por essa filosofia que pude jogar logo de cara ReCore (XBO) no estande da Microsoft, fazer o agendamento prévio dos jogos VR da Sony e ficar tranquilo quanto a Zelda, afinal, tínhamos marcado com a Nintendo no dia anterior um tempo exclusivo para testar Breath of the Wild (Wii U/NX). De longe, essas foram as três melhores coisas que experimentei nesse segundo dia de E3. ReCore me mostrou mais uma vez o talento dos desenvolvedores de Metroid Prime e Megaman, Rigs (PS4) me mostrou como shooters podem se beneficiar da realidade virtual e Zelda. Bom, acho que meu hands-on já falar por si só.

Uma E3 vazia?

Após jogar esses títulos, pouco me sobrou para explorar na E3, considerando, é claro, todos os outros jogos que experimentei no primeiro dia. Como alguém que vem participando da E3 desde 2012, isso me fez notar um certo vazio na feira, algo que muitas pessoas já vinham percebendo. Relevante ou não, a E3 vem perdendo a atenção das empresas. Sega, Bandai Namco, Koei Tecmo, EA e Activision são algumas das desenvolvedoras e publicadoras que não trouxeram seus estandes para a feira pela primeira vez em muitos anos.
Obviamente, isso aliviou bastante o nosso trabalho de cobertura. Por outro lado, como somos inegavelmente apaixonados por videogames, também significou menos demonstrações para experimentar. Ainda assim, fiquei feliz em ouvir opiniões positivas quanto à E3 vindo de pessoas que participavam da feira pela primeira vez. Que 2017 signifique um retorno da boa e velha cultura da E3!

Explorando os confins da E3

Motivado pelo gostoso senso de exploração que o novo Zelda me fez sentir no estande da Nintendo, decidi explorar os estandes menos badalados da E3, na esperança de suprir aquela falta de conteúdo das grandes empresas. E não é que me surpreendi com o tanto de conteúdo disponível? No IndieCade, por exemplo, dava para jogar diversos títulos de estúdios independentes, inclusive com a presença dos próprios desenvolvedores ao seu lado. Tecnologias novas e interessantes também poderiam ser conferidas, como um tabuleiro virtual para jogar com bonecos interativos (como amiibo e Skylanders) e projeção de jogos em telões em formato de circunferência. Havia, assim, muita coisa para se fazer na E3 2016. Abordarei todas elas em textos que continuarão a ser publicados nos próximos dias, aliás.
Brincando um pouco com o booth da Nintendo
O dia terminou, infelizmente, com um leve enjoo e dor de cabeça após jogar tantos games VR. Mas cá estou eu, escrevendo esse relato durante a madrugada, afinal, amanhã ainda tem E3 e só podemos descansar quando tudo isso acabar. É bem cansativo, pelo próprio tamanho da feira e pela necessidade de estar a todo o momento correndo de um lado ao outro dos saguões, mas termina em um piscar de olhos. Agora que chegamos ao último dia de E3, a meta é correr para conferir os jogos cujas filas intermináveis nos fizeram deixar para os momentos finais, como Sea of Thieves e Horizon Zero Dawn!

Revisão: Ana Krishna Peixoto
Capa: Rafael Neves

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