A premissa é que, numa festa a fantasia, os convidados acabaram encorporando até demais os personagens e ganharam os poderes de suas vestimentas. Obrigados a lutar entre si devido a influência de um inimigo misterioso, os participantes são vão de súcubos sensuais a cangaceiros. Samba, capoeira e peixeiras logo se enfrentam no campo de batalha.
O beta mínimo conta com apenas quatro personagens e é focado no modo multiplayer. Mesmo que pequeno (ele não se chama mínimo à toa), impressiona pela qualidade. Tudo é magistralmente animado, com uma fluidez de fazer inveja nos games de luta da SNK dos anos 1990, os cenários são detalhados e bonitos e a música é memorável. Grande destaque fica para a dublagem, que se encaixa perfeitamente com cada um dos personagens e seus estereótipos.
Mas um jogo de luta, por mais bonito e polido que seja, não é nada sem uma jogabilidade precisa e viciante — quesitos que Trajes Fatais cumpre com louvor. Pegar o jeito é muito fácil: há apenas um botão de ataque e os direcionais, que podem ser combinados no chão e no ar para se executar uma variedade de golpes. Isso é o suficiente para se criar um metagame ágil e profundo, com várias combinações de golpes, contra-ataques e táticas defesa e revide.
Os personagens, além de distintos entre si visualmente, são diferentes mecanicamente. Mesmo Lucy Fernandes e Lucy B-Side, que parecem apenas versões alternativas uma da outra, provam-se únicas na arena. Cada lutador tem seu próprio estilo de luta e agradará jogadores de vários tipos.
Mesmo em seu beta mínimo, já vale a pena baixar Trajes Fatais jogar algumas partidas com os amigos. Se mantiver a qualidade aqui apresentada e incluir mais personagens, uma campanha single-player sólida e um modo online competente, o game não será apenas uma joia brasileira: será um dos melhores games independentes de luta 2D. Dê uma passada no itch.io e participe da festa — a entrada é franca!