O jogo da Auroch Digital está exatamente no meio de ciclo de jogos analógicos que influenciam jogos eletrônicos. Sua principal inspiração é claramente Civilization, mas com uma abordagem muito mais próxima aos boardgames. A principal diferença é a importância da sorte. A maioria das ações exige um rolamento de dados: você rola dados para ver quem se move primeiro, quão efetivo será seu ataque, se conseguirá se defender, se vai capturar o herói inimigo…
Quando a sorte não está nos dados, está nas cartas. Mesmo que você tenha os recursos necessários, criar unidades não é simplesmente selecionar uma construção no mapa e mandar que ela seja gerada. Seu baralho determina o que você pode colocar em campo — uma mão ruim pode deixar você em uma situação delicada, com exércitos mal equilibrados.
Mas estamos falando de um jogo de estratégia, que não pode depender do puro acaso. O posicionamento das construções no mapa hexagonal é a principal chave para o sucesso. Com recursos escassos, aquele que consegue clama-los primeiro fica com uma grande vantagem estratégica.
Os recursos não servem apenas para comprar unidades e construções. Eles ajudam gerenciar a sorte, transformá-la num recurso estratégico também. Sacrificando algum material excedente, é possível adquirir mais dados e influenciar o resultado das rolagens. Quando se mover primeiro pode determinar o destino de um exército, para quê reservar energia ou população?
Seu objetivo final é conquistar a base inimiga, e para isso é necessário seguir à risca os quatro X do gênero 4X: explore, expand, exploit, exterminante (investigar, expandir, explorar e exterminar). Como os exércitos implementados por você ganham penalidades se longe de seu território, a expansão contínua e exploração de recursos acabam pesando mais os dados. Depois de conquistar a sorte e o mundo, só resta exterminar o inimigo.
Será que, depois de expandir suas funcionalidades, Last Days of Old Earth vai conquistar o público? A julgar pelo o que já temos no Acesso Antecipado, é bem provável que sim.