Semana passada, pedimos para vocês escolherem o melhor jogo lançado em fevereiro de 2016. Desta vez, não teve pra ninguém. O Jogo do Mês de fevereiro ganhou de lavada e é…
Fire Emblem Fates (3DS)
Só de pensar em Fire Emblem Fates já dá uma preguiça. É um jogo, mas ao mesmo tempo são três. O(s) jogo(s) foi(ram) lançado(s) no Japão há alguns meses, e agora finalmente faz sua aparição em costas ocidentais. Mas antes de falar de Fates, vamos relembrar um pouco da história de uma das mais antigas séries de estratégia por turnos.
Fire Emblem tem suas origens no Famicom, lá no ano de 1990. Os primeiros jogos de Marth e companhia, criados pela Intelligent Systems, fizeram sucesso no Japão, mas a continuidade da série foi afetada por atritos entre o diretor do jogo e o restante do estúdio.
Por aqui, a série só foi considerada após o sucesso de Marth e Roy em Super Smash Bros. Melee. O primeiro jogo localizado da série, titulado apenas de Fire Emblem, foi lançado em 2003 no Game Boy Advance, seguido de Fire Emblem: The Sacred Stones. Ambos jogos foram bem recebido pela crítica e pelos fãs, com vendas moderadas.
Após esse sucesso, a Nintendo arriscou lançando Fire Emblem: Path of Radiance no GameCube e, alguns anos depois, Fire Emblem: Radiant Dawn no Wii. Apesar de serem bem-recebidos pela crítica, não fizeram impacto nas vendas. Em seguida, veio Fire Emblem: Shadow Dragon, remake do primeiro jogo da série, que foi criticado por não conter as mecânicas mais profundas dos jogos já lançados.
Numa situação de vida ou morte, foi lançado Fire Emblem Awakening em 2013 para o Nintendo 3DS. Se esse jogo não fizesse sucesso, poderia ser o fim da série. Mas aí ocorreu a reviravolta: o estilo visual amigável, as opções de acessibilidade para jogadores novos e a narrativa envolvente fizeram de Awakening o jogo mais vendido na franquia e promoveu Fire Emblem para uma das principais séries da Nintendo.
Seguindo os acertos de Awakening, a Intelligent Systems criou Fire Emblem Fates que, na verdade, são três jogos: Birthright, Conquest e Revelation. O lançamento simultâneo de Birthright e Conquest dá mais um nível à acessibilidade: enquanto Birthright foi feito pensando em jogadores novos ou menos experientes, Conquest vai mais fundo nas mecânicas e foi feito para aqueles que jogam a série há muito tempo. Após comprar um dos jogos, é possível comprar o outro como DLC com um desconto.
Narrativamente, são opostos: em Birthright, você luta por Hoshido, um reino inspirado no Japão, enquanto em Conquest você luta por Nohr, que tem uma temática mais europeia. No terceiro jogo, Revelation, que ainda não foi lançado por aqui, é revelado o "verdadeiro vilão" da história, que faz Hoshido e Nohr unirem forças.
Mecanicamente e narrativamente, todas as versões de Fates são tão, ou ainda mais, polidas que Awakening. Jogando uma seguida da outra, você enfrentará personagens que outrora foram seus aliados, ou vice-versa. Ainda é possível fazer os membros dos seus times se tornarem amigos e até se apaixonarem, gerando filhos que também lutarão ao seu lado.
Visualmente, os jogos são muito similares ao seu antecessor, com pequenas melhorias aqui e ali. E a trilha sonora… Ah, meus amigos, a trilha sonora. Se você está jogando ou tem um amigo jogando, com certeza já está cansado de cantarolar "Lost In Thoughts All Alone", a canção tema do jogo que teve uma excelente localização para o inglês. Mas a música que mais me pegou chama-se "Road Taken", que desde a semana passada tenho deixado em loop eterno para me acompanhar em dias de trabalho.
Por conseguir melhorar o que já era ótimo, e pela sensação deliciosa que é ver seu ninja dando um critical hit no arqueiro inimigo, Fire Emblem Fates é o Jogo do Mês de fevereiro no GameBlast.