Os jogos preferidos de 2015 — Vinicius Eleno

Uma mistura de plataformas e gêneros que possui a diversão como denominador comum.

em 10/01/2016

Enquanto alguns não viam a hora de 2015 finalmente chegar ao fim, não consigo vê-lo como um ano tão ruim para mim. Pude me dedicar a jogar muita coisa que não tinha tido tempo de experimentar nos anos anteriores, terminar outros que havia parado por alguma razão e até mesmo revisitar alguns clássicos de que nunca me canso. E, mesmo assim, ainda sobrou tempo para explorar algumas das novidades lançadas durante o ano.



Foram tantos jogos significantes durante 2015 que não pude testar todos, ao ponto de adiar alguns para 2016 em diante. Entretanto, ao mesmo tempo, outros foram tão importantes que merecem um lugar especial, e essa lista está aqui para destacá-los. Conheçam agora um pouco mais dessas escolhas que me marcaram durante o ano.

Monster Hunter 4 Ultimate (3DS)

O quarto Monster Hunter foi o jogo que mais me acompanhou durante todo esse ano. Até cheguei a comprar um New 3DS para melhorar minha experiência com ele. Apesar de excluir as batalhas aquáticas e alguns monstros que eu gostava do terceiro jogo (Lagiacrus, nunca vou te esquecer), outras mecânicas foram melhoradas ao ponto de criar ambientes 3D de combate. Junte isso ao enorme suporte da Capcom com DLCs lançados ao longo de todo o ano, integrando conteúdo de diversos outros universos ao mundo dos caçadores, e você tem a experiência definitiva de Monster Hunter.
Um Gore Magala nervoso foi uma ótima adição aos monstros do jogo.

Já foram centenas de caçadas nos inúmeros modos de jogos disponíveis. Sozinho, com pessoas ao redor e via Internet. Várias armas e armaduras montadas, até algumas que nunca cheguei a usar. E tudo isso para chegar ao prazer de executar a caçada, derrubar aquele monstro impossível e superar um grande desafio. Essa é a graça de Monster Hunter, que vou continuar a desfrutar por bastante tempo ainda com esse jogo.

Mad Max (Multi)

Se você chegou a assistir Mad Max: Estrada da Fúria, também deve ter ficado com um gostinho de quero mais assim como eu. E se não assistiu, recomendo seriamente que vá atrás do filme agora. Sério, é um dos melhores filmes lançados em 2015, vale muito a pena. O jogo, apesar de não ser uma sequência direta do filme, consegue recriar a sensação de mundo devastado e maluco que vemos ali.
Loucura não falta na vida de Max.

A jogabilidade revive o espiríto da franquia Twisted Metal durante o combate entre veículos, assim como dos jogos da série Arkham nos momentos em que Max está a pé. Porém o que realmente define a diversão desse jogo é sua imersão. Você consegue se colocar no lugar dos personagens quando vê a desgraça que o mundo se tornou e isso se reflete no desânimo que Max tem ao ver fotos antigas e pensar que tais momentos nunca mais voltarão. Você entende porque a humanidade ficou maluca ao assistir como as pessoas se matam para conseguir água e qualquer tipo de comida. Isso sem falar de Chumbucket, que é uma figura única e cria um ótimo contraste de sua personalidade com a de Max.


Star Wars Battlefront (Multi)

Sempre fui um fã ferrenho de Star Wars e guardo em minha memória os incríveis momentos que vivi jogando tanto Rogue Squadron (N64/PC) e Republic Commando (XB/PC), entre os diversos jogos relacionados aos filmes que testei até hoje. Ambos me mostravam o potencial de que o universo de Star Wars poderia alcançar em seus respectivos estilos, e ver um jogo que unia essa duas possibilidades fez meus olhos brilharem desde o começo. Pilotar uma nave A-Wing, derrubar inimigos, e a pé deter o avanço do Império Galático em determinada região? Incrível!
Cenários incríveis e uma ótima sensação de imersão tornam o jogo ótimo.

Fora isso, caminhar lado a lado de ou se tornar alguma das diversas lendas da franquia, como Han Solo ou Darth Vader, fez tudo se tornar muito épico na visão de fã. Se juntar com amigos e derrubar o enorme AT-AT ou conquistar a base rebelde de Hoth torna essa sensação ainda mais incrível. Junto à sua bela (porém pesada) interface gráfica, é possível imergir dentro do universo dos filmes e viver alguns dos vários momentos que definem suas histórias de sua própria maneira. Saber que eu fui o stormtrooper que abateu Luke Skywalker e permitiu a vitória imperial em Hoth fez meu dia muito mais feliz.

Fallout 4 (Multi)

Nada mais justo que um título com quatro no nome estar no quarto lugar. Fallout é uma franquia antiga para jogadores de PC, mas que não me animou com as novidades que a Bethesda trouxe para o terceiro episodio. O jogo parecia muito mais um FPS do que um RPG e seu ritmo como FPS não era tão divertido. Porém, ao conhecer o sistema V.A.T.S. redesenhado, vi-o como uma possibilidade tática interessante para os combates, e ali me animei a testá-lo.
É difícil explicar a sensação de causar um crítico no V.A.T.S. usando um lançador nuclear portátil

Na sequência, acabei me interessando muito no sistema de personalização de habilidades ao criar meu personagem, bem mais simples e acessível que o jogo anterior. E mais pontos positivos continuaram a aparecer conforme eu jogava, como a ótima trilha sonora, as inúmeras histórias paralelas e as várias possibilidades de customização com o sistema de construção dentro do jogo. Finalmente consegui obter uma experiência prazerosa ao explorar os ermos de Boston.

Cities: Skylines (PC)

Fazia um bom tempo que um bom simulador de cidades não aparecia no mercado. O fiasco de SimCity em 2013 puxou o mercado para baixo, e os últimos Anno e Tropico abaixo da média pareciam decretar o fim para um gênero que chegou a ser extremamente popular entre o final dos anos 1990 e início de 2000. Ainda bem que Cities: Skylines veio para provar o contrário.

Pegando emprestado conceitos de SimCity, o jogo se torna simples de iniciar. Construa estradas, zoneamentos e ligue uma fonte de energia para que as coisas comecem a avançar. E sua complexidade vem à tona ao permitir que você detalhe como o sistema de transporte vai funcionar em sua cidade, crie regiões com leis específicas e até mesmo escolha em como expandir a região no entorno de sua cidade. Fica ainda melhor ao permitir uma enorme gama de ferramentas para customização. Ótimo para liberar o urbanista dentro de você.
O jogo ficou ainda mais legal com a inclusão da expansão After Dark e os efeitos noturnos nas cidades.

WWE 2K16 (Multi)

Sempre fui fã de wrestling, mas fazia muito tempo que não tomava coragem de ir atrás de um game do gênero. Isso mudou em 2015, quando me rendi ao lançamento de WWE 2K16 após ser bombardeado por várias propagandas e vídeos de gameplay. E fui muito feliz com isso.

A enorme variedade de lutadores e golpes, assim como a possibilidade de reviver os mais importantes momentos da carreira de "Stone Cold" Steve Austin me deixaram bem animado com o jogo. E isso só foi melhorando ao conhecer as diversas opções de combates disponíveis, assim como o modo MyCareer. Levar um personagem do anonimato ao topo é uma estrada difícil, tomei muitas surras no caminho, mas já consegui um cinturão de campeão, pelo menos!
Só o fato de contém Steve Austin já faz o jogo valer muito a pena

Pokémon Shuffle (3DS/iOS)

Eu olhava uma enorme comoção no meu Facebook de pessoas jogando e discutindo sobre esse tal de Pokémon Shuffle e nunca entendia o porquê. Oras, é só mais um joguinho Free-to-Play, no qual você vai ter que comprar créditos para conseguir ser alguém e que no fim nem deve ser tão legal. Eu não imaginava o quão errado eu podia estar.

Puzzles simples, com milhares de combinações e soluções misturando os amáveis monstrinhos portáteis da Big N não podia dar errado. Em poucos minutos após baixar o jogo, eu já estava brigando com o relógio por querer mais vidas para poder avançar nas fases e montar times com meus Pokémon favoritos. Se tornou impossível de desgrudar.
Como a Nintendo constantemente lança novas fases, fica difícil largar a stylus em seu 3DS.

Might & Magic Heroes VII (PC)

O retorno a uma das franquias de estratégia que mais gosto era perigoso. Digo isso porque o sexto jogo da série foi uma decepção total, lançado pela metade, com vários erros e problemas que iam do design gráfico à jogabilidade. Testar o lançamento do sétimo jogo me trazia uma mistura de ansiedade com medo, que felizmente passou longe. Heroes VII consegue destacar os poucos pontos positivos do jogo anterior e melhorar muito a experiência de jogo.

Essa versão conta com uma sólida história, que apresenta vários pontos de vista antes de partir para o objetivo final. Isso é bem interessante para explicar o passado e como o futuro pode sofrer as mesmas consequências. Mesmo com algumas falhas que ainda precisam ser corrigidas, Heroes VII voltou a me dar esperanças de que a série irá voltar ao patamar que alcançou com o terceiro jogo e ser novamente um baluarte dos jogos de estratégia.
Ver a mesa de guerra lhe passa a sensação de definir o destino de Ashan com suas ações.

Concrete Jungle (PC)

Uma curiosa mistura entre puzzle, card game e simulador de cidades, Concrete Jungle estava no meu radar desde que li sua descrição no Kickstarter no final de 2014. O conceito parecia interessante, mas eu não conseguia imaginar como tudo isso ia ser posto em prática dentro de um jogo. Fiquei muito surpreso ao ver a agradável experiência final que foi criada aqui.

Todo bom puzzle precisa ser desafiador, e você encontra aqui níveis complicados logo de cara. As fases rapidamente se tornam bem difíceis e vão requerer boas ideias e um pouco de sorte nas cartas ou até mesmo uma troca de deck, alterando toda sua estratégia de construção. Também é possível disputar com outros jogadores o título de melhor urbanista do pedaço, misturando ainda mais esses gêneros.
Construções, tabuleiro, cartas e números parecem confusos. Mas são extremamente divertidos.

E mesmo assim, sobram vários lançamentos de 2015 que ainda preciso jogar. Destiny: The Taken King, Metal Gear Solid V, NBA 2K16, Splatoon, The Witcher 3, Transformers: Devastation… Nesse ritmo e com o que ainda vai sair em 2016, vou precisar de outro ano para conseguir ter tempo para tudo.

E você, sugere mais algum título para adicionar a minha lista?

Revisão: Robson Júnior

é formado em Administração de Empresas pela USP, e mestre em cultura inútil pelas experiências de vida. Desde 1993 gosta de explorar o mundo dos games em seu tempo livre. Pode ser encontrado reclamando da vida no Facebook e Twitter.
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