Ultimamente, o futebol brasileiro não está causando dores de cabeça somente aos torcedores da seleção canarinho, a Electronic Arts também vem sofrendo com o esporte mais popular do país. O estúdio responsável pela franquia FIFA já teve problemas, no meio do ano passado, com o licenciamento dos times nacionais para a edição 2016 do jogo, e agora, os produtores são alvo de ações na Justiça movidas por atletas que atuam em equipes tupiniquins.
No total, 45 jogadores estão cobrando da EA indenizações que variam de R$ 70 mil a R$ 700 mil devido ao uso de imagem sem autorização. Na lista de atletas, estão nomes como o do goleiro Vanderlei, que defende o Santos, e o atacante Wellington Paulista, do Fluminense. As ações judiciais começaram a surgir no final de 2014 e a quantidade está aumentado com o passar do tempo. "São 45 até agora, mas acredito que, até a metade do ano, chegaremos a 70", afirmou o advogado Joaquín Gabriel Mina, responsável por todos os processos, em entrevista ao portal Uol. A Justiça ainda não proferiu nenhuma sentença sobre o assunto.
"Desde 2009, os jogos Fifa Soccer e Fifa Manager utilizam a imagem e o nome de jogadores brasileiros sem dar nada em troca aos atletas. Está na hora da Justiça ser feita", falou Mina.Para se defender, a EA destaca que tem acordo com o FifPro (Federação Internacional de Futebolistas Profissionais) para fazer o uso das imagens. O advogado Ricardo Barretto Ferreira da Silva, que defende o estúdio, destaca que em alguns casos, como o do goleiro Vanderlei, as representações são genéricas de figuras masculinas. "Não servem sequer à configuração de representação da figura do atleta, ante a ausência de qualquer semelhança ou sinal distintivo que pudesse identificá-lo", comentou o advogado também ao portal Uol.
"A EA possui contratos de licença para uso e exploração dos direitos de imagem dos jogadores com a FifPro, contratos estes que acobertam e asseguram a cessão do direito de imagem de jogadores de diversos países, incluindo do Brasil, pelo período de novembro de 2003 a dezembro de 2015", avaliou Ferreira.
Fonte: Uol