EA é processada por 45 jogadores de futebol que atuam no Brasil

Atletas alegam que suas imagens estão sendo usadas sem autorização.

em 30/01/2016

Ultimamente, o futebol brasileiro não está causando dores de cabeça somente aos torcedores da seleção canarinho, a Electronic Arts também vem sofrendo com o esporte mais popular do país. O estúdio responsável pela franquia FIFA já teve problemas, no meio do ano passado, com o licenciamento dos times nacionais para a edição 2016 do jogo, e agora, os produtores são alvo de ações na Justiça movidas por atletas que atuam em equipes tupiniquins.


No total, 45 jogadores estão cobrando da EA indenizações que variam de R$ 70 mil a R$ 700 mil devido ao uso de imagem sem autorização. Na lista de atletas, estão nomes como o do goleiro Vanderlei, que defende o Santos, e o atacante Wellington Paulista, do Fluminense. As ações judiciais começaram a surgir no final de 2014 e a quantidade está aumentado com o passar do tempo. "São 45 até agora, mas acredito que, até a metade do ano, chegaremos a 70", afirmou o advogado Joaquín Gabriel Mina, responsável por todos os processos, em entrevista ao portal Uol. A Justiça ainda não proferiu nenhuma sentença sobre o assunto.
"Desde 2009, os jogos Fifa Soccer e Fifa Manager utilizam a imagem e o nome de jogadores brasileiros sem dar nada em troca aos atletas. Está na hora da Justiça ser feita", falou Mina.
Para se defender, a EA destaca que tem acordo com o FifPro (Federação Internacional de Futebolistas Profissionais) para fazer o uso das imagens. O advogado Ricardo Barretto Ferreira da Silva, que defende o estúdio, destaca que em alguns casos, como o do goleiro Vanderlei, as representações são genéricas de figuras masculinas. "Não servem sequer à configuração de representação da figura do atleta, ante a ausência de qualquer semelhança ou sinal distintivo que pudesse identificá-lo", comentou o advogado também ao portal Uol.
"A EA possui contratos de licença para uso e exploração dos direitos de imagem dos jogadores com a FifPro, contratos estes que acobertam e asseguram a cessão do direito de imagem de jogadores de diversos países, incluindo do Brasil, pelo período de novembro de 2003 a dezembro de 2015", avaliou Ferreira.
Fonte: Uol

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.