Arbaaz é o cara da vez
A jornada segue a história do jovem assassino Arbaaz, que precisa recuperar uma peça do Éden em posse de um templário. Entretanto, nem tudo será fácil para o assassino, que terá que realizar essa tarefa no meio de uma guerra entre a Companhia Britânica das Índias Orientais — formada por comerciantes londrinos, que possuíam o monopólio comercial da região — e o Império Sikh, que lutava contra a opressão britânica.Arbaaz e Pyara formam um casal interessante. |
A dublagem em inglês é muito boa e combina bastante com os personagens, não deixando aquela sensação estranha de que se trata de um povo que não possui esse idioma como língua nativa; as pessoas o falam normalmente. Infelizmente, não há vozes em português.
O Caminho das Índias
Em India, tudo é bonito, colorido e vívido, portanto será normal o jogador parar para dar uma olhadinha no cenário. Tudo parece bastante convincente e com uma textura granulada, aparentemente proposital, que acaba dando um toque especial.Os cenários são bonitos e coloridos. |
Para completar, as construções, ruas e os animais, como elefantes e tigres, ajudam a criar o clima do país oriental e também servem para atrapalhar ou ajudar o jogador em alguns momentos da aventura.
Olhem, um assassino!
Todavia, nem tudo é belo no jogo assim como seus gráficos — a jogabilidade, infelizmente, regrediu um pouco comparada à de seu antecessor. É fácil se frustrar diversas vezes durante o game. Enquanto China balanceava os momentos de furtividade e de ação, India parece querer apenas viver nas sombras e pune o jogador severamente por não fazer isso.Todos os movimentos de batalha estão lá, junto com as armas brancas, como espadas e lâminas, além de bombas de fumaça, mas tudo parece inútil quando a travessia da fase força o jogador a apenas passar despercebido.
Se esconder na multidão será uma opção para fugir dos super atentos guardas. |
Os momentos de combate precisam ser constantemente evitados e provavelmente não foram um ponto de muita atenção para os desenvolvedores do jogo. Prepare-se para receber tiros que não surtem dano ou que não possuem efeitos sonoros.
Todavia, nem tudo está perdido: com o passar do tempo, uma vez que se pega o jeito de como tudo funciona, as dificuldades acabam sendo um pouco menos frustrantes. As divertidas fases em que se deve escapar rapidamente pelo cenário estão lá e se tornam uma das partes mais divertidas do game junto a inimigos mais letais e atentos.
A conclusão
Apesar dos problemas apresentados, India é um bom jogo, mas que pode irritar os menos pacientes. Não houve uma evolução a partir do título anterior, apenas uma dificuldade maior de se completar a campanha.A história, que parece um pouco clichê para a série, é felizmente protagonizada por bons personagens, que tornam as dificuldades um ponto a ser vencido a fim de conhecer o desenrolar da trama.
Para os entusiastas pelo elemento stealth, eis aqui um bom lugar para pôr à prova as habilidades de assassino além de uma sincronia impecável. Contudo, aqueles que gostariam de partir para as lutas de espada poderão ficar um pouco decepcionados.
Prós
- Gráficos bonitos;
- Boa dublagem;
- Fases de escapadas.
Contras
- Falta de balanceamento na jogabilidade;
- Pequenos bugs de animação;
- Desafios que podem ser frustrantes.
Assassin’s Creed Chronicles: India — Multi — Nota: 6.0
Versão utilizada para análise: PlayStation 4
Revisão: Robson Júnior
Capa: Esdras Ferreira