As típicas atrações de cultura pop fizeram parte das opções para divertir o público. Tivemos os cosplays, sempre um grande sucesso de audiência, ao representarem os personagens de animes e jogos que o público mais curte. Eles fizeram as suas apresentações nas modalidades "Desfile", na qual o cosplayer apenas desfila para o público e jurados, com a liberdade de fazer as poses características de seu personagem; "Tradicional", na qual a atuação deve representar uma cena do anime ou jogo; e "Livre", em que há mais liberdade para encenar algo diferente, até misturando personagens de franquias distintas, caso queiram.
Ainda relacionado com o universo dos animes, o Animekê (anime + karaokê) foi uma ótima pedida para os participantes soltarem a voz e cantarem as músicas de seus desenhos japoneses favoritos. Teve competição, mas também houve muita cantoria livre para quem estivesse disposto a dar uma palhinha de seu talento.
Saindo do universo da cultura japonesa e entrando na sul-coreana, o K-Pop mostrou que tem crescido bastante em termos de público e de competição. Os grupos de dança disputaram acirradamente, e as coreografias realizadas foram de alto nível de dificuldade, mas dominadas com maestria pelos participantes, que receberam diversos elogios da jurada convidada Lee Nys, que é profissional da área e muito conceituada.
Como era de se esperar, os youtubers não poderiam faltar em um evento desse gênero, e o SAGA tratou de trazer um pessoal de peso: Muca Muriçoca, Luba TV e Mateiformiga. Todos eles contam com um grande número de assinantes em seus canais no YouTube e fizeram a alegria da garotada, que teve a oportunidade de tirar fotos, receber autógrafos e fazer perguntas sobre suas carreiras e vidas particulares.
Em termos de shows, o também youtuber Player Tauz compareceu e fez sua apresentação de rap de animes, com músicas originais muito bacanas, botando a galera para dançar no sábado. Fechando o dia, a banda Saigo Ni mostrou que temos talentos locais de peso e interpretou as músicas dos animes que todos gostamos. O evento terminou no domingo com a divertidíssima performance do Detonator, comandado pelo ex-vocalista do Massacration, Bruno Sutter. Foi uma mistura de boa música e muitas risadas, que fechou o evento como se deve: deixando um sorriso no rosto do público.
Torneios e muita jogatina livre
Sem dúvida os jogos foram o ponto alto do evento. Foram opções para todos os gostos e tipos de jogadores. A começar pelos torneios de videogames de mesa da atual geração e PCs, com jogos conceituados do cenário competitivo: Ultra Street Fighter IV (Multi), Mortal Kombat X (Multi), FIFA 16 (Multi), Rocket League (PC/PS4), Cavaleiros do Zodíaco — Alma dos Soldados (PS4/PS3), Hearthstone (PC), Just Dance 2016 (Multi), Mario Kart 8 (Wii U) e Super Smash Bros. for Wii U.O público não ficou só olhando e também pôde participar das jogatinas, graças ao free-play que acontecia quando não havia partidas valendo. Até um cockpit de F1 da Red Bull estava disponível para algumas corridas sem compromisso.
Os card games e board games contaram com áreas próprias e reservadas, mais apropriadas para o estilo de jogatina de ambos. O pessoal das cartas pôde duelar nos torneios de Marvel Battle Scenes, Yu-Gi-Oh! TCG, Pokémon TCG e Magic: The Gathering. Já nos tabuleiros, ficou no free-play mesmo, e o público recebeu auxílio do pessoal do Dunas Jogos de Tabuleiro e, mesmo os iniciantes, não tiveram dificuldades em aprender as regras e curtir umas partidas amistosas.
Os e-sports cada vez mais fortes
Com o crescimento massivo dos e-sports, é natural que a área reservada para eles fosse proporcionalmente maior. Os jogos escolhidos para as disputas foram Defense of the Ancients 2 (DotA), Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e, claro, League of Legends (LoL).Com direito a telão e narração simultânea, as partidas foram acompanhadas de perto pelo público, que torcia constantemente a cada investida realizada com sucesso por uma das equipes. Pode ser que ainda não tenhamos chegado ao ponto de praticamente lotar um estádio para os e-sports, mas já começamos por uma área do Arena e, quem sabe um dia, consigamos chegar lá.
O Estádio Arena das Dunas teve mais um dia incomum, sem partidas no gramado e com um público diferente. Uma galera que foi lá exclusivamente para se divertir, sem praticar bullying, sem brigar ou provocar os demais, apenas para tirar fotos e curtir as atrações disponíveis juntos dos amigos. Se todos que frequentassem os estádios fossem assim, não teríamos tanta violência no futebol. Fica o exemplo dos geeks para a sociedade.
Capa: Daniel Silva