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Análise: Thief Town (Multi) é divertido, mas muito curto

Thief Town aposta na diversão e no saudosismo dos jogos de Atari, mas o jogo não precisava ser tão simples como os jogos antigos

em 23/11/2015

Desenvolvido pela Glass Knuckle Games especialmente para os saudosistas do Atari, Thief Town apresenta um visual digno do começo dos tempos dos videogames caseiros, com a diversão que só um jogo em multiplayer local é capaz de proporcionar.

O jogo desafia os jogadores a descobrir "quem é quem" na tela. Misturados com vários NPCs, apenas quatro deles são realmente os jogadores, que precisam da forma mais discreta possível matar uns aos outros. Simples, divertido… mas é só isso.

Fatiou... passou

O game não possui nenhuma trama, trata-se de um jogo puramente competitivo, um estilo meio esquecido nos anos 80. O título deve ser jogado com no mínimo dois e no máximo quatro jogadores, com um. objetivo bem simples: assassinar os outros participantes. Durante as partidas, o jogo apresenta uma tela com diversos personagens e NPCs todos idênticos. Os NPCs ficam apenas circulando pelo cenário e o jogador tem que reconhecer os seus adversários e ao mesmo tempo se manter camuflado na multidão. Esse é o básico do game, que sofre apenas pequenas alterações nos três modos de jogo disponíveis:

  • Classic Thief Town - O modo clássico é bem simples e direto, o jogador deve localizar os adversários e esfaquear todos para vencer a rodada;
  • Spy Town - O objetivo continua sendo eliminar os outros jogadores, porém, nesse modo, alguns itens são distribuídos para os jogadores, como bombas de fumaça e sensores de movimento;
  • Drunk Town - Neste modo, o jogo sofre uma grande alteração. Um dos jogadores se torna o xerife, que em posse de uma pistola deve atirar nos outros jogadores antes que suas balas acabem.

A grande sacada do game são os personagens iguais. No início, o jogador fica até um pouco perdido pra descobrir quem é o seu personagem. Depois, fica a tensão de tentar descobrir quem são os adversários e finalmente o momento de desferir o golpe fatal e sumir na multidão. A diversão é garantida, mas não vai durar muito tempo.

Diversão que acaba rápido

O jogo funciona muito bem como uma homenagem aos jogos dos anos 80. Com visual em pixel, com uma paleta de cores sem muita diversificação e o fato do jogo ser apenas competitivo pode deixar os mais saudosistas bem satisfeitos. Entretanto, o jogo possui poucos modos de disputa, sendo que dois modos são extremamente parecidos. Isso passa uma impressão meio preguiçosa por parte dos desenvolvedores. Não é possível jogar online e não existe sequer um sistema de recordes, o que não deixa nenhuma motivação para continuar jogando o game.

Para piorar, o jogo não está disponível na PSN brasileira. Sendo assim, é preciso criar uma conta americana para adquirir o game, que custa atualmente $7,99 dólares, um valor que será uma surpresa na fatura do cartão de crédito, já que o dólar vem sofrendo constantes oscilações.


Enfim, Thief Town é um jogo divertido, principalmente quando jogado entre quatro jogadores, mas os poucos modos de jogo e o fato de estar disponível apenas na PSN americana podem tornar o seu custo-beneficio bastante decepcionante.

Prós

  • Extremamente divertido;
  • Homenagem aos jogos dos anos 80.

Contras

  • Poucos modos de jogo;
  • Objetivos parecidos;
  • Não está disponível na PSN brasileira;
  • Não possui nenhum atrativo para o fator replay.
Thief Town – PC/Mac/Linux/iOS/Android/PS4 – Nota 5.0

Versão utilizada para análise: PS4 
Revisão: Robson Júnior
Capa: João Gilberto Melo 


Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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