function Main();
Um bom ponto para começar a falar de else Hear.Break() é sua história. Você joga como Sebastian. De início não sabemos muito sobre o rapaz, apenas que ele mora com os pais e que é seu aniversário. Eis então que Seb (seu apelido) recebe uma ligação. Acaba de conseguir um emprego como vendedor de refrigerantes. O único “porém” é que ele terá que se mudar para longe. Sua nova casa será na cidade de Dorisburg.Ao por os pés na cidade nova é que o jogo começa de fato. Você tem duas instruções iniciais, que são achar o hotel que eles reservaram para você e achar o vendedor que será seu instrutor. E como você vai encontrá-los? Bom, problema seu.
Não está fácil para ninguém |
É conversando com outros NPCs também que você irá estabelecer relacionamentos com eles, avançando na história e conhecendo mais sobre Dorisburg. Pensando no contexto da coisa toda , é algo que faz bastante sentido. Somos um jovem que acabou da sair da casa dos pais, em uma cidade distante, tendo que se virar por nossa própria conta. Essa sensação de “estar perdido” é muito bem recriada.
Sozinho no meio da multidão?
Como deve ter ficado claro no parágrafo anterior, conversar é um dos seus principais recursos. Geralmente você tem opções de diálogo, podendo escolher como quer tomar o curso da conversa.As falas não são um poço de profundidade, variam entre diálogos interessantes a situações bem banais. No começo confesso que fiquei meio incomodado. Depois de algum tempo até me adaptei, chegando a simpatizar com alguns personagens. Mas para outros, ainda havia um sentimento de vazio. Algo do tipo “ah, cara, por que eu estou perdendo tempo com você?”. Agora, escrevendo, fico pensando se isso foi proposital do jogo ou não.
Tantas opções.... |
Da mesma forma, não existe nada que te indique qual é o próximo passo a tomar. Você tem que estar sempre atento ao que os outros falam para deduzir o que você pode fazer. É possível rodar por quase uma hora sem que nada aconteça — que foi o meu caso — fato que me obrigou a começar de novo. E isso foi bem chato.
Vamos deixar as coisas do meu jeito
Em determinado momento de else Heart.Break() você irá ganhar um dispositivo que vai te permitir hackear coisas, e esta é basicamente a base do gameplay, além das interações sociais.Com essa espécie de computador, você pode manipular praticamente qualquer coisa usando linhas de código. Literalmente. A interface usada é como se você realmente estivesse usando uma linguagem. O que não quer dizer que você precise ser formado em Ciências da Computação para jogar, embora uma facilidade com o assunto vá lhe facilitar a vida.
Não é esse o computador que você usa para hackear, só pra deixar claro |
Além de poder editar o mundo simplesmente para deixá-lo do seu agrado, o ato de hackear coisas também é um dos pontos centrais da trama. Mas como isso acontece, cabe a você descobrir. Talvez você tenha uma ideia quando Sebastian chegar ao hotel pela primeira vez.
É esse aqui |
Um mundo repleto de cores
Do mesmo jeito que em pontos da mecânica e como a história é contada, posso dizer que else Heart.Break() é único no que diz respeito a sua parte visual e sonora. Mas aqui não tenho ressalvas a fazer.Tudo é muito colorido, com um visual “retrô dos anos 80”. A cidade tem diversas alterações de ambientes. Transições entre dia, noite, sol e chuva também acontecem a todo momento, dando um clima vivo a Dorisburg.
Uma casa como outra qualquer |
Seria um bom dia para ficar em casa |
Típica balada |
Chega de programar, vou tomar um café
Acredito que a primeira coisa que preciso dizer é que else Heart.Break() não é um jogo para todos. E, dependendo do seu estilo, talvez você tenha que investir bastante nele, até as coisas engrenarem.A proposta do jogo é uma exploração livre e total. Não há tutoriais nem menus explicativos, o que pode ser um pouco frustrante, especialmente se você deixar algum detalhe passar batido. Algumas decisões são únicas e talvez você só perceba isso quando for tarde demais. A parte de programação é bem construída, e é responsável por dar uma identidade única ao título. A liberdade dada ao jogador impressiona.
Por outro lado, se você gostaria de tentar uma aventura diferente, descobrindo tudo por si mesmo, talvez valha a pena dar uma chance a este jogo.
Prós
- Interações variadas com outros personagens;
- Hackear coisas é instigante;
- Leva o termo "explorar o mundo" para outro patamar;
- Gráficos e músicas bem produzidos.
Contras
- Falta de qualquer feedback de ações anteriores;
- Ritmo lento, especialmente no começo.
- Pode ser frustrante, dependendo do seu estilo de jogo
else Heart.Break() — PC, MAC, LINUX — NOTA: 7.5VERSÃO UTILIZADA PARA ANÁLISE: PC
Revisão: Vitor Tibério
Capa: Felipe Araújo