O jogo como um todo é muito simples, incluindo o seu enredo: você controla uma ave mecânica que deve levar uma mensagem secreta para um determinado local, passando por diversos perigos, em um ambiente Steampunk. Ou poderíamos dizer que é um "pombo-correio" moderno que precisa sair do ponto A até o B sem ser abatido no trajeto.
Dinâmico e difícil
Além de chegar até o ponto final de cada uma das 60 fases, há a opção de coletar três engrenagens espalhadas estrategicamente ao longo do percusso. Apesar de não ser obrigatório, dificilmente o jogador sentirá que completou o nível sem alcançá-las — sendo possível voltar a qualquer uma das fases para tentar novamente.O jogo é bastante dinâmico e não deixa muito espaço para pensar no que fazer. Isso porque a ave voa sozinha e só há uma forma de controlá-la: teletransportando — basta clicar no pássaro, arrastar o dedo para onde deseja que ele vá e automaticamente ele aparecerá lá, como se fosse o Noturno dos X-Men. Essa mecânica responde muito bem e é mais apropriada do que controles virtuais imprecisos.
A câmera, para dificultar, move-se numa velocidade constante e maior que a do próprio animal mecânico — caso o alcance, será morte certa. Para piorar a situação, há diversos obstáculos pelo caminho, como pás de moinhos, espinhos e arames farpados. Bater neles significa voltar ao início da fase e tentar novamente.
Por sinal, falhar será uma constante durante toda a jogatina, a não ser que você tenha reflexos e habilidades realmente formidáveis — o que não é o meu caso. Como o jogo mostra a quantidade de mortes após cada nível bem-sucedido, o número da "vergonha" fica estampado para tentativas posteriores de melhorar esse valor. Morrer 20 ou 30 vezes em cada nível não é algo incomum em Red Game, ao ponto de dar pena (sem trocadilho) da pobre ave.
Imagina nas fases mais difíceis. |
Power-ups também são encontrados no caminho: um que aumenta a velocidade, outro que deixa paredes destrutíveis e um de invencibilidade. Todos são momentâneos, durando apenas alguns segundos — tempo suficiente para utilizar somente no obstáculo que está a sua frente.
Um jogo vermelho
Outra parte do nome que chama a atenção é o fato de ser um "jogo vermelho". A cor rubra, apesar de variar em sua tonalidade, é tão predominante que lembra, em determinados momentos, o Virtual Boy. A diferença é que, ao contrário do console da Nintendo, o fundo é vermelho e os objetos, na maior parte, pretos. Contudo, foi uma opção interessante e até charmosa, além de destacar os desafios do game, exatamente o que o jogador precisa para estar atento, já que o jogo é muito dinâmico.As músicas que acompanham durante o jogo, assim como o visual, são bem charmosas, com uma batida mais puxada para o Jazz. Os gritos do pássaro ao morrer, por outro lado, são tão constantes que chateiam e mostram o quão difícil é o game. Claro, com o tempo você memoriza os obstáculos e aprimora seu tempo de resposta, mas até o fim do jogo a pobre ave já terá sofrido mais do que nós gostaríamos de admitir.
Simples e casual
Red Game Without a Great Name está disponível apenas para dispositivos iOS a partir do iPad 2, iPhone 4S e iPod Touch 5, e sem compras dentro do jogo, apesar de não ser gratuito. O jogo combina bem com dispositivos móveis, pois cada fase é curta, dinâmica e sem diálogos — o que facilitou a localização para o nosso idioma. Quem procura algo mais elaborado não encontrará no título da iFun4all um bom entretenimento, já que ele é simples ao extremo, voltado para jogatinas casuais. Porém, quem estiver querendo algo descompromissado para se distrair, tem mais uma boa opção no mercado para escolher.Prós
- Mecânica funcional e precisa;
- Em português;
- Visual charmoso.
Contras
- Simples demais.
Red Game Without a Great Name — iOS — Nota: 8.0
Aparelho utilizado: iPad 2.
Revisão: Vitor Tibério
Capa: Angelo Gustavo