Testamos Punch Club e sua exótica mistura de luta e tycoon

Punch Club promete ser a mistura perfeita entre tycoon e um jogo de luta em que você... não luta?

em 11/07/2015
Estamos vivenciando uma nova era dentro da indústria de jogos: a expansão do mercado dos jogos independentes, ou, em sua nomeclatura popular, jogos indies. Esses títulos, que normalmente são lançados com uma baixa verba, compensam essa ausência de investimento com um forte empenho nos detalhes e principalmente com uma grande dose de criatividade. Punch Club é um exemplo em que a criatividade é usada como grande arma para superar essa dificuldade, em um jogo de luta em que você… não luta.

Mas como assim?

Como assim eu não luto? Calma, vamos explicar. Punch Club se trata de uma mistura de, como o nome sugere, jogo de luta com o famoso estilo tycoon, que, para aqueles que não sabem, trata-se de um jogo baseado na administração de algo (como de um parque de diversão, no caso do famoso Roller Coaster Tycoon).
Então, sim, seu personagem lutará dentro do título. A sua participação no jogo, entretanto, limita-se a escolhas de treinamento e movimentos que o personagem deve utilizar na luta. Após isso, é só assistir e torcer para que suas escolhas tenham sido acertadas.

Treinando para ser o melhor

Como você não controlará seu personagem em combate, a preparação e treinamento são as partes mais importantes do game. Com três grandes atributos (força, agilidade e velocidade), você tem a opção de treinar um deles em específico e desenvolvê-lo de forma rápida, ou partir para treinamentos mais amplos que cobrem até os três stats de seu personagem, porém, com resultados mais lentos. Tudo isso, aliado à experiência adquirida nos embates contra NPCs, também dará experiência ao jogador, que poderá adquirir novos movimentos ou habilidades especiais (como mais efetividade em um determinado treino).

Mas não é só isso que você deverá administrar, afinal nosso personagem (que nessa demo ainda não possui um nome) não é uma máquina e portanto possui necessidades básicas como se alimentar, dormir e, por que não, se divertir. Mas é claro que como todo bom simulador, ou tycoon, o jogador terá que administrar os recursos necessários para tal, como o dinheiro para comprar comida. Dentro da demo, temos acesso a uma pizzaria, que permite realizar entregas de pizza para ganhar uma graninha, e um mercado onde podemos gastar nosso suado dinheirinho em alimentos ou energéticos.

Hora da porrada

Engana-se quem pensa que, somente porque não controlamos nosso personagem, os momentos de batalha não são empolgantes. Antes de entrar na luta propriamente dita, temos a possibilidade de escolher nossos ataques, que podem ser baseados no uso de agilidade ou de força, além de possuírem diferentes gastos de energia (usada para atacar), e outros tipos de habilidade, como desvios ou bloqueios. Além disso podemos escolher um estilo de luta que modificará atributos básicos do seu personagem e a forma como cada golpe funcionará. Infelizmente na demo só possuímos a opção de estilo padrão, logo não podemos ver na prática como isso influencia no gameplay.

Após sua escolha (que nessa demo é limitada a apenas dois ataques), o jogo passa enfim para a tela de combate onde podemos ver nosso personagem se digladiar contra o inimigo da vez (inimigos esses que poderão ser desde adversários no ringue até bandidos de rua ou crocodilos mutantes, sim… crocodilos mutantes).

Outro ponto importante do gameplay é que no fim de cada round você tem a opção de modificar suas escolhas. Está ganhando mas acredita que seu gasto de energia está muito alto? Está perdendo e precisa ir pro tudo ou nada no próximo round? A escolha é sua.

Um futuro promissor

A demo disponibilizada para o GameBlast infelizmente é curta e deixa um gostinho forte de quero mais. Sem elementos da história principal revelados durante o gameplay, o que podemos ver é um jogo com premissa original e, como todo bom título independente, uma forte atenção aos detalhes. Desde os cenários e personagens desenhados de forma pixelada até a trilha sonora, tudo parece feito com atenção de quem pretende entregar um produto final de alta qualidade. O que nos resta agora é esperar para ver se a versão completa manterá o padrão visto nessa demo.

Revisão: Alberto Canen
Capa: João Pedro Meireles


Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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