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| Essas são as opções caso você seja um humano puro. Sendo um mutante, são mais opções ainda |
E como diversos clássicos do estilo roguelike, existe uma chance bem grande de você morrer logo após o início do jogo em suas primeiras tentativas de exploração, mesmo consultando todo o material de ajuda. São tantas informações a serem absorvidas em um curto período de tempo, que vai demorar um bom tempo até você conseguir entender as mecânicas do mundo a sua volta e se tornar um sobrevivente em vez de um peso morto. E é quando você conseguir isso que você vai descobrir o quão divertido Caves of Qud pode ser.
O mundo devastado
A história se passa em um futuro distante, no qual mesmo com diversos avanços científicos a humanidade acabou sofrendo um enorme desastre nuclear. Isso devastou boa parte da população e criou diversos tipos de mutações em pessoas e animais com o alto nível de radiação liberado. Até esse ponto, Caves of Qud lembra bastante a franquia Fallout. A diferença entre eles vem do fato que os sobreviventes daqui perderam quase todo acesso a tecnologia. Tanto que as únicas fontes de luz no jogo são o sol durante o dia e fogueiras e tochas à noite.O jogo se inicia sempre na vila de Joppa, não importando quais opções de origem (humano com mutações ou puro) você escolha durante a customização. Ela fica ao redor de um deserto, e seus habitantes sobrevivem ao plantar videiras em pequenas fontes de água. Ajudá-los é interessante para os habitantes dividirem a água deles contigo. O desastre nuclear contaminou grande parte das fontes de água do mundo, e tornou água potável algo bem escasso. A maior parte da água encontrada ao longo do jogo é salgada e não pode ser consumida.
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| Bem vindo a Joppa. O fazendeiro vermelho vai ser importante inicialmente |
Você conhece um pouco mais do mundo a sua volta conversando com alguns habitantes da vila. Inclusive recebe algumas missões iniciais como acabar com os animais que estão afetando o trabalho dos fazendeiros. Porém o aspecto da dificuldade volta a aparecer mesmo nessa primeira missão. Existe uma grande chance de morrer diversas vezes com as criaturas em volta da região em que você precisa ir caso não ganhe alguns níveis antes de passar lá. Como mortes aqui são permanentes, isso significa reiniciar o jogo do zero com outro personagem.
É possível navegar pelo mundo viajando de ponta a ponta entre cada um dos diversos mapas randômicos gerados a cada novo jogo, ou então por um mapa-múndi fixo. O segundo facilita bastante ao realizar jornadas mais longas, porém você deixa de explorar e encontrar tesouros, monstros e até mesmo novas histórias em seu caminho, o que é algo interessante, já que tanto monstros como pessoas possuem descrições extensas de suas histórias, características e até mesmo facção de que fazem parte, dando mais peso às histórias de Qud.
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| Esse é o mapa-mundi do jogo. Navegar por ele é mais fácil, porém você pode se perder se usá-lo sem parar. |
Entrando nesse mundo
É compreensível encontrar algumas falhas de imagem e a atual falta de efeitos sonoros, já que o jogo ainda está em desenvolvimento. A opção de utilizar gráficos simples e antigos simplifica um pouco o trabalho de implementar animações para as diversas ações disponíveis. E também dificulta um pouco para você conseguir encontrar imagens específicas de cada uma das diversas criaturas do mundo. Mas isso não justifica o fato da interface lateral do jogo virar uma bagunça ou de você não poder utilizar o mouse para navegar pelos diversos menus. |
| A barra lateral vira uma bagunça quando o combate envolve mais de um inimigo. |
A barra lateral traz informações cruciais, como sua saúde atual, de seu inimigo e algumas estatísticas. Deveria também funcionar como um log de ações durante os combates, mas fica tão confusa e recheada de informações desnecessárias ao ponto de na maioria das vezes você não entender nada. E navegar pelos menus fica bem chato, ainda mais quando você quer organizar itens em sua mochila. Tudo que você pode fazer para facilitar é aprender atalhos do teclado, e mesmo assim continua ruim quando você possui muitas coisas recolhidas de monstros e baús misturados a seu equipamento na mochila.
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| Alcançar os itens no final da lista poderia ser mais fácil se pudesse usar um mouse. Aqui você fica preso a usar apenas o teclado. |
Uma boa aposta
Mesmo com os problemas atuais, os desenvolvedores de Caves of Qud estão de parabéns pelo que estão fazendo. O jogo possui muito conteúdo, é constantemente atualizado e muitos dos pontos discutidos pelos jogadores no fórum aberto a quem está jogando a versão atual são implementados rapidamente ou levados em consideração para aplicações futuras. Eles também divulgam muita coisa do que está por vir nas próximas atualizações.O mundo do game cada vez mais recebe customizações para criar regiões únicas e já passa uma boa impressão de como ele deve ficar em sua versão final. De masmorras passando a artefatos e até mesmo doenças únicas de determinada região, você consegue criar um mundo bem diferente para sobreviver e crescer. Seja como um mutante ganhando cada vez mais poderes graças à radiação ou então um humano puro especializado em redescobrir e reinventar tecnologias perdidas, as grandes possibilidades de personalização criam uma experiência única a cada nova jornada.
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| Histórias aqui não faltam, até para aquele personagem que parece não significar nada. |
Caves of Qud está disponível via Steam e atualmente está em Early Acess. Todavia, caso queira conhecer mais do estilo do jogo antes de gastar, ele também possui uma versão gratuita simplificada que pode ser acessada no site oficial da desenvolvedora Freehold Games. Mas os desenvolvedores não a atualizam faz um bom tempo, tendo o conteúdo atrasado em relação ao jogo atual. Futuramente, eles pretendem alinhar os dois conteúdos. Porém, a versão gratuita continuará com gráficos mais simples e sem efeitos sonoros. Em todo caso vale apoiar o desenvolvimento do projeto.
Revisão: Vitor Tibério
Capa: Felipe Araújo
