Em um longo corredor, durante a E3 2015, nossa esquipe encontrou a enorme sala da Bandai Namco, que mostrou grandes novidades para este ano. Uma delas estava lá e pudemos testar: Supernova (PC). Desenvolvido pela Primal Game Studio, ele é voltado para o mercado de MOBA (jogos de combate multiplayer em arenas) e aparenta ser diferente dos demais pelo visual futurista e polido, chamando a atenção de todos no evento.
Com muita simpatia, fomos recebidos por representantes, que prontamente nos explicaram a mecânica do jogo. Para a nossa grata surpresa, ele é agradavelmente familiar, com menus e opções já conhecidas e muito usadas por jogadores de League of Legends (PC) e semelhantes. Em poucos minutos, estávamos com os personagens escolhidos e prontos para a nossa primeira batalha contra o computador.
Luzes, muitas luzes
Entre os Comandantes, há desde humanos normais até enormes robôs no estilo Transformers. |
Em Supernova, o personagem principal — controlado pelo jogador — é chamado de Comandante. Ele conta com quatro ataques principais, que são ativados com os botões Q, W, E e R, sendo o último o mais poderoso. Diferentemente de todos os outros jogos do mesmo estilo, tudo é muito futurista e conta com gráficos mais agradáveis e limpos: é possível escolher entre humanos e ciborgues, somente.
Com o nosso enorme robô armado com lasers, partimos para o campo de batalha. Para facilitar a experiência, várias coisas estavam no automático, como a produção de itens e armas. A jogabilidade é extremamente intuitiva e segue os mesmos princípios dos demais jogos: nos escondemos em uma enorme moita até que o nosso pequeno exército chegasse e atacasse uma torre inimiga. Conforme matávamos oponentes e ganhávamos experiências, novos ataques eram disponibilizados e a quantidade de explosões e luzes na tela aumentava.
As batalhas ocorrem com diversos tipos de veículos, então é preciso ficar atento ao tipo de ataque utilizado pelo inimigo. |
A maior surpresa, porém, foi a adição da customização de equipes. Um pouco familiarizado com League of Legends, achei interessante o fato de poder escolher quais os veículos e soldados utilizaria durante as rodadas, sendo que cada um tem um estilo de ataque e defesa. Para auxiliar na construção da estratégia, é possível visualizar os armamentos do inimigo, criando um contra-ataque personalizado e que pode mudar todos os momentos.
Obviamente, como todos os jogos MOBA, é necessário que haja dedicação e treino, o que nos levou a pedir ajuda para vencer, e em alguns minutos tivemos o teclado controlado por um dos representantes (que parecia fazer tudo com a maior facilidade). O número de adições e novidades é enorme e atrativo, de maneira que fosse impossível conhecer tudo em alguns minutos. Para que pudéssemos conhecer um pouco mais, realizamos uma rápida entrevista com a Bandai Namco, que você confere logo abaixo:
GameBlast: Quais os motivos que farão o jogador de MOBA se interessar por Supernova?
Bandai Namco: Bem, como vocês mesmo devem saber, o mercado de MOBA está cada vez maior. Nós quisemos fazer parte disso com um apelo diferente, então há algumas diferenças em nosso jogo, tais como o visual e enredos de ficção científica. Nós realmente não conhecemos nenhum outro jogo que faça isso e os jogadores parecem realmente gostar do resultado. Outra grande diferença é que tentamos carregar características dos primeiros MOBA, com elementos de estratégia em tempo real, que aparecem em grande quantidade e melhoram a experiência do jogador. Além disso, em outros jogos do estilo você não tem muito controle sobre os próprios exércitos, e em Supernova você pode especificar os tipos de unidades que estará enviando: se preferir, pode usar armamento pesado, ou apenas veículos voadores... ou misturar tudo.
Os Ultimate Atacks, que são os golpes mais poderosos, costumam causar efeitos enormes e destruidores. |
Bandai Namco: Você sempre poderá ver o tipo de unidades que o seu oponente está criando para pensar em um sistema que contra-ataque o seu planejamento. Esse é um dos elementos que mais diferencia o nosso jogo. E o mais legal é que você também pode escolher quais unidades deseja atualizar e aprimorar durante a partida, criando um exército totalmente único.
GameBlast: Haverá algum modo para um jogador, offline, em que eu possa aprender a jogar?
Bandai Namco: Com certeza. Nós queremos que o jogo atraia todos os tipos de jogador, e não somente os profissionais em MOBA. Para isso desenvolvemos um sistema que auxilia os iniciantes, além de diversos tutoriais para encorajar as pessoas a jogar. Ainda estamos trabalhando para polir tudo e deixar a jogabilidade intuitiva e confortável, então haverá batalhas onde você poderá praticar sozinho contra o computador, ou se juntar com outro usuário para praticarem juntos, sem terem que batalhar entre si para isso. No futuro, pretendemos dar a opção de customizar partidas, onde será possível escolher alguns membros da equipe para serem controlados pelo computador.
Algumas skins já estão disponíveis, deixando vários personagens com aparências totalmente diferentes. |
GameBlast: O jogo será frequentemente atualizado?
Bandai Namco: Neste exato momento estamos na fase Alfa do projeto, pois o anunciamos em fevereiro, então as atualizações ainda são feitas para melhorar a experiência e polir o que já existe, consertando os bugs. Ainda assim, já lançamos novos comandantes para serem escolhidos pelo jogador: no início havia 12, agorá há 19 e a ideia é continuar acrescentando um por mês.
GameBlast: Ao menos no Brasil, as skins são muito populares entre os jogadores, que gostam de ter os seus próprios personagens. Vocês têm planos para elas também?
Bandai Namco: Sim, sabemos dessa paixão dos brasileiros por MOBA. Tentaremos lançar, ao menos por enquanto, uma skin nova por mês.
GameBlast: Bem, uma das maiores reclamações que os fãs brasileiros tem em torno de vários MOBA é o fato de as histórias serem muito fracas, servindo apenas como desculpa para o jogo existir. Vocês têm algo a oferecer que mude essa visão?
Os veículos voadores acrescentam mais variedade ao jogo, deixando-o ainda mais futurista. |
Bandai Namco: Sim, cada comandante terá uma história anterior ao jogo, mas ainda não criamos todas no estágio Alfa. Há uma história principal, entretanto, que une todos em uma mesma linha narrativa, mas só poderemos dizer mais informações conforme o jogo for progredindo em seu desenvolvimento. Nós definitivamente vemos que isso é um dos grandes focos — não o maior, mas definitivamente um dos itens mais importantes para ser criado.
GameBlast: Aproveito este espaço para dar os parabéns, pois os gráficos e visual do jogo estão lindos. Mas uma coisa me preocupa: será necessário ter um computador de maior performance para jogar?
Bandai Namco: Bem, nós acreditamos que os requerimentos para jogar sejam básicos e funcionem em qualquer computador atual, então nunca nos preocupamos com isso. Até recentemente eu não tinha um bom laptop, e o jogo funcionava muito bem nele — eu tinha que diminuir um pouco algumas das configurações, mas tudo continuava ótimo.
GameBlast: No Brasil, muitos jogadores ainda não falam inglês, ou preferem jogar com conteúdo na língua nativa. Há planos para lançar o jogo em outros países com localização específica — dublagens e/ou legendas?
Cada personagem terá ataques muito diferentes. Será preciso estudar cada um para escolher o que mais agradar. |
Bandai Namco: Sim, temos grandes planos para isso. Infelizmente, ainda não consigo dizer quando faremos, mas quando a hora for certa, ocorrerá. Neste exato momento os nossos servidores encontram-se somente em Nova Iorque, então a latência pode não ser ótima para quem jogar no Brasil, apesar de ser jogável. Mesmo assim, é possível jogar sem grandes problemas: fizemos testes e vimos que isso não incomoda tanto quanto em jogos como tiro em primeira pessoa, No futuro, queremos expandir os servidores para outros lugares, e daremos grande prioridade à América do Sul.
GameBlast: Vocês pretendem lançar o jogo em outras plataformas?
Bandai Namco: Não no momento. Às vezes um jogo não funciona muito bem em consoles, especialmente Supernova, que tem tantas opções diferentes e seria difícil de definir botões para cada uma. Ser competitivo é algo muito importante em um mercado tão grande quanto o dos jogos MOBA, e ao usar um controle você não tem uma resposta tão rápida para isso. Portanto, não estamos pensando nisso agora, mas não podemos dizer que não ocorrerá no futuro, só não está nos nossos planos.
GameBlast: Para finalizar: o jogo será totalmente gratuito para jogar?
Bandai Namco: Totalmente. Aproveito para dizer que para quem quiser entrar no site do jogo, já é possível se registrar para experimentar a fase Alfa. Caso percam essa oportunidade, ela deverá ser aberta para todos a partir de julho e esperamos juntar um número muito maior de jogadores.
GameBlast: Fantástico! Nós agradecemos pela oportunidade e esperamos que o jogo seja um grande sucesso.
Capa: Felipe Araujo