Mortal Kombat X (Multi) traz o legado à oitava geração

Sendo uma “surpresinha” para os fãs da franquia, o anúncio de Mortal Kombat X na E3 deste ano acabou deixando no ar uma expectativa enorme pelos rumos tomados após os ocorridos com o reboot do último jogo. Com o tempo, várias novidades têm sido reveladas ao público, algumas relacionadas a novos personagens, golpes e detalhes técnicos, outras sobre planos e possíveis surpresas presentes.

Durante o WB Games Summit e a BGS de 2014, onde conseguimos acesso a algumas interessantes informações, tivemos a chance de testar a demonstração do jogo, contando com a presença de alguns poucos personagens e golpes. Confira aqui as impressões deixadas.

Este texto aborda um título em desenvolvimento. A versão final pode diferir da aqui apresentada.

Um pouco de mistério

Não muito foi revelado sobre a história presente no jogo, apenas que se passará 25 anos após os ocorridos em Mortal Kombat. Contudo, assim como na maioria dos títulos da franquia, novos personagens darão as caras, são eles Cassie Kage, filha de Johnnie Cage e Sonya Blade; Kotal Kahn, descendente de Shao Kahn (a surpresa não é só sua, caro leitor), antigo imperador de OutWorld e vilão do jogo; D’vorah, uma lutadora meio-inseto-meio-humana; e Ferah & Torr, um homem gigantesco que carrega sua pequena companheira nas costas.

Assim como o enredo do jogo, a história de cada personagem ainda não foi revelada, deixando no ar certo mistério. Antigos personagens também estarão presentes, sendo que, confirmados até o momento, temos Scorpion, Sub-Zero, Raiden, Quan-Chi, Kano e, desta vez jogável, o shokan Goro, que poderá ser adquirido por DLC via pré-venda do jogo.

Alguns dos personagens presentes até então revelados.

As evoluções do décimo torneio

Durante a demonstração do jogo, foi possível observar várias coisas que fizeram falta no último título. Entre elas, a interação com o cenário entra com certo foco, tendo em vista o dinamismo constante das arenas e a possibilidade de interagir rapidamente com cada elemento que dá as caras no meio da luta, como um esqueleto que surge no meio do campo ou, como demonstrado no trailer, um galho de árvore que pode ser arrancado para golpear o adversário.

Outra coisa que também é muito chamativa é a movimentação dos personagens, agora contando com maior liberdade e fluidez, fazendo com que a execução dos controles se torne ainda mais fácil e bela (novamente, caro leitor, não sou um assassino).

Alguns estilos de luta alteram a aparência do personagem.

A presença dos estilos de luta (ou classes) de cada personagem define quais habilidades o lutador poderá utilizar durante a batalha, sendo no total três e cada uma com suas próprias especificidades. Como exemplo, Scorpion possui as habilidades Ninjutsu, que foca na luta com suas duas katanas; Hellfire, tomando como principal o uso de fogo (bolas de fogo e ataques com dano flamejante); e Inferno, que possibilita evocar almas infernais e prender ou atacar o inimigo.

É hora do combate

Semelhantes às do título anterior, as batalhas estão realmente frenéticas e mortais. Por estar jogando em um console da atual geração, melhorias gráficas foram obviamente feitas, deixando a luta com uma aparência mais violenta e mortal. A interação com o cenário, diferentes de MK9, agora são executáveis durante as lutas e, pelo constante dinamismo, mais fáceis até mesmo que em Injustice: Gods Among Us, onde foi mais utilizada, mas nada que sirva para apelações em tempo integral ou que atrapalhe de alguma forma a fluidez da luta.

O equilíbrio entre os personagens é constante, bastando apenas adaptação aos controles e apreensão dos novos golpes de cada classe, tendo em vista que isso pode decidir o rumo da batalha. Golpes antigos estão presentes, além dos combos básicos de cada personagem, o Raio X, que possibilita a brutal animação em câmera lenta, e os contra-ataques, que quebram as sequências dos inimigos.

Infelizmente não foi possível executar nenhuma fatalidade por conta da limitação da demonstração.

Tendo como base individual, mesmo com os antigos lutadores possuindo os mesmo golpes, é possível ver a diferença na execução deles, estando bem mais fluidos que anteriormente. Os golpes com armas, como as katanas de Scorpion, foram repensados, não sendo muito influenciados por títulos anteriores como Armageddon. Já para os novos lutadores, foi possível ver que não faltou criatividade para a criação de sequências para cada um, dando certo destaque à Cassie Cage, que mesmo possuindo golpes inspirados pelos pais, contém certa originalidade na execução deles.

QUEM É O PRÓXIMO!?

Mortal Kombat X conseguiu deixar uma ótima impressão mesmo com uma demonstração limitada. A possibilidade de executar tudo que estava muito bom no antigo título, misturado a novos elementos, veio muito bem a calhar, tendo em vista a evolução da franquia até 2011, com Mortal Kombat. A diversão se tornou algo muito presente, mesmo em apenas algumas lutas, tendo direito a personagens odiáveis e até mesmo aqueles “misteriosos” ataques aleatórios que se tornam sequências inimagináveis e animações esplêndidas.

Muito ainda será revelado sobre os personagens e o enredo do jogo, mas ainda há tempo até seu lançado no dia 14 de abril do próximo ano, para PlayStation 3, Xbox 360, PlayStation 4, Xbox One e PC.

Como citado anteriormente, um DLC com Goro poderá ser adquirido por aqueles que optarem por comprar na pré-venda do jogo, que possuirá legendas e dublagem (sim, dublagem) em português do Brasil. Mas fique tranquilo, caro leitor, nos foi garantido que alguns termos clássicos como “Get over here!” não se tornarão “chega mais!” ao chegarem por aqui, sendo mantidos em inglês mesmo.

Mortal Kombat X — WB Games — Lançamento: 14 de abril de 2015.

Revisão: Alberto Canen

Capa: Wellington Aciole