Seja um Dark Angel em Warhammer 40k: Carnage (iOS)

O novo personagem conta com um trajeto diferente, maior dificuldade e uma nova forma de encarar a jogatina, com mais ação e menos correria.

em 07/08/2014
Warhammer 40,000: Carnage é um excelente jogo para aparelhos com sistema iOS e conta com dois personagens jogáveis: o Ultramarine, com o qual iniciamos a jogatina, e o Blood Angel, desbloqueável com 75 estrelas. O pessoal da Roadhouse Interactive disponibilizou mais um personagem para os jogadores, o Dark Angel. Ele pode ser adquirido através de 30 moedas de ouro, que podem ser coletadas durante a campanha regular (o que leva um bom tempo) ou comprando diretamente na lojinha do game (in-app purchase).


Dark Angel segue a mesma linha do Blood Angel. Ou seja, apesar de estar nos mesmos mapas do Ultramarine, ele segue por um caminho diferente, com desafios parecidos e mesmos tipos inimigos. E, apesar de ser descrito no game como "guerreiro super-humano geneticamente modificado", ele começa tão fraco e carente de upgrades como os demais. A diferença está no nível dos desafios encontrados em seu caminho, pois se antes era tudo muito fácil e os inimigos não eram um verdadeiro empecilho entre você e o ponto final da fase, agora eles estão mais fortes e será preciso melhorar o seu nível e armas para poder encarar mesmo as primeiras fases do trajeto. Felizmente, o dinheiro que você adquire com os demais personagens é partilhado no inventário — eles têm conta conjunta (!) —, o que facilita bastante na hora de comprar novos equipamentos e upgrades.
Melhor economizar o ouro até desbloquear o Dark Angel

Menos correria e mais estratégia

Diferente das campanhas normais, Dark Angel não pode simplesmente sair correndo e matando tudo que vê pelo caminho. Mesmo que ele fosse forte o suficiente para realizar tal feito, o esquema da jogatina foi um pouco alterado e, em diversos pontos, não haverá progressão até que todos os inimigos que vão aparecendo, de ambos os lados, sejam destruídos. Por vezes, nos pegamos cercados de orks pela direita e esquerda, tanto por cima quanto por baixo, atirando de longe e atacando de perto. Sem contar que o próprio cenário está mais ardiloso, com fogo saindo constantemente do chão em locais estratégicos, reduzindo o campo de atuação do personagem.
A tela não anda enquanto não matar todos os orks
O cenário continua com o mesmo ótimo ambiente que nos remete à franquia Warhammer, mas também está mais complicado de ser encarado. A necessidade de saltar em plataformas e desviar de obstáculos, antes ocasional, está mais comum e difícil. Pular para ambas as direções também é algo rotineiro — apesar de a tela continuar sem retroceder.

Os inimigos são bem numerosos e os chefes aparecem com grande frequência, o que não ocorre na campanha dos outros dois personagens. Ainda assim, a variedade é a mesma, então não foram adicionados novos monstros, o que é uma pena, pois seria interessante para variar a jogatina.
Os chefes aparecem com mais frequência para o Dark Angel
Todas essas mudanças são bem-vindas e compensam alguns deslizes cometidos na campanha regular. O problema é que os controles virtuais são os mesmos (não que pudessem mudá-los agora) e com a dificuldade elevada, com mais inimigos ao mesmo tempo e saltos mais comuns, também notamos como é ruim jogar com esse tipo de controle. Antes, praticamente, só era necessário segurar o direcional para a direita e atirar/atacar no que aparecesse pelo caminho, bem estilo run and gun. Mas agora temos que ir para a direita e esquerda com frequência, atirando e desviando o mais rápido possível, num verdadeiro título de ação, no qual devemos pensar na melhor estratégia para encarar a fase.
A adição de Dark Angel ao jogo foi uma ótima forma de agradar aos jogadores que se detiveram na campanha regular. Agora, além do novo personagem, um trajeto diferente e uma dificuldade maior, contamos com uma nova forma de encarar a jogatina, com mais estratégia e ação, e menos correria e matança impensada. Se o DLC melhorou o game nesses aspectos, também manteve os mesmos tipos de inimigos e esquema de controles vistos antes, que nos fez lembrar como controles virtuais são ruins e dificultam as ações. Seja como for, quem gostou da campanha regular em Warhammer 40,000: Carnage irá ficar muito satisfeito em controlar mais esse Space Marine.
Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Felipe Araujo

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