Dark Angel segue a mesma linha do Blood Angel. Ou seja, apesar de estar nos mesmos mapas do Ultramarine, ele segue por um caminho diferente, com desafios parecidos e mesmos tipos inimigos. E, apesar de ser descrito no game como "guerreiro super-humano geneticamente modificado", ele começa tão fraco e carente de upgrades como os demais. A diferença está no nível dos desafios encontrados em seu caminho, pois se antes era tudo muito fácil e os inimigos não eram um verdadeiro empecilho entre você e o ponto final da fase, agora eles estão mais fortes e será preciso melhorar o seu nível e armas para poder encarar mesmo as primeiras fases do trajeto. Felizmente, o dinheiro que você adquire com os demais personagens é partilhado no inventário — eles têm conta conjunta (!) —, o que facilita bastante na hora de comprar novos equipamentos e upgrades.
Melhor economizar o ouro até desbloquear o Dark Angel |
Menos correria e mais estratégia
Diferente das campanhas normais, Dark Angel não pode simplesmente sair correndo e matando tudo que vê pelo caminho. Mesmo que ele fosse forte o suficiente para realizar tal feito, o esquema da jogatina foi um pouco alterado e, em diversos pontos, não haverá progressão até que todos os inimigos que vão aparecendo, de ambos os lados, sejam destruídos. Por vezes, nos pegamos cercados de orks pela direita e esquerda, tanto por cima quanto por baixo, atirando de longe e atacando de perto. Sem contar que o próprio cenário está mais ardiloso, com fogo saindo constantemente do chão em locais estratégicos, reduzindo o campo de atuação do personagem.A tela não anda enquanto não matar todos os orks |
Os inimigos são bem numerosos e os chefes aparecem com grande frequência, o que não ocorre na campanha dos outros dois personagens. Ainda assim, a variedade é a mesma, então não foram adicionados novos monstros, o que é uma pena, pois seria interessante para variar a jogatina.
Os chefes aparecem com mais frequência para o Dark Angel |
A adição de Dark Angel ao jogo foi uma ótima forma de agradar aos jogadores que se detiveram na campanha regular. Agora, além do novo personagem, um trajeto diferente e uma dificuldade maior, contamos com uma nova forma de encarar a jogatina, com mais estratégia e ação, e menos correria e matança impensada. Se o DLC melhorou o game nesses aspectos, também manteve os mesmos tipos de inimigos e esquema de controles vistos antes, que nos fez lembrar como controles virtuais são ruins e dificultam as ações. Seja como for, quem gostou da campanha regular em Warhammer 40,000: Carnage irá ficar muito satisfeito em controlar mais esse Space Marine.
Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Felipe Araujo