Conferimos o incrível multiplayer de Tom Clancy's Rainbow Six: Siege

Nossa equipe viu, direto de LA, uma demonstração exclusiva do novo jogo da série Rainbow Six. Será que eles gostaram?

em 13/06/2014
Depois de tantos anos no esquecimento, Rainbow Six da série Tom Clancy's da Ubisoft é finalmente revigorado na E3 2014 com Rainbow Six: Siege, planejado para PC, PS4 e XBO. Qual a relação, afinal, com o Rainbow Six: Patriots, anunciado em 2011? Quais elementos vieram do plano original? Ainda teremos o Patriots ou Siege será o que Patriots não foi? Embora também queiramos respostas mais concretas o fato é que Rainbow Six: Siege está aí e nos foi apresentado a portas fechadas pela Ubisoft. Não pudemos tirar fotos nem filmar, é claro, mas traremos agora em primeira mão nossas impressões desse momento único.

Prepare-se para a invasão!

A Ubisoft permitiu que jornalistas e jogadores apreciassem uma apresentação de Rainbow Six: Siege mais próxima dos desenvolvedores. Lá, um grupo de mais ou menos vinte pessoas se acomodavam em fileiras de cadeiras e usavam fones de ouvido para ouvir as palavras de um membro da equipe de desenvolvedores. Ao nosso redor, vários designers, programadores e outros membros da produção do jogo experimentavam uma demo ao vivo.

A ideia do jogo aparentemente é bem semelhante à de qualquer outro FPS: temos um time de heróis, que deve resgatar a refém; e um grupo de bandidos, cuja tarefa é manter em cativeiro a pessoa sequestrada. O multiplayer, portanto, é assimétrico: enquanto os bandidos defendem uma casa e impedem invasões dos heróis, os heróis precisam arrombar a residência e resgatar a refém. O grande elemento que difere Rainbow Six dos demais FPS é justamente os muros e paredes que separam os heróis dos bandidos - e isso a Ubisoft fez questão de ressaltar.

3, 2, 1, comecem!

A demonstração começou sem delongas. Depois de explicar a relevância dos muros para o jogo, a Ubisoft ressaltou o estilo mais tático do game. Logo após isso, os desenvolvedores deram início à demo. Justamente pelo aspecto assimétrico do multiplayer, eles demonstraram o game em duas partidas: na primeira, acompanhávamos a investida dos heróis e, na segunda, tínhamos a visão dos bandidos.

Pelo que presenciamos, o multiplayer é bem interessante e realmente não é um mero FPS comum. Há câmeras que podem ser usadas para analisar as áreas, permitindo que se planeje os movimentos pensando na disposição dos inimigos, mas, para isso, o jogador precisa ficar parado e vulnerável. O trabalho em equipe é crucial em Rainbow Six, pois a todo o momento ouvíamos as equipes conversando, passando informações, preparando estratégias. Por ser uma casa comum, o campo de batalha possui uma simplicidade que contrasta muito bem com a violência dos tiroteios do jogo.
Ainda assim, a residência tem vários cômodos, e é necessário ter uma boa noção de espaço para aproveitar bem os caminhos que podem ser feitos. Por exemplo, em um dos momentos da demonstração, um dos bandidos estava na mira de um herói que atirava pela janela. Para derrotá-lo, o bandido escondeu-se atrás de uma parede, fez um buraco nela com um tiro para poder mirar na cabeça do salvador e estourar seus miolos. Basicamente, a destruição dos cenários é a grande moeda do jogo.

Lidando com a batalha

Não deu para jogar Rainbow Six: Siege de fato, mas só vê-lo em ação à nossa frente podendo ouvir o chat por voz dos jogadores já serviu para ter uma clara ideia da proposta do game. Trata-se de um FPS assimétrico com foco no planejamento e trabalho em equipe. Só o fato de não haver respawn após ser morto em combate já mostra que a ideia não é o incessante tiroteio desenfreado entre times desorganizados.

Antes do combate, há a fase de preparação, que evidencia justamente esse lado mais tático. Nesse momento, as equipes preparam suas estratégias, escolhem as classes de seus personagens e os inimigos têm a chance de colocar barricadas e barreiras na casa. No calor do combate, é preciso lidar com múltiplas variáveis, como inimigos vindo de vários cantos, a saúde da refém e o acesso que cada cômodo dá às partes da casa. A imersão que o jogo consegue dar é realmente impressionante.

Edição e Revisão: João Pedro Meireles
Capa: Doug Fernandes
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