Depois do sucesso de Dark Souls II, muita gente que viu vídeos de Lords of the Fallen (PS4, Xbox One, PC) começou a tecer comparações entre os dois jogos. A CI Games e a Deck13 Interactive, desenvolvedoras do título, admitem que DSII foi um dos jogos que influenciaram a construção do jogo, mas não o único, Darksiders e até mesmo The Legend of Zelda entram no bolo de referências. Confira por que, mesmo bebendo de diversas fontes, Lords of the Fallen promete ser um jogo com identidade e um dos primeiros bons RPGs de ação da oitava geração.
Referências de peso
Como já apontado, o time de desenvolvedores não têm vergonha de admitir que gostam e são influenciados por outros jogos, o que é legal da parte deles. Ao mesmo tempo em que dão crédito, de certa forma, aos games que vieram antes, também deixam mais claro a visão que tem para seu título, e o que os jogadores podem esperar dele. A influência mais visível e palpável é a série Souls, e dela Lords of the Fallen pretende recriar o desafio, as mecânicas de batalha e um pouco da ambientação e do design. Já outras influências, como a série The Legend of Zelda, são bem mais sutis. E nesse sentido, o que a equipe de LotF almeja é trazer um senso de exploração e aventura que identificam como sendo uma das marcas da grande franquia da Nintendo.Tá, mas você já gastou um parágrafo falando de outros jogos. E Lords of the Fallen? O game promete ser uma ótima experiência de Action RPG para a nova geração (ou geração atual, ou oitava geração, enfim). E tal experiência irá se apoiar em dois fatores: a história e a jogabilidade, com maior foco para o segundo. E, por conta disso, comecemos por ele.
Toda vitória nasce da derrota
A frase acima é meio que o slogan do jogo. A ideia, como na série Souls, é que o jogador vá se familiarizando com os mapas, com os inimigos e seus padrões de ataque, e que essa experiência prática se converta em vitória no próximo momento. O foco é no desafio, mas na E3 deste ano, Tomasz Gop, produtor executivo de Lords of the Fallen, afirmou que o game pretende ser desafiador sem ser frustrante. Um exemplo dessa ideia fica claro quando colocado que os inimigos e fases serão desafiadores, mas teremos um número grande de checkpoints. Além disso, cada vez que o personagem morre, pode recuperar a experiência no local no qual morreu. Familiar, não?As mecânicas de combate lembram Souls: a rolada para esquivar, a possibilidade de fixar a câmera no inimigo e até mesmo a forma como estes reagem. No entanto, LofF parece ser mais rápido que o jogo da From Software. A estética e ambientação também é diferente, assim como o level design, que não é tão próximo assim de Dark Souls quanto pode parecer.
É bom esquivar disso aí. |
Cabe ressaltar que esse estágio representa apenas um pouquinho do jogo. Mas, independente do nível de desafio que iremos encontrar, o título parece estar indo por um caminho bem interessante.
Os senhores dos derrotados
O outro ponto principal de Lords of the Fallen é sua história. A lenda é que há muito tempo os homens venceram seu deus e a horda de demônios dele. No caso, o deus era um cara bastante ruim, ainda que não seja apontado exatamente que tipo de maldade o sujeito divino aprontava. Depois de vencer esse mal, os homens começaram a crer que poderiam erradicar a maldade do mundo. Por conta disso, qualquer um que realizasse algum pecado não seria morto (porque seria uma atitude má, e eles não querem fazer isso) mas marcado e considerado um refugo.
O jogo começa exatamente quando os demônios retornam ao mundo. Daí o pessoal todo pacifista não tem condição de atacá-los e se defender, por isso vão atrás de gente ruim, cheia de pecados, para poder desafiar o grande mal que ressurge. É aí que entra Harkin, o personagem principal, um indivíduo com o corpo marcado, que recebe a missão de enfrentar os inimigos que ressurgiram. Cabe ressaltar que o personagem é fixo, e não poderá ser criado pelo jogador.
Lords of the Fallen (PS4, Xbox One, PC)
Desenvolvimento: CI Games e Deck13 Interactive
Gênero: Action-RPG
Lançamento: Primavera de 2014
Expectativa: 3/5
Revisão: Catarine Aurora
Capa: Diego Migueis