Testamos Citizens of Earth, RPG que revitaliza a simplicidade e humor de um Mother

Citizens of Earth nos impressionou nessa E3 2014 por sua genialidade e comicidade, inspirados na série Mother. Saiba como foi testar o jogo junto a seu criador

em 22/06/2014

Na E3 2014, tivemos a oportunidade de fazer um tour pelo estande da Atlus. Lá, Persona era o principal destaque, pois quase tudo estava voltado para Persona 4: Dancing All Night (PS Vita), Persona 4: Arena Ultimax (PS3/X360) e Persona Q: Shadow of the Labyrinth (3DS). No entanto, em meio a essa série de RPGs tradicionais da empresa, encontrei Citizens of Earth, uma pérola escondida. Saiba porque jogar Citizens of Earth talvez seja a melhor maneira de suprir a falta de novos games da série Mother e conhecer um excelente jeito de se aventurar em um RPG.


A pérola da Atlus

Como já dito, o estande da Atlus estava muito voltado para os novos spin-offs da franquia Persona. Não apenas tínhamos coisas sobre os três novos jogos da série, como também a empresa trouxe Shigenori Soejima, importante designer de personagens da franquia, para uma rodada de autógrafos. Graças a isso, embora o estande da Atlus seja consideravelmente menor do que o de muitas outras third-parties e estivesse posicionado perto das gigantes Nintendo, Sony e Microsoft, foi lá que vi um game muito interessante: Citizens of Earth.

Fui cativado pelos sprites bidimensionais do jogo e pelo estilo cartunesco. De imediato, quis experimentar o título. E quem me ajudou a testar o game foi ninguém menos do que um de seus desenvolvedores, Ryan Vandendyck, CEO da Eden Industries. Primeiramente, Ryan me explicou que tratava-se de um RPG com um quê de Mother, uma franquia da Nintendo amada pelos fãs e por vezes ignorada pela empresa. Só por isso, fiquei animado com Citizens of Earth. E, daí para frente, o game só me impressionou.

Acorda pra vida, seu presidente

Após escolher o nome do meu personagem (optei por "Ness", uma referência a Mother), começávamos o jogo como qualquer outro RPG: sendo acordado por sua mãe de uma boa noite de sono. Mas, espera, não somos nenhum guerreiro loiro e andrógino clichê, mas o próprio presidente. Sim, Citizens of Earth já começa com suas loucuras logo no início. Daí em diante, começamos a recrutar novos "guerreiros" para a nossa trupe. E usei aspas porque esses membros do grupo são tipo sua mãe, seu irmão, músicos, fotógrafos, piratas e qualquer outro cidadão do planeta Terra.


E, quando comecei uma batalha em turnos no jogo, percebi que cada personagem tem um cômico e interessante leque de habilidades que diz respeito a sua personalidade e posição social. Sua mãe, por exemplo, tem poderes como "incentivar" os outros. Não pude jogar com todos os vários personagens que Citizens of Earth tem, mas já deu para perceber que esse recurso arrancará algumas risadas. E, falando em combates, ficou claro que eles são realmente inspirados na série Mother tanto pelo layout da luta quanto pelos inimigos: são sempre adversários bizarros. Logo que saí de casa, precisei enfrentar manifestantes e coisas do tipo.

Um jogo para todos os cidadãos

Citizens of Earth parece ser um RPG genial. Pelo pouco que pude jogar dele, já fui cativado pelo título. Quem é fã da série Mother vai encontrar uma boa alternativa para a franquia da Nintendo com certeza. Os visuais também são muito lindos, abusando de sprites bidimensionais muito bem feitos e com um estilo cartunesco muito exagerado. Os diálogos, obviamente, estão repletos de ironias, piadas e conteúdo non-sense.


A aventura prometida por Ryan Vandendyck inclui florestas, desertos e muitos outros ambientes que destoam completamente da rotina de um presidente. Ainda assim, é justamente esse o charme de Citizens of Earth. Programado para sair no final de 2014 para PC pela Steam, para PS Vita e PS4 pela PSN e para Wii U e 3DS pela eShop, Citizens of Earth já é muito recomendado.

Revisão: Alberto Canen
Capa: Douglas Fernandes

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