Orcs em campo
Blood Bowl 2 é uma melhoria do primeiro game. Blood Bowl conquistou muitos fãs por ter dado uma cara nova aos jogos de futebol americano. Em vez da já exaustiva fórmula seguida todos os anos pela EA, a desenvolvedora Cyanide Studio transformou o popular esporte em um game tático. Não satisfeita, ela ainda deu uma "roupagem" nova aos jogadores. Eles agora são nojentos orcs, pomposos elfos, poderosos humanos e todo o tipo de raças diferentes que normalmente vemos no imaginário medieval fantástico.
O salto gráfico em relação ao primeiro jogo é fenomenal |
O que pudemos ver de Blood Bowl 2 impressionou bastante. Mesmo com a temática medieval e sendo um jogo de um esporte intenso e dinâmico, o título da Focus é mais voltado para o planejamento e raciocínio - não que esses atributos não estejam incluídos nos requisitos necessários para uma partida comum de futebol americano. É preciso prever jogadas, posicionar jogadores e calcular as perdas e ganhos de cada passo dado. É claro que os belíssimos gráficos do jogo e as animações melhoradas impedem que o game pareça monótono. Longe disso, o multiplayer do jogo nos pareceu bem divertido e dinâmico.
Animações e personagens muito bem construídos ajudam a dinamizar a jogatina |
Caminhando pela sombra
Em Styx: Master of Shadow, a Focus nos apresentou um game stealth no qual controlamos um goblin, Styx, que deve passar despercebido por guardas, assassinar sorrateiramente e se esgueirar por várias bases inimigas para cumprir suas oito missões. Na demonstração jogada pelos desenvolvedores, vimos o quão repleto de possibilidades é o jogo, cuja carta na manga é a interação com o cenário. Styx pode esconder-se atrás de objetos e apagar velas e castiçais. No escuro, o goblin ganha uma grande vantagem, podendo assassinar e roubar seus adversários com maior facilidade.
Os controles demonstravam ser bem simples e respondentes, só que, algumas vezes, a inteligência artificial pareceu boba demais. Ainda assim, não subestime os sentinelas e parta para o combate corpo a corpo, pois alguns poucos golpes já bastam para derrubar Styx (afinal, ele tem 200 anos de idade).
Muito cuidado, Styx. Você não vai querer ser apanhado |
Além do esquema stealth, o jogo também tem vários elementos de RPG. É possível ganhar novas habilidades e aprimorar Styx para ter vantagem nos estágios. Uma das habilidades do goblin, por exemplo, permite que ele crie um clone seu e use-o como bode espiatório para sondar lugares e atrair a atenção dos inimigos. Em um momento da demonstração, o desenvolvedor usou o seu clone para atrair alguns guardas para um local específico e, lá de cima, o Styx verdadeiro derrubou um gigantesco bloco em cima dos inimigos.
O desenvolvedor lembrou que os estágios podem ser jogados mais de uma vez, inclusive com desafios extras. Quem curte games do gênero deve ficar interessado, pois Styx: Master of Shadow, programado para PC, PS4 e XBO, tem sido desenvolvido com muita atenção. Quando perguntado sobre a escolha de um goblin como protagonista, o desenvolvedor disse que um personagem corcunda e mais baixo que humanos comuns encaixava-se perfeitamente num jogo stealth.
"Na cara não para não estragar o velório!" |
Focada em diversão
O estande da Focus podia não ser o mais visitado (ainda mais perto da Nintendo e Sony), mas guardava alguns bons títulos. Dentre eles, os já explicados Blood Bowl 2 e Styx: Master of Shadows. Blood Bowl 2 está ainda mais lindo e bem animado do que o primeiro jogo, trazendo a excelente fórmula à nova geração. Já Styx talvez seja uma boa alternativa para quem não aguenta esperar pelo novo Metal Gear Solid V: The Phantom Pain (PS4) e é uma grande oportunidade de testar outra ambientação para o gênero stealth. É claro que a empresa ainda tinha mais alguns bons jogos, mas só pudemos conhecer esses dois apresentados pelos seus desenvolvedores. E não estamos reclamando, pois foi muito positivo poder adicionar Blood Bowl 2 e Styx à nossa lista de interesses para 2014.
Revisão: Alberto Canen
Capa: Douglas Fernandes