Todo jogo tem seu próprio universo e regras. Talvez por isso os videogames façam tanto sucesso: eles nos dão a possibilidade de explorar novos e diversos mundos, desde o reino colorido de Super Mario Bros. até o cenário pós-apocalíptico de The Last of Us. Mas existem alguns jogos que simplesmente não conseguimos entender. Seja por causa de uma proposta bizarra ou gameplay esquisito, listamos aqui 10 jogos fora da casinha.
10. Michael Jackson's Moonwalker (Multi)
O jogo foi originalmente desenvolvido e publicado pela Sega em 1990, baseado no filme Moonwalker (1988), no qual o Rei do Pop devia salvar seus amigos do terrível Mr. Big. O game segue o roteiro do longa-metragem no melhor estilo beat 'em up.
O filme era… único (para dizer o mínimo), e o jogo trouxe seus elementos da melhor forma possível. Não dá para esquecer do "movimento especial" de Michael, que era fazer seus inimigos dançarem com ele até morrerem. O título virou referência entre os fãs, e obviamente também contava com uma ótima trilha sonora.
Se não pode vencê-los, dance com eles! |
9. Dino Crisis 3 (XB)
Os dois primeiros Dino Crisis foram originalmente lançados no PlayStation, mas o terceiro capítulo da série acabou sendo exclusivo para Xbox. No início, muitos fãs choraram, mas após o lançamento do título descobriram que ele era tão ruim que acabou não fazendo muita falta.
Porém, aqui estamos listando jogos esquisitos, então pouco importa se ele ficou ruim ou bom. A parte mais maluca de Dino Crisis 3 é seu enredo. O protagonista, Patrick Tyler, é enviado ao espaço para investigar uma nave abandonada quando de repente se depara com dinossauros mutantes. Não é preciso dizer mais nada.
Sua cara tentando entender esse jogo. |
8. Freshly-Picked Tingle's Rosy Rupeeland (DS)
Quando se pensa no personagem mais estranho da série The Legend of Zelda, a maioria pensa em Tingle. E não é que o cara obcecado por dinheiro e fadas acabou ganhando seu próprio jogo?
Em Freshly-Picked Tingle's Rosy Rupeeland, tudo gira em torno de Rupees, a moeda da saga lendária da Nintendo. A vida é medida em Rupees, vários inimigos são feitos de Rupees e são necessários Rupees para fazer os NPC's ajudarem Tingle. E não podemos esquecer que muitas missões envolvem resgate de fadas também. Por bem ou por mal, o jogo nunca chegou a vir para as Américas.
7. Pizza Delivery (PC)
Desde 2010 temos vistos pipocar pela internet muitos jogos indies de terror; alguns pagos, outros gratuitos; alguns bons, outros nem tanto. Para fugir da estagnação, algumas produtoras tentaram tematizar os jogos de maneiras criativas… ou bizarras. Este último é o caso de Pizza Delivery.
O jogador é posto na pele de um entregador de pizza que, em uma de suas entregas, acaba presenciando eventos sobrenaturais, mas na verdade tudo é tão estranho que é meio difícil sentir medo. E é claro que o início non-sense leva a um final ainda mais non-sense. Como é gratuito, qualquer um pode baixá-lo no site oficial dos desenvolvedores.
Tinha alguma coisa errada com essa pizza... |
6. Yume Nikki (PC)
Jogo desenvolvido no RPG Maker relativamente bem conhecido entre quem mexe no programa. A situação gira em torno de uma garota e seu "mundo de sonhos". O objetivo é controlá-la por ambientes surrealistas, indo cada vez mais fundo em seu subconsciente.
Muitos ambientes e elementos dos cenários são aleatórios e sem conexão entre si, o que garante o game um lugar nessa lista. Ainda assim, Yume Nikki não é "sem-noção" apenas por simples prazer. Cada elemento dos cenários representam algo da consciência e vida da protagonista, o que levou vários jogadores a desenvolverem teorias sobre ela. Um game interessante.
Não me perguntem o que está acontecendo aqui. |
5. Muscle March (WiiWare)
A premissa é simples. Um grupo de fisiculturistas e um urso polar (??) estão malhando quando chega um ladrão e rouba o suplemento de proteínas deles. Já deu para sentir o drama.
O objetivo é passar por buracos nas paredes fazendo poses do tipo "olha como sou forte". É como se fosse uma versão grotesca, ridícula e bizarra do minigame PoseMii, do Wii Play. Pelo menos da para rir um pouquinho. Ou não. Depende do senso de humor de quem joga.
Não, obrigado. |
4. Jeshikousei Nigeru! (DS)
Vamos imaginar que os desenolvedores de jogos são, na verdade, bruxos, e que o processo de criação de um game é como fazer uma poção. Um belo dia, uma certa desenvolvedora, a Success Corp., resolveu criar uma mistura entre Resident Evil e Fatal Frame. Só que um funcionário atrapalhado deixou cair um ingrediente acidentalmente. E esse ingrediente era… Candy Crush?
E assim nasceu Jeshikousei Nigeru!, que traduzido para o português significa algo como "Corra, Garota de Colegial!". Mas não tem problema, pois os gamers sempre quiseram ver a tensão de Resident Evil misturado a emoção de Candy Crush, certo? O jogo segue um gameplay estilo survival horror, com o detalhe "inovador" de que, para acertar um tiro nos inimigos, o jogador deve completar um pequeno puzzle do mesmo estilo de Candy Crush. Será que isso fez sucesso lá no Japão?
Você tem sete dias para passar dessa fase... |
3. Seaman (Dreamcast)
O Dreamcast teve uma vida curta, mas isso não o impediu de ter sua cota de jogos marcantes… sendo alguns bem bizarros. Seaman com certeza se encaixa na última classificação, e possivelmente é um dos títulos mais malucos da história da Sega.
A proposta é cuidar de um peixe com rosto humano. O grande charme é a possibilidade de dialogar com Seaman usando um periférico de microfone conectado ao controle. Alguns o amam, outros o odeiam, mas o fato é que Seaman virou cult e merece posição de destaque nessa lista.
"Me mate, por favor!" |
2. Revenge of the Sunfish (PC)
Um jogo pouquíssimo conhecido lançado em 2007. A história começa quando aliens vindos do sol (??), os Sunfish, resolvem dominar a Terra, e o jogador toma controle de um protagonista que deve salvar a humanidade. No entanto, conforme o jogo progride, o enredo faz cada vez menos sentido, até chegar a um final totalmente aleatório sem relação alguma com sua premissa.
O game é composto por fases de plataforma e pequenos puzzles, todos com um senso de humor meio sádico (tipo cabeças gigantes de bebês explodindo). Os gráficos parecem ter sido desenhados no Paint e o som é simplesmente horrível. Mas quem quer ter o cérebro derretido provavelmente deve dar uma olhada, de qualquer forma.
Revenge of the Sunfish rodando a 1080p, 60fps. |
1. LSD: Dream Emulator (PS)
Esse é mais um desses jogos baseados em diários de sonhos, assim como Yume Nikki. Não existe objetivo aqui, o jogador simplesmente deve caminhar pelos cenários observando as bizarrices acontecendo ao redor. Algumas partes são engraçadas, outras são assustadoras, e outras são tão aleatórias que não tem como reagir.
Um detalhe interessante do game é o Gray Man, uma figura encapuzada que pode aparecer nos sonhos. Se ele encostar no protagonista, o jogador é levado ao menu principal. A razão dele existir nunca é explicada durante o jogo, assim como vários outros elementos, e isso inspirou diversos rumores macabros ao redor do título e seus desenvolvedores. Em última nota, vale lembrar que o nome LSD na realidade é sigla para Lovely Sweet Dream, e não é uma referência à droga de mesmo nome. Se bem que devido à falta de noção do jogo, qualquer interpretação acaba sendo válida…
Nada a declarar. |
E assim fechamos nosso Top 10 de jogos bizarros. E vocês, leitores do Blast, conhecem algum outro jogo maluco que não está nesta lista?
Revisão: Alberto Canen
Capa: Sybellyus Paiva