DLC: bônus ou ônus? Eis a questão

em 13/11/2013

DLC é a abreviatura de Downloadble Content, que em português quer dizer Conteúdo para Download. Você, como o bom gamer que é, claro que já... (por Unknown em 13/11/2013, via GameBlast)

DLC é a abreviatura de Downloadble Content, que em português quer dizer Conteúdo para Download. Você, como o bom gamer que é, claro que já sabia disso, não é mesmo? E, provavelmente, já se pegou gastando alguns trocados (ou muitos) para comprar aquele pacote de fases novas, ou aquela roupa maneira para o seu personagem, ou melhor ainda, uma parte misteriosa e desconhecida da campanha do jogo. Bom, que os DLCs vieram para ficar não há dúvida, mas será que eles vieram para o bem ou para o mal?

Se você quiser descobrir faça o download do DLC com a edição completa e definitiva desta matéria.



Brincadeira, vamos lá!

Pagando para ver, crer e jogar 

A primeira vez que eu tive contato com um DLC foi através de Resident Evil 5. Meus primeiros trocados gastos foram com o modo Versus do jogo, que liberava novas formas de jogar RE 5 online. Nada muito sofisticado, aliás, apenas um modo competitivo em que duas duplas disputavam pela vitória em um cenário repleto de inimigos. Bom, logo o meu primeiro DLC foi um dos mais polêmicos. Mais tarde se descobriu que o conteúdo já acompanhava o disco, você só pagava para liberá-lo.
Ou você nasce com estilo, ou paga o DLC mesmo 
Mesmo com o pé atrás depois dessa história toda, eu insisti e me mantive sempre atualizado com todos os conteúdos adicionais do jogo, para só então mais tarde descobrir que uma nova versão seria lançada: Resident Evil 5 Gold Edition, que para a minha surpresa, viria com tudo aquilo que eu tive que baixar, e com um preço bem mais em conta.

Gold Edition em barras de DLC

Eu mal havia comprado meus primeiros DLCs e já havia provado do seu gosto amargo. Atualmente, acredito que nenhuma desenvolvedora siga o exemplo de deixar o conteúdo pronto no disco, apenas esperando o pagamento para ser liberado. Até porque é muito estranha a sensação de você pagar por algo que já comprou. Entretanto, a ideia de montar uma compilação de DLCs acompanhada pelo jogo original se tornou uma grande tendência.

Ultra mega super hiper edição definitiva 

Santa injustiça, Batman! 
Jogos de luta foram os que mais se aproveitaram dessa nova fórmula mágica. Como Street Fighter, que teve: Street Fighter 4, Super Street Fighter 4, Super Street Fighter 4 Arcade Edition e que promete ainda para 2014 o Ultra Street Fighter 4. Parece brincadeira, mas não é. Para não parecer que eu estou pegando no pé da Capcom, tem outro exemplo mais recente, o ótimo Injustice: Gods Among Us, que foi lançado agora em 2013 e ainda nesse mesmo ano lançará a sua edição definitiva com todos os DLCs: Injustice: Gods Amongs Us Ultimate Edition.

Outros gêneros também não ficam para trás com as suas Game of The Year Edition. Nunca vi tanto GOTY para um ano só: Uncharted 3: Drake’s Deception, Batman: Arkham City, Red Dead Redemption, enfim, a lista só tende a crescer. Se não é edição do ano, é edição do diretor, edição disso e daquilo. A ideia é a mesma: compilar tudo em um disco e vender novamente.
Para ilustrar: uma paródia da melhor pior capa versão GOTY
Já é praticamente um modelo de negócio consolidado no mercado, graças ao crescimento e popularidade do DLC. Hoje, os jogos têm praticamente três etapas em seu ciclo de vida: o lançamento, a adição de DLCs e a compilação de tudo isso em um novo disco. Tudo para manter o jogo rodando o maior tempo possível nos consoles. Já li muitos comentários de jogadores insatisfeitos, como: “poxa, eu não vou comprar agora, vou esperar sair a edição definitiva”. Só que ao tomar essa decisão, você deixa de aproveitar o jogo em sua melhor fase, a do lançamento, ainda mais se houver um modo online, que é, justamente, onde os desenvolvedores mais gostam de investir com DLCs. O que levou a indústria a criar mais um modelo de negócio.

Passe livre para a jogatina 

O season pass é quase um bilhete premiado para conhecer a Fábrica de Chocolate, só que pago. Você não vai ter bem muita certeza do que vai encontrar por lá, mas quem não gosta de chocolate, não é mesmo?

Ao invés de comprar os DLCs separados, você pode comprar esse passe que libera todos eles conforme seus lançamentos. Além de um desconto, você também recebe alguns conteúdos ainda mais exclusivos. É um modelo muito usado em jogos de FPS, como Battlefield 3 e Call of Duty: Modern Warfare 3.
Fases, armas, itens customizáveis e colecionáveis, tudo o que você pode imaginar, ou que os desenvolvedores possam criar, vai estar incluso no pacote. É uma forma interessante de consumir DLCs, se você ignorar o fato de que, geralmente, um season pass desses custa praticamente um jogo novo.

Fase bônus ou fase ônus? 

Se você interpretar os DLCs como uma fase bônus, mas paga, fica muito mais fácil de aceitá-los. No seu começo, até que a intenção pode ter sido boa, como: “ok, terminamos o jogo, mas que tal criarmos algo adicional para os fãs?”. Mas logo a coisa foi pro lado do capital mesmo, a procura pelo lucro, e hoje, fica até difícil imaginar que as desenvolvedoras já não criam seus jogos planejando os seus DLCs.

Longe de mim dizer que isso é ruim, mas também não é tão bom assim. Como tudo nessa vida, tem o seu lado bom e o seu lado ruim. Particularmente, dependendo do jogo, eu me vendo fácil para um season pass. Caso a coisa não me chame muito a atenção, até compro um DLC aqui ou outro ali, mas na maioria dos casos fico sem nada mesmo.
Em uma época não tão distante, isso era tudo que bastava 
Alguns DLCs teimam em ser exclusivos de algum console, por tempo limitado ou não, outros são obtidos somente através de season pass, tem até aqueles que vêm apenas na edição definitiva do jogo. E milagrasomente, para nossa alegria, existem até aqueles que são gratuitos. Dependendo do cliente, o DLC vai ser um bônus ou um ônus.

Embora o título da matéria seja uma pergunta, eu não estou aqui para dar respostas, mas para levantar a questão. Entretanto, se você quiser muito uma resposta pode baixar o DLC com ela agora mesmo: DLC: bônus ou ônus? Eis a questão - EDIÇÃO DEFINITIVA COM RESPOSTAS.

Revisão: Vitor Tibério 
Capa: Daniel Machado 

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