Análise: Como você acha que se faz música? Em Chime (PC), você entra no ritmo com polígonos!

em 01/09/2013

Chime é um jogo diferente. É um jogo de puzzle, onde você deve encaixar peças poligonais em um tabuleiro até completá-lo. É um jogo music... (por Gabriel Toschi em 01/09/2013, via GameBlast)

Chime é um jogo diferente. É um jogo de puzzle, onde você deve encaixar peças poligonais em um tabuleiro até completá-lo. É um jogo musical, onde a música embala a jogatina. Enfim, é um puzzle musical, onde você encaixa polígonos para completar um tabuleiro no ritmo de uma música. Parece simples? E realmente é, e mesmo assim continua bem divertido. Vamos entender como Chime pode ser uma boa pedida para uma jogabilidade descompromissada.

Um bloco após o outro

A ideia de Chime é bem simples: usando polígonos, você deve formar retângulos no tabuleiro, que são chamados de quads. Uma linha passa no ritmo da música e a cada vez que passa por um quad, um efeito sonoro é tocado para complementar a canção-base que toca durante a partida. Seu objetivo é completar todo o tabuleiro, fazendo com que quads tenham sido formados em todos os espaços disponíveis.

Por mais que seja simples, o jogo é bem desafiador, principalmente no Time Mode, onde você deve tentar fazer o maior número possível em 3, 6 ou 9 minutos. A dificuldade se torna puro divertimento no Free Mode, onde não há limite de tempo e é possível realmente sentir a beleza da proposta de Chime: é relaxante criar os quads e ver eles se tornando parte da música que toca.


Controlar as peças te dá duas opções: ao movimentar o mouse e a rodinha para rotacionar os blocos ou ao usar um joystick, tendo o analógico como alternativa para rodar os polígonos. O analógico é bem mais sensível e você precisará de bastante controle para não ter que girar muitas vezes na tentativa de encontrar a posição correta.

Uma pena que todo o jogo se baseie nisso e o máximo que o “fator replay” aparenta é um quadro de pontuações online. Assim, ele é um jogo bem rápido de se zerar e que, provavelmente, você só voltará a jogar quando quiser algo diferente.

Beleza visual e musical

Chime é um jogo musical, logo, a sonoplastia ganha uma importância extra. Entretanto, temos apenas seis músicas na versão disponível na Steam, um número que poderia ser bem maior. Ainda bem que as canções são muito legais e grudam na cabeça, além de se encaixarem perfeitamente à proposta: "Brazil", por Philip Glass, "Ooh Yeah", por Moby, "For Silence", por Paul Hartnoll da banda Orbital, "Spilled Cranberries" por Markus Schulz e "Disco Ghosts", por Fred Deakin da banda Lemon Jelly. Como exclusivo da versão Steam, temos Still Alive, canção final de Portal, escrita por Jonathan Coulton e cantada por Ellen McLain.


Toda a parte gráfica do game é baseada em uma espécie de minimalismo abstrato, que combina muito bem com o estilo simples de Chime. Tudo parece ser bonito do jeito que é e você pode até pensar que gráficos realistas ou uma história poderiam estragar. O jogo foi feito para ser uma experiência diferente de puzzle e consegue isso com a harmonia de suas partes.

Tá nervoso? Vai jogá!

Chime não é um jogo em que você enfrenta desafios de perder os cabelos, como Dark Souls. É um jogo que preza o oposto, que talvez você deva jogar depois de uma partida de Battletoads, talvez. Uma experiência diferente de outros puzzles, onde o legal não é completar uma fase, mas sim, continuar jogando aquela fase, ouvindo aquela música e trazendo essa sensação de calmaria. Talvez o preço salgado para um simples jogo musical com seis músicas (R$ 8,49) possa atrapalhar, mas continua sendo uma ótima pedida.


Prós


  • Jogabilidade simples e fluida que mistura puzzle e música;
  • Arte que combina com a proposta do título;
  • Ótimas músicas;
  • Um jogo feito para relaxar.

Contras


  • Pouca quantidade de músicas;
  • Nenhum outro modo, limitando o replay a tabelas de pontuação;
  • Preço um pouco salgado para um jogo relativamente curto.

Chime - PC - Nota: 7,5
Revisão: Ramon Oliveira de Souza
Capa: Stefano Genachi

sempre com projetos criativos, estranhos ou os dois ao mesmo tempo. desenvolvedor de software, game designer e escritor sobre as coisas que eu gosto.
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