Um bloco após o outro
A ideia de Chime é bem simples: usando polígonos, você deve formar retângulos no tabuleiro, que são chamados de quads. Uma linha passa no ritmo da música e a cada vez que passa por um quad, um efeito sonoro é tocado para complementar a canção-base que toca durante a partida. Seu objetivo é completar todo o tabuleiro, fazendo com que quads tenham sido formados em todos os espaços disponíveis.Por mais que seja simples, o jogo é bem desafiador, principalmente no Time Mode, onde você deve tentar fazer o maior número possível em 3, 6 ou 9 minutos. A dificuldade se torna puro divertimento no Free Mode, onde não há limite de tempo e é possível realmente sentir a beleza da proposta de Chime: é relaxante criar os quads e ver eles se tornando parte da música que toca.
Controlar as peças te dá duas opções: ao movimentar o mouse e a rodinha para rotacionar os blocos ou ao usar um joystick, tendo o analógico como alternativa para rodar os polígonos. O analógico é bem mais sensível e você precisará de bastante controle para não ter que girar muitas vezes na tentativa de encontrar a posição correta.
Uma pena que todo o jogo se baseie nisso e o máximo que o “fator replay” aparenta é um quadro de pontuações online. Assim, ele é um jogo bem rápido de se zerar e que, provavelmente, você só voltará a jogar quando quiser algo diferente.
Beleza visual e musical
Chime é um jogo musical, logo, a sonoplastia ganha uma importância extra. Entretanto, temos apenas seis músicas na versão disponível na Steam, um número que poderia ser bem maior. Ainda bem que as canções são muito legais e grudam na cabeça, além de se encaixarem perfeitamente à proposta: "Brazil", por Philip Glass, "Ooh Yeah", por Moby, "For Silence", por Paul Hartnoll da banda Orbital, "Spilled Cranberries" por Markus Schulz e "Disco Ghosts", por Fred Deakin da banda Lemon Jelly. Como exclusivo da versão Steam, temos Still Alive, canção final de Portal, escrita por Jonathan Coulton e cantada por Ellen McLain.Toda a parte gráfica do game é baseada em uma espécie de minimalismo abstrato, que combina muito bem com o estilo simples de Chime. Tudo parece ser bonito do jeito que é e você pode até pensar que gráficos realistas ou uma história poderiam estragar. O jogo foi feito para ser uma experiência diferente de puzzle e consegue isso com a harmonia de suas partes.
Tá nervoso? Vai jogá!
Chime não é um jogo em que você enfrenta desafios de perder os cabelos, como Dark Souls. É um jogo que preza o oposto, que talvez você deva jogar depois de uma partida de Battletoads, talvez. Uma experiência diferente de outros puzzles, onde o legal não é completar uma fase, mas sim, continuar jogando aquela fase, ouvindo aquela música e trazendo essa sensação de calmaria. Talvez o preço salgado para um simples jogo musical com seis músicas (R$ 8,49) possa atrapalhar, mas continua sendo uma ótima pedida.Prós
- Jogabilidade simples e fluida que mistura puzzle e música;
- Arte que combina com a proposta do título;
- Ótimas músicas;
- Um jogo feito para relaxar.
Contras
- Pouca quantidade de músicas;
- Nenhum outro modo, limitando o replay a tabelas de pontuação;
- Preço um pouco salgado para um jogo relativamente curto.
Chime - PC - Nota: 7,5
Revisão: Ramon Oliveira de Souza
Capa: Stefano Genachi