Um parque para chamar de seu. Relembre como era criar seu próprio parque de diversões em Roller Coaster Tycoon (PC)

O gênero de simulação sempre esteve presente nos PC com o passar dos anos e dos diversos avanços tecnológicos que esses alcançaram, permitindo aos usuários dessa plataforma controlar aviões, empresas e até... parques de diversão!  Roller Coaster Tycoon, criado por Chris Sawyer (o desenvolvedor do lendário Transport Tycoon) que ficara obcecado por montanhas-russas, é um simulador de parques de diversão, em que você assume o controle da construção e manutenção do seu próprio parque, com objetivo de fazê-lo o recanto supremo da diversão (e lucrar muito com isso no processo, é claro).

Erguendo um império do nada

Roller Coaster Tycoon não possui modo sandbox, apenas cenários com objetivos a serem concluídos (o que não impede de continuar jogando após o término da fase). Embora fosse possível assumir parques pré-construídos, o grande charme do jogo estava em construir seu parque do zero. Antes de sair colocando atrações em qualquer lado, era possível fazer mudanças no terreno e adquirir expansões para seu parque, a um elevado custo, para preparar o terreno para os brinquedos que virão.

Brinquedos esses, em especial as montanhas-russas, como a próprio nome sugere, que são destaques em Roller Coster Tycoon. Desde brinquedos tranquilos como rodas gigantes passando por pistas de karts chegando é claro, nas enormes e variadas montanhas-russas, há uma grande variedade de brinquedos presentes no jogo, que de início libera apenas uma parte dessas atrações para construção, cabendo ao jogador desenvolver outros.

Embora a variedade de atrações tornasse o jogo extremamente divertido, o que elevou Roller Coaster Tycoon ao seu patamar é a construção de montanhas-russas. Além de poder construir esse tipo de brinquedo por meio de projetos prontos do jogo, era possível construir sua montanha-russa do zero, com uma mecânica extremamente simples e intuitiva, permitindo ao jogador soltar sua criatividade.

A gente quer comida, diversão e arte!

Mas não são só as atrações que compõe um bom parque de diversões. É preciso garantir uma infraestrutura completa para os visitantes como banheiros, alimentação, iluminação e decorações em geral. Para ver o que seu parque precisava mais nesse quesito, era possível (acreditem) ler os pensamentos de todos os visitantes, agrupando-os por reclamação, permitindo ao jogador ver qual é o motivo principal por seu parque não ser perfeito.

Mas não é só com duas mãos que se faz um parque, visto que muitos outros serviços precisam ser prestados para manter tudo funcionando da melhor forma possível. Para ajudar na manutenção do parque existem quatro tipos de funcionários: faxineiros (que também cortam e molham a grama), mecânicos (responsáveis por consertar os brinquedos quando esses quebram, a fim de evitar perigosos acidentes), seguranças (para segurar os vândalos) e recreacionistas (responsáveis por entreter, e muitas vezes traumatizar as crianças).

Capitalismo selvagem

É bom lembrar, entretanto, que como todo bom simulador, Roller Coaster Tycoon limita o dinheiro do jogador, cabendo a esse lucrar para poder futuramente investir em seu parque. Para tal, o jogador tem várias alternativas, desde aplicar preços justos para atrair mais visitantes e ganhar na quantidade, até cobrar ridículos dez reais para dar uma passadinha no banheiro. Para visualizar se sua estratégia está dando certo o jogo conta com um ótimo relatório financeiro, acompanhados de alguns gráficos. Caso tudo de errado, é possível pegar alguns empréstimos para sanar temporariamente suas finanças, mas ao custo de altíssimos juros, então é melhor pensar bem antes de ficar na mão dos bancos.

Mais que um parque

Mais do que apenas um simulador, Roller Coaster Tycoon foi um dos responsáveis por firmar a simulação como gênero de sucesso nos PCs, devido a sua grande qualidade e mecânica fluida e divertida. Com uma enorme variedade de brinquedos e cenários, é quase impossível enjoar desse game que com certeza marcou a infância de muitos jogadores. E aí, o que você está esperando para jogar esse clássico mais uma vez?

Revisão: Ramon Oliveira de Souza

Capa: Diego Migueis