Quando adquiri meu novo smartphone as possibilidades que eu até então tinha foram expandidas. Se antes eu contava apenas com um "dumbphone" e um tablet razoavelmente poderoso, agora eu tinha uma verdadeira estação de jogos que cabia no meu bolso - e ainda realizava ligações telefônicas. Assim, não perdi tempo e comecei a baixar todos os jogos pelos quais eu me interessava para meu novo amigo.
Não demorou, é claro, para eu perceber que a diversão não estava exatamente fluindo como eu esperava. Se alguns jogos rodavam incrivelmente bem utilizando-se de giroscópicos, acelerômetros e toques na tela, alguns simplesmente colocavam na minha frente um punhado de botões virtuais, os quais não só não eram tão intuitivos e fáceis de se apertar, mas também me forçavam a colocar, muitas vezes, os dedos entre meus olhos e tudo o que estava acontecendo na tela. A solução foi mais simples do que eu imaginei.
Um joystick bluetooth
Depois de algumas pesquisas online, me deparei com um tal de PG-9017, um joystick que eu nunca tinha visto, fabricado por uma empresa que eu nunca tinha visto, vendido por uma loja que eu nunca tinha visto. Para alguns, a compra nestas condições pode parecer uma aventura improvável, mas incentivado pelo preço tentador - e pelo Nivaldo Cavalcante - fui com tudo e arrisquei. O resultado chegou apenas alguns dias depois na minha caixa de correio.
Ao desembrulhar o pacote me deparei com um simpático controlador com vários botões e direcionais, exatamente como o anunciado, e um manual de instruções, dando dicas do que fazer quando o aparelho não reconhecer o dispositivo de forma correta. Isso porque ele pode funcionar de quatro maneiras diferentes: nos modos joystick, teclado, iCade e mouse, oferecendo compatibilidade com praticamente todos os softwares com suporte ao mapeamento de botões físicos.
Depois foi só correr para o abraço. Nunca mais este redator que vos fala precisou recorrer a botões virtuais para jogar no smartphone. O PG-9017 é bem compacto quando fechado e cabe em qualquer bolso (ou bolsa), possuindo uma garra esticável para telas de até cinco polegadas.
E pega?
Branco ou preto, para Android ou iOS. |
Talvez seja o exemplar que obtive, mas em meus testes não consegui fazer o analógico direito ser reconhecido no mapeamento de botões. Além disso, o analógico esquerdo funciona apenas como uma extensão do direcional digital, fornecendo os mesmos comandos ao software. Também, se você pensou em utilizar o botão Home em algum jogo já pode tirar a Epona da chuva, pois ele funciona apenas para ligar e desligar o controlador. Os dois botões de ombro, em contrapartida, funcionam tão bem quanto os demais.
E, se tudo o que você queria era uma opção para jogar no tablet ou computador, a solução da Ípega também será útil para você. Como o joystick funciona via bluetooth não é necessário mantê-lo preso ao dispositivo durante a jogatina - ele não conta com nenhum tipo de conexão NFC, o que pode ser tanto um atrativo quanto um ponto contra. Assim, basta arranjar uma base para o tablet ou um adaptador bluetooth para o PC e pronto!
Se tudo o mais falhar
Amar ou odiar: eis a questão. |
A entrada para o carregador também é um divisor de opiniões, pois ela não só conta com o mesmo conector que o carregador de quase qualquer dispositivo Android do mercado (usuários de iOS ganharam mais um motivo para ter um carregador Android em casa), mas também se encontra na parte inferior do joystick.
Se o seu PG-9017 simplesmente parar de funcionar (acredite: isso já aconteceu comigo depois de uma sessão particularmente longa de jogatina), não tema: ele conta, ainda, com um botão "Reset", localizado na face traseira do dispositivo, protegido por um pequeno orifício. Mantendo-o pressionado por cerca de dez segundos você resolverá qualquer erro de software que, porventura, tenha ocorrido no interior do periférico.
Provavelmente não a solução final, mas ainda assim mais confortável e intuitivo que botões virtuais, o PG-9017 da Ípega pode ajudar usuários de Android e iOS a encontrarem o gamer que existe dentro de si. Apesar de todos os pontos contra, o periférico funciona bem na maior parte do tempo, e pode garantir uma boa diversão se tomados os cuidados certos para tal. E você, leitor? Já utilizou este ou um dispositivo semelhante em suas jogatinas? Conte sua experiência para nós e ajude a complementar este artigo.
Revisão: Catarine Aurora
Capa: Diego Migueis