Análise: Conheça Pac-Man Dash!, a empreitada da Namco-Bandai nos smartphones (iOS/Android)!

em 11/08/2013

Ah... A indústria de jogos eletrônicos! De tempos em tempos, nos deparamos com mudanças de paradigmas e novas tendências que viram tudo... (por Unknown em 11/08/2013, via GameBlast)


Ah... A indústria de jogos eletrônicos! De tempos em tempos, nos deparamos com mudanças de paradigmas e novas tendências que viram tudo de ponta cabeça. Como jogador das antigas e completamente apaixonado por essa indústria, faço o possível para me manter antenado as novidades, nunca desconsiderando as raízes que me tornaram o gamer que sou hoje. Apesar de ser um jogador que dá preferência aos consoles, de vez em quando me flagro viciado em alguns jogos mais simples lançados para smartphones que, apesar de muitas vezes serem extremamente simples, servem de passatempo a qualquer momento. Quando ouvi falar pela primeira vez de Pac-Man Dash logo me empolguei, afinal, poderia jogar um título de um dos mais icônicos personagens da história dos videogames em meu celular. E o melhor de tudo: em um jogo gratuito! Infelizmente minha alegria não durou tanto tempo...


Correr, correr e correr!

Pac-Man Dash! é mais um dos tradicionais endless runners que são constantemente lançados nas plataformas Android e iOS. Contudo, a Namco-Bandai tentou criar algo mais complexo, adicionando até mesmo a possibilidade de se criar mais de um perfil de jogador, para uso compartilhado do jogo. O jogo é dividido em cinco fases que, por sua vez, possuem vinte estágios diferentes, sendo que cada um deles possui uma missão específica a ser cumprida para que se possa avançar para o seguinte. As missões vão desde correr uma certa distância até desviar certos elementos dos cenários ou comer um determinado número de fantasmas, e cada uma deve ser cumprida em 30 segundos, que podem ser aumentados na medida em que Pac-Man devora seus inimigos fantasmas – que dessa vez tem medo da bolota amarela - pelo caminho.

Pac-Man come tudo que cruzar o seu caminho
O personagem corre automaticamente, cabendo ao jogador apenas pular e utilizar o Dash, que funciona como uma espécie de turbo que deve ser ativado em momentos estratégicos para o sucesso das missões. Além disso, ainda é possível utilizar itens que facilitam as tarefas, aumentando o tempo logo no inicio da fase ou deixando os fantasmas mais lentos. Por fim, como boa parte dos jogos free to play, Pac-Man Dash! conta com os Stamina Points, que basicamente definem quantas partidas o jogador pode jogar por dia. Caso sua intenção seja jogar mais do que possui de pontos, é necessário desembolsar dinheiro real para continuar (também é possível comprar itens).

O visual é limpo e muito agradável
Pac-Man Dash! é um jogo bastante divertido, e passa uma impressão de ser uma experiência mais sólida do que títulos similares como Temple Run e Jetpack Joyride e a estrutura de missões e diferentes fases faz com que queiramos sempre avançar. Contudo, como todo jogo do gênero, depois da sensação de novidade as coisas começam a se tornar um pouco repetitivas, já que as missões, apesar de diferentes entre si, não diferem muito no que o jogador realmente deve fazer para completa-la (correr, pular e correr). Além disso, a necessidade de comprar Stamina Points para continuar jogando faz com que se aprofundar demais no título seja até um pouco desestimulante, já que nem todos estão dispostos a gastar rios de dinheiro só para poder ficar correndo infinitamente, ainda mais considerando que há muitos jogos do estilo que são gratuitos. Por fim, o título é recheado de propagandas de aplicativos e tais publicidades são capazes de tirar a paciência de qualquer mortal.

Cuidado nos detalhes

Apesar de simples, a Namco-Bandai se empenhou para desenvolver um jogo tecnicamente impecável. Os gráficos de Pac-Man Dash! são incrivelmente detalhados e coloridos, e os personagens são brilhantemente bem animados (a expressão dos fantasmas ao ver Pac-Man se aproximando é engraçadíssima). Cada fase possui um tema que norteia o cenário: de cidades futuristas a shoppings com plataformas que arremessam o personagem a andares superiores, todos os estágios foram construídos com cuidado e enchem os olhos de qualquer jogador. As músicas são frenéticas e transmitem muito bem a sensação de urgência de completar as missões antes que o marcador de tempo chegue ao zero.

Algumas fases são muito desafiadoras!
Diferentemente da maioria dos jogos do gênero, há um cuidado imenso da desenvolvedora em tornar a experiência mais consistente, o que pode ser visto com clareza desde pequenos detalhes, como a tela de título, que tem muito jeito de ser de jogo de console até mesmo aos menus, que são claros e esteticamente lindos. Tudo isso torna Pac-Man Dash! um jogo muito agradável de se ver e se jogar, mesmo que a diversão não seja plena e infinita.

Bom passatempo

Apesar de todo o esforço da Namco-Bandai em tornar Pac-Man Dash! uma referência no gênero, o jogo não passa de um bom, que se perde no momento em que passa a limitar a quantidade de partidas por dia. Poucos jogadores estão dispostos a investir muito dinheiro em um jogo casual que não oferece muita profundidade, e nem mesmo gráficos de ponta e um dos mais importantes mascotes dos videogames são capazes de tal façanha. Contudo, o título é muito divertido e é uma boa pedida para momentos de tédio em que desejamos nos distrair com coisas rápidas e descompromissadas.


Prós                                  

  • O jogo é gratuito;
  • Diversão garantida;
  • Lindos gráficos;
  • Músicas empolgantes;
  • Estrutura de missões é inteligente.

Contras

  • Torna-se repetitivo depois de um tempo;
  • Stamina Points limitam a quantidade de partidas por dia;
  • Muitas propagandas.


Pac-Man Dash! – iOS/Android – Nota: 5.5
Revisão: Ramon Oliveira de Souza
Capa: Daniel Machado 

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.